Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.
Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.
Hoje apresento-vos algumas informações que podem ser decisivas na hora de fazer trail.
Não se trata de fazer um brilharete. Trata-se de acabar bem, porque, se há lição na serra, é que a natureza tem as suas próprias regras. É muito comum alguém ligado às corridas em estrada querer passar para os trilhos sem ter em conta as diferenças. Logo, o índice de erro aumenta nessas pessoas.
Uma vez mais, acho que é melhor trazer alguém que sabe do que fala a alguém que acaba por transmitir conselhos imprecisos.
Portanto, deixo este kit de sobrevivência do mestre Hélio Fumo:
Durante quase um ano, tive de fazer exercícios de reforço em casa para me curar da pubalgia. Tive uma enorme ajuda dos fisioterapeutas da clínia Reequilibra em Coimbra.
Decidi guardar os exercícios em vídeo e partilhar com todos os interessados para que possam fazer reforço muscular de forma simples e que, no máximo, rondará os 50 minutos.
Os pequenos vídeos deste "filme" foram gravados pelo meu amigo Basílio e pela sua mulher Milu durante a prova Meia-Maratona de Viseu.
Este é um registo que vejo com orgulho e que mostra o espírito de amizade que pode haver em corridas maravilhosas, que explica o que é correr uma prova apenas no sentido de ajudar uma colega a chegar ao seu recorde pessoal (embora ela diga que não) e como nos respeitamos na hora em que ouvimos o nosso corpo e percebemos a nossa realidade.
Foi precisamente essa mensagem que procurei passar no final desta prova, onde decidi caminhar nos últimos 970 m.
Este é o meu vídeo de crescimento como homem e como corredor, pois mostra-me que não abdiquei dos meus valores em prol dos resultados. Ambas as coisas são importantes para mim, muito até, no entanto, há momentos em que importa reconhecer tudo.
Este é também o meu vídeo de propaganda para quem quiser ser treinado por mim. É bom que a Fátima e o Marco não venham cá ver isto.
Já trouxe o vídeo da primeira parte, o episódio em podcast da segunda e agora não podia faltar o fim da entrevista ao Carlos Patrão.
A tarde já se estava a despedir, mas o Carlos ainda deu conta da sua vitória no campeonato distrital de estrada e lançou um pedido a todos os intervenientes no atletismo.
Num dia difícil, fui falar com uma enciclopédia desportiva ligada à corrida.A entrevista teve alguns problemas técnicos e até o realizador se "recusou" a colaborar.Por agora, não podia perder esta primeira parte, a única que ficou nas devidas condições. Nas próximas semanas, haverá refilmagem, já pedida, com o Carlos, porque ele tem tanto para partilhar connosco que nem me parece descabido tê-lo em parceria comigo neste espaço... se ele quiser.
Gostava muito.
Carlos, se vieres aqui, fica o pedido!!!
Vejam lá o que ele nos diz nesta primeira parte e vejam se não é um livro de corrida com pernas...
Ficam prometidas outras conversas sobre nutrição, disciplina e treinos em Z2, um enorme achado nos meus treinos.
Esta entrevista aconteceu e foi divulgada ainda antes do verão.
Por lapso, este momento, que foi dos mais prazerosos de gravar, não foi divulgado aqui.
Posto isto, está na hora de vos dar a conhecer uma pessoa que admiro muito na corrida, mas, sem conhecer muito a sua faceta mais privada, arriscaria a dizer que também lhe reconheço abnegação e dedicação enquanto traços de personalidade.
Este vídeo que vos trago hoje e que está devidamente legendado em inglês foi produzido por dois corredores franceses, um deles bem conhecido, Thibault, e que decidiram correr a maratona de Paris como se fossem cegos.
Neste documentário relatam todos os contratempos por que passaram e o que é treinar para se ser cego num dia e num local cheio de pessoas que, naturalmente, não querem saber em quem dão encontrões para correr...
Acho que é uma boa forma de nos pormos na pele de quem tem de se guiar com base em referência curtas, diretas e precisas.
E é também uma chamada de atenção para o privilégio que grande parte de nós tem: a visão intacta.
Não, não venho condenar o trail nem nada do género.
Gosto de correr em serra, no meio da natureza, mas, se possível, com estradões, com caminhos largos e sem me matar no meio de calhaus e afins.
E esta é uma das grandes diferenças. Respeito e admiro quem gosta de galgar troncos, subir cascatas, trepar encostas ou atravessar rios. Isso tem um lado puro, de desafio, de superação inegáveis.
Mas, enquanto praticante de desporto, no caso de atletismo, sou um pouco "old school".
Passo a explicar: adoro correr em estrada porque posso correr continuamente sem destino. Isto é, sem ter de parar para atravessar alguma zona, porque adoro a competição e sinto que é uma modalidade mais competitiva. E é possível correr em sítios bonitos e puros, junto da natureza, na estrada.
A dada altura deixei criar a ideia de que não gosto de fazer trails. Isso não é verdade. Eu não gosto é de fazer provas de obstáculos disfarçadas de corrida, porque isso retira aquilo que me apaixona: correr continuamente e competir.
A dada altura, já há muito tempo, encontrei uma entrevista em vídeo que o Vítor Oliveira, da página Aquele que gosta de correr, fez ao João Lima, da página João Lima.
E encontrei finalmente aquilo que sempre achei na distinção entre estas duas modalidades.
Podem ter acesso à entrevista aqui:
Correr em serra tem, para mim, outro problema grave: o elevado risco de lesões. E a enorme probabilidade delas aparecerem. Não que a estrada não seja também ela perigosa, mas é mais "calma".
Adoro estar em contacto com a natureza. Mas prefiro mil vezes enfrentar os desafios de uma serra a caminhar e os da estrada a correr.