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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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29
Mai24

Paro ou não paro?


João Silva

Claramente, não paro.

Falo do relógio e do ato de o parar ou não quando há necessidade de parar a corrida, por exemplo, devido ao "chamamento do corpo".

Bem sei que nas provas o relógio não pára. Logo, por aí, seria melhor se o fizesse também em treinos.

Acontece que gosto de treinar o tempo exato que programo.

Se estipulo 1h30 de corrida, pelo menos, tem de aparecer 1h30 no mostrador do relógio GPS. Não aceito ter programado 1h30 e ter perdido 5 ou 10 minutos em pausas (já aconteceram infortúnios nessa ordem).

Importa também depois saber lidar com isso em provas.

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Aí o método para tudo correr bem é treinar bem o corpo para não haver necessidade de paragens.

Quando estipulam tempo de treino, também têm de o fazer na totalidade ou separam as pausas? 

15
Nov22

O clarão no escuro


João Silva

Nesta altura começa a ser normal haver mais tempestades.

Com elas, os relâmpagos e os trovões sentem-se convidados.

Se já de dia ou ao início da noite são assustadores, mais ainda em plena madrugada, quando não anda ninguém na rua.

No caso, nem importa haver gente à nossa volta. Não iriam conseguir fazer nada para nos proteger.

Mas é horrível ver clarões de relâmpagos seguidos de trovoadas fortes debaixo de chuva e em plena zona de entrada numa zona de serra às 5 horas da manhã.

Nunca me senti tão frágil nem impotente face à natureza.

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Vocês também já viveram algo do género? 

(Recentemente, saí para correr debaixo de um pequeno dilúvio com trovoada infindável e relâmpagos com a força necessária para iluminar toda uma vila. A dada altura, o céu tirou-me uma "fotografia" em que vi o raio rasgar o céu. Nunca tinha sentido tanto medo. Senti-me tão pequeno no meio daquilo. Depois fiquei eufórico por ter superado aquele momento. Na verdade, só o superei porque a natureza quis.)

15
Out21

O tempo de cada um


João Silva

O bicho, como lhe chamavam, dificilmente se irá embora na totalidade. Provavelmente, ficará como algo cíclico. Tal como outras doenças. 

Mas teve o condão de nos afastar do contacto humano. Sempre gostei da socialização, embora não fosse um fanático de toques e contactos físicos.

Desde o início de tudo isto que cingi os meus cumprimentos e as minhas proximidades à minha família mais chegada.

No entanto, chega uma altura em que é preciso dar o passo seguinte. Ou seja, estar em espaços com mais pessoas. 

Esse, confesso, foi o medo que ainda não perdi por completo.

Estou vacinado e estive a treinar afincadamente para participar na maratona do Porto, prova onde estou inscrito desde 2019. A dada altura desta viagem, lesionei-me, o que deixou tudo .águas de bacalhau.

Mas, apesar de todo o empenho nos treinos, confesso que não percebi se estaria pronto para partilhar o espaço com milhares de participantes. Mesmo com partidas segmentadas.

Foi um bloqueio que se criou e que percebi quando comecei a ver fotos de provas de colegas e dava por mim a dizer que não seria capaz de estar ali.

A segurança absoluta foi roubada. Mas também é tempo de trabalhar a aproximação. E, nos últimos tempos, já me sentia mais tranquilo com a ideia.

Se o conseguirei fazer entretanto ou não é algo que ainda não descobri. Esta lesão também ajudou a fazer crescer a hesitação, ainda que por outras razões. Mas acho que é legítimo que cada um precise do seu tempo para se libertar...

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26
Mar21

À distância mas foi um sonho


João Silva

Já la vão sete dias desde o Dia do pai, o meu primeiro nessa condição.

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Como aquilo que melhor faço por esta altura é pôr os pés na estrada e correr, o meu filhote, na pessoa da sua mãe, deu-me uma prenda muito especial: inscreveu-me na Corrida Virtual do Dia do Pai, organizada pela Runporto.

Por acaso ou talvez não, era uma corrida que gostava de fazer no local, caso não houvesse pandemia. 

Assim, todo lamechas e vaidoso, lá vesti a cisola que me foi enviada com o kit da prova e tracei um percurso de 10 km. Na verdade, foram mais quilómetros, mas a organização só contava os ditos 10 e então fracionei o treino.

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Foi um percurso que me deu imenso prazer e, no fim, ainda houve direito a medalha finisher. Uns dias depois foi emitido o diploma. 

Ainda assim, para mim contou como a minha primeira corrida do Dia do pai. Estou um lamechas irrecuperável.

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09
Fev21

A culpa é do nevoeiro


João Silva

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Com a mudança nos horários de treino, as madrugadas passaram a fazer parte da minha vida desportiva, o que não me chateia, já que sempre adorei começar o dia bem cedo. Talvez tenham sido influências da minha avó ou da minha mãe.

