Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.
Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.
Hoje trago um conjunto simples de quatro exercícios básicos e fundamentais para melhorar a forma de qualquer corredor. Quando virem o vídeo vão perceber que já conhecem estes exercícios.
Pela minha experiência, diria para fazerem duas sequências de 10 minutos por semana após treinos ligeiros.
Vão ver como melhoram a vossa postura e o vosso ritmo na corrida.
Os braços. Sempre eles. E muitos corredores não sabem o que fazer com eles nem qual o seu posicionamento.
Pois bem, trago uma dica que vos pode ajudar muito.
Tinha lido de raspão há muito tempo e depois cruzei-me com um vídeo do youtuber alemão Runnerflow e vi melhor.
Assim já vos explicar. Basicamente, peguem num pau e coloquem-no na dobra do braço. Fechem devagar até uma posição em que consigam andar sem que o pau caia.
Essa deve ser a vossa referência para posicionarem os braços na corrida.
Não falo propriamente de correr sem sapatilhas na areia da praia. Isso é ótimo e muito importante para o desenvolvimento de qualquer corredor.
Falo de passar a correr descalço, sem ponta de calçado, em todas as superfícies, como forma natural de corrida.
Há cada vez mais adeptos disso no mundo da corrida, sobretudo, porque se percebeu que a nossa anatomia está preparada para isso. Como poderão ver no vídeo que vos deixo abaixo, temos muito mais pontos de sensibilidade descalços do que com umas sapatilhas calçadas.
Tive a sorte de crescer num sítio onde podia andar descalço à vontade. O meu avô paterno era exímio nisso. O meu pai também e até a minha mãe.
Ainda hoje prefiro andar descalço. Mas em casa ou ocasionalmente na rua, na relva, depois de uma prova. Mas não de forma recorrente. O processo de adaptação a uma corrida sem calçado parece muito doloroso. Não vos parece?
O vídeo que deixei acima explica-nos o que muda em relação à nossa forma tradicional de correr.
É necessário ter alguns cuidados e também é preciso ter acompanhamento especializado.
Talvez alguém possa pensar que o assunto versa sobre política. Não versa!
É sobre o chamado pé forte na corrida.
Já se aperceberam (os que correm ou os que caminham) que há um pé que marca o ritmo da passada?
Pois é, a cadeia de movimentos, designada cadeia cinética em corrida, tem sempre um pé mais forte na hora de fazer mexer o corpo.
O meu é o esquerdo. É uma mera coincidência com o facto de ser canhoto. É este lado que marca também a intensidade. O direito serve de apoio.
Da próxima vez que saírem para correr, reparem no pé que marca o ritmo. Será o vosso pé forte. E vejam se não é nesse que a sequência de respiração tem início. Reparem nesses detalhes e digam lá se não é assim.
É algo com que muitos corredores se cruzam na hora de escolher o tipo de treino de velocidade a fazer.
Na verdade, acho que devem ser feitos os dois (e outros).
Explico por que razão e o que distingue as séries de VMA das sessões de ritmos como Fartleks (variante dos Watson, no caso) no vídeo que apresento embaixo e que se encontra no meu canal de YouTube (podem passar, comentar e fazer Gosto e subscrever).
P.S.: não que interesse ou seja extremamente relevante, mas este vídeo foi gravado algures entre julho e agosto, portanto, durante sessões de treinos regulares. Por agora, nada disto é possível.
É uma coisa básica, certo? Todos sabem respirar. Fazêmo-lo de forma inata.
Então e o que nos pode trazer uma consciencialização daquela ação? Desