Um balanço em revista - trails em 2022
João Silva
Que ano o de 2022!
A todos os níveis. Talvez tenha sido o ano em que mais fui posto à prova e solicitado e não apenas no desporto.
Ainda assim, a dureza do primeiro deu lugar à leveza no último trimestre. E ainda bem. Talvez mais para a frente possa escrever mais sobre este lado pessoal e esta viagem que estou a fazer.
Em termos desportivos, o ano foi muito regular. Mas em bom. Foi mesmo o meu melhor ano. E os resultados
Em 2022 fiz três trails. Talvez tenha sido o ano em que fiquei a gostar mais, confesso. Ao ponto de, num período de 10 anos, querer fazer uma Ultra. Um belo desafio, mas tenho recursos físicos e humanos à disposição para me preparar.
Em fevereiro, fiz o Trail de Sicó nas calmas, numa ótica de desfrutar e ainda nem sabia muito bem o que era fazer isso em prova. Talvez tenha sido a única em que tive zero interesse no tempo. Foi ótimo, porque conheci o Bruno Silva, meu colega de equipa e que fez a sua estreia em trails. Mais tarde, vim a saber que adora estrada como eu.
No mês de março, tive um belo presente: o meu primeiro pódio numa prova. Fiquei em terceiro lugar no Trail da Bajouca. Foi aqui que percebi que há trails que poso usar a favor das minhas capacidades para conseguir lugares de destaque. Havia partes complexas, claro, mas o trail era rolante, dava margem para correr.
Mais tarde, já quase no fim de 2022, fiquei a conhecer o Casmilo em condições e disputei um trail maravilhoso da organização da minha equipa. Foi um desempenho louco num trail demasiado técnico. Top 30 no bolso e prova provada de que também me safo bem em terrenos difíceis.
Numa análise global, diria que os trails subiram na minha consideração, também pelo facto de ver neles a possibilidade de estar mais vezes com elementos da minha equipa. O que me custa mais é a parte física, o risco associado às provas. Eu não sei ir com pouco, vou com tudo. No último trail, demorei uma semana a recuperar.