Tudo tem um tempo, até a definição da personalidade
João Silva
Não sei se trouxe este assunto para aqui, mas há muito que me revejo numa teoria que não é da minha autoria e que ouvi há imenso tempo, nem sei bem onde: aos 20 anos, andamos a brincar às experiências; aos 30, encontramos quem queremos ser e, a partir dos 40, tentamos implementar esses traços.
Não querendo entrar num prisma demasiado íntimo, centro-me no âmbito desportivo.
Aqui é fácil de perceber que só nos finais dos meus vintes encontrei o que me realiza efetivamente: a corrida.
Passei por um período de adaptação universitária e profissional que me fez afastar da prática desportiva. Nos sete anos que passei na Auchan, não havia qualquer forma de organizar a minha vida. Talvez também não tivesse a força de vontade necessária.
Foi preciso bater no fundo em termos familiares, profissionais e alimentares para encontrar na corrida a forma de mudar a minha vida.
E foi assim que entrei nos trintas, com uma nova filosofia de vida e já ciente do que queria definitivamente para a minha vida.
Ainda estou longe dos quarentas, não sei se conseguirei efetivamente dar continuidade e consistência às minhas ideias, mas, para já, tenho um caminho sólido de seis anos com uma filosofia desportiva bem clara, que passa essencialmente pela corrida. Já sei o que quero e esse foi o maior ganho dos últimos anos.
O ano de 2022 mostrou-me também que consegui atingir um nível disciplina mais adequado ao que considero ideal para atingir os resultados que procuro. Os planos de treino que adotei deram frutos, mas porque segui bem, com flexibilidade e espírito críto.
Também têm bem ciente da altura em que assumiram a personalidade que têm hoje?