Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.
Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.
Hoje apresento-vos algumas informações que podem ser decisivas na hora de fazer trail.
Não se trata de fazer um brilharete. Trata-se de acabar bem, porque, se há lição na serra, é que a natureza tem as suas próprias regras. É muito comum alguém ligado às corridas em estrada querer passar para os trilhos sem ter em conta as diferenças. Logo, o índice de erro aumenta nessas pessoas.
Uma vez mais, acho que é melhor trazer alguém que sabe do que fala a alguém que acaba por transmitir conselhos imprecisos.
Portanto, deixo este kit de sobrevivência do mestre Hélio Fumo:
Não, não venho condenar o trail nem nada do género.
Gosto de correr em serra, no meio da natureza, mas, se possível, com estradões, com caminhos largos e sem me matar no meio de calhaus e afins.
E esta é uma das grandes diferenças. Respeito e admiro quem gosta de galgar troncos, subir cascatas, trepar encostas ou atravessar rios. Isso tem um lado puro, de desafio, de superação inegáveis.
Mas, enquanto praticante de desporto, no caso de atletismo, sou um pouco "old school".
Passo a explicar: adoro correr em estrada porque posso correr continuamente sem destino. Isto é, sem ter de parar para atravessar alguma zona, porque adoro a competição e sinto que é uma modalidade mais competitiva. E é possível correr em sítios bonitos e puros, junto da natureza, na estrada.
A dada altura deixei criar a ideia de que não gosto de fazer trails. Isso não é verdade. Eu não gosto é de fazer provas de obstáculos disfarçadas de corrida, porque isso retira aquilo que me apaixona: correr continuamente e competir.
A dada altura, já há muito tempo, encontrei uma entrevista em vídeo que o Vítor Oliveira, da página Aquele que gosta de correr, fez ao João Lima, da página João Lima.
E encontrei finalmente aquilo que sempre achei na distinção entre estas duas modalidades.
Podem ter acesso à entrevista aqui:
Correr em serra tem, para mim, outro problema grave: o elevado risco de lesões. E a enorme probabilidade delas aparecerem. Não que a estrada não seja também ela perigosa, mas é mais "calma".
Adoro estar em contacto com a natureza. Mas prefiro mil vezes enfrentar os desafios de uma serra a caminhar e os da estrada a correr.
No sábado passado, tive o trail da Escarpiada, prova organizada pela minha equipa, a ARCD Venda da Luísa.
A prova deocrreu no Casmilo, conhecido e procurado pelas suas buracas.
Esta terra fica em "Cascos de rolha", rodeada por uma beleza natural extrema.
Chegar lá é uma bela aventura.
A prova foi tão dura que nem sei que deva dizer.
O trilho dos 15 km era tão duro e técnico que foi um misto de experiência surreal e e de sensações mágicas.
Adorei e percebi que, afinal, também sei correr trails com bom nível de elementos técnicos.
Gostei do espírito entre os atletas, gostei de partilhar uma boa parte do trail com o meu colega de equipa João Pratas. Ainda é um menino. Tem metade da minha idade (17 aninhos), mas já é um talento da corrida.
No final, entre tantos reencontros, fiquei muito feliz por ter estado ali.
O resultado foi muito bom: 1h46m22s e um 29.° lugar na geral. Missão cumprida.
Não falo de mim. Não tenho assim tanta mestria no cérebro. E, no caso, não tenho mesmo grande propriedade para falar de trails.
Corri alguns, essencialmente, nos arredores de casa. Caminhei noutros. Mas nunca me dediquei tanto aos trilhos quanto às estrada. É uma questão de preferência e de gosto.
Ainda assim, gostei de correr alguns trails e apreciei imenso os que fiz a caminhar. A perceção da natureza no meio dela é fabulosa!
Apesar de ter muitas entrevistas a atletas de trail, em termos técnicos, não dou tanta atenção a esta modalidade, sobretudo, porque não é algo que investigue muito.
A pensar um pouco em todos aqueles que gostam de trails, e são cada vez mais, deixo um vídeo com dicas básicas de um dos melhores atletas de trail do nosso país, o jovem Hélio Fumo.
Espero que haja muita gente a seguir as dicas do mestre:
Não é partida de 1 de abril. Ainda faltam uns dias para essa data e não costumo alinhar.
A verdade é que no sábado passado fiz os 10 km no Trail dos Moinhos na Bajouca e fiquei em 3.° lugar na classificação geral.
Num trail!! Eu... Que adoro estrada e que praticamente não faço trails...
Foi inesperado mas não posso deixar de dizer que fiquei muito feliz. Eu trabalho para me superar e já sonhava com algo do género há imenso tempo. Não em trails, é certo, mas levo isso como uma conquista na mesma.
Podia dizer tanto e seriam apenas clichês. A melhor descrição que posso fazer de tudo é: não ia com esse objetivo, mas acreditei desde o início, superei as partes técnicas de lama e subidas de pedra e desfrutei de cada pedaço. Cruzei a meta e gritei e saltei. Saiu tudo. Sobretudo nesta fase que tem sido tão difícil a nível profissional. Saiu tudo. E foi bom. Se me iludo e fico a pensar que os trails é que são? Não, isto serviu para me mostrar que correr trails também pode ser prazeroso, mas a minha modalidade é a estrada. Até porque, o "preço" deste pódio foi um pequeno derrame e inchaço no tornozelo direito e o equivalente a mais três dias se correr, só a treinar em bicicleta estática. Portanto, não, não é uma opção enveredar pelos trails. Mas foi muito saboroso.
Antes de passar ao registo gráfico, dou os parabéns a todos os membros da organização na terra natal da Diana. Criaram um trail que tinha muitas partes rolantes, mas não esqueceram as partes bem duras de lama, água, pinheiros caídos, zonas de passagem com corda, pedras... Adorei!! E levei para casa o meu primeiro pódio, que é mais uma confirmação de que tenho vindo a trabalhar bem desde a lesão e mais uma bela prova na presença do bom amigo Filipe...
Se há dois dias falei na minha primeira maratona, hoje tenho de recordar o dia em que fiz a minha primeira prova.
Na verdade, não corri, não tinha forma para isso.
Foi uma caminhada em trail e que me abriu o apetite para continuar.
No dia 06 de novembro de 2016, pedi companhia aos meus cunhados e lá fui experimentar fazer uma caminhada em plena serra, na zona da Ega (Soure). Foi no âmbito do Trail de São Martinho.
Aquilo mudou por completo a minha vida.
Na altura, ainda tinha os desgraçados 118 kg, mas chegar ao fim daqueles 10 km em serra foi tão duro como motivador.
Deixei de ser o "engraçado gordinho" naquele dia.
Curioso e sintomático o facto de, a meio de uma subida, ter encontrado motivação no frango assado que íamos comer ao almoço.
Foi uma bela ajuda, deixem-me que vos diga.
Esta dupla acompanhou-me em várias empreitadas do género, estimulou-me para que começasse a correr em provas e proporcionou-me momentos muito bons de diversão.
Estou-lhes grato! E com muitas saudades de passar momentos como estes com eles...