Uma das particularidades de se treinar em plena madrugada é o frio. Porém, tirando um ou outro caso, é algo suportável e até agradável. Outro lado bom é ter o céu estrelado. É impagável passar junto ao Castellum em Alcabideque com as estrelas a iluminarem bem o caminho.

Problema? Condeixa está rodeado por serra e leva com quantidades absurdas de nevoeiro.

Problema a dobrar: com a iluminação pública desligada e com nevoeiro cerrado, andar é um mistério, quanto mais correr. 

É tão, na verdade, tudo se resume a uma hora e dez de treino com boa intensidade e a vinte minutos de alguma preocupação e lentidão para não tropeçar. 

Como já conheço bem a terra e os caminhos por onde corro, acabo por ir quase em piloto automático. Ainda assim, confesso que o medo de me magoar me limita muito.

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Quem corre à noite também costuma ter este tipo de problemas? Como funciona tudo desse lado? 

13
Dez20

Um melhor dos melhores em 2020


João Silva

Podia estar a falar concretamente de mim como atleta, mas não, estou longe de ser o melhor dos melhores.

O que trago aqui é um dos melhores treinos que fiz em 2020. Por incrível que pareça, não escolhi nenhum com 42 km. Esses foram bons (à segunda maratona foi um sonho para mim), não minto, mas acabá-los implica muito sofrimento.

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Ainda assim, este que vos trago também foi longuinho e foi tão saboroso. Teve um pouco de tudo mas o que me deixou mais feliz foi a resposta do corpo. Comecei-o às 5h28 e atravessei algumas zonas escuras (com algum medo à mistura), isto porque o dia, encoberto pelas nuvens, só decidiu aparecer às 06h51.

Quando já levava 1h30, alguma chuva nos ossos e quase quase 18 km nas pernas, senti que era o dia. Tinha dormido bem (obrigado Mateus, não me posso mesmo queixar e não o estou a fazer) e ainda tinha conseguido tomar um cafezinho antes de começar. Corpo fresco e com energia resultou numa madrugada (com início de manhã) de puro prazer. Claro que a distância neste tempo agradou por representar uma "normalidade" no meu treino, mas o que me espantou foi a paixão que senti em cada fase do percurso, mesmo na ponta final, em que o corpo já tinha algumas dificuldades (nos adutores) para aumentar o ritmo e a chuva apareceu em catadupa.

Houve algo que não mencionei mas que foi muito importante: nos dias anteriores, em que o corpo estava mais cansado, procurei contrariar isso com mudanças de ritmo, fartleks simples, e foi isso que me deu leveza na hora de combater o desgaste normal de um treino longo.

Há sempre um ponto de viragem, um momento em que sentimos que algo cresceu e mudou (para melhor). Senti isso no dia 19 de setembro de 2020.

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13
Jul20

Alongamentos: "cá deles"?


João Silva

Começo este texto por algo que nada tem a ver com o desporto e por congratular a minha mãe, que hoje faz mais um ano.

Não é pelo facto de ser minha mãe que assim tem de ser, mas, de facto, temos uma história de grande cumplicidade até aos meus 16 anos. Depois disso, o amor manteve-se mas muitos outros fatores foram criando um certo distanciamento. Ainda assim, não é motivo (nem nunca foi) para não lhe dar os parabéns. Gosto muito dela e agradeço muito o facto de ter ficado com os (alguns dos) seus genes. Saí claramente a ganhar com isso.

Terminada esta divação, falo-vos do tema desportivo de hoje: alongamentos.

Quais alongamentos?

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Pois, pela boca morre o peixe. Sempre defendi e fiz alongamentos que davam para mim e para uma equipa inteira. A verdade é que isso nos faz chegar a outro patamar, sobretudo, quando o corpo precisa de "matar" o desgaste e de eliminar eventuais formações de radicais livres.

Trata-se da forma proativa mais eficaz contra lesões. 

Exato. Tudo isto é muito lindo, mas desde o início de 2020, sempre na ótica de aproveitar todo o tempo disponível para fazer exercício/treinar, comecei a cortar nas sessões de alongamentos. 

Consigo perceber claramente o enferrujamento do corpo, agora que estou em fase de retoma de treinos de corrida.

Desde o início da quarentena que não fiz alongamentos. Aliás, foram muito raros. Só no dia 30 de maio, após 20 km corridos, é que voltei a alongar a sério e foi triste ver um corpo que outrora foi funcional estar tão perro. 

A sensação que deu foi que parei de fazer exercício, a realidade é que descurei por completo este tipo de treino tão ou mais importante do que o "ativo". E fartinho que eu estou de saber isso...Quer dizer, aparentemente, faz o que eu digo, não faças o que eu faço.

 

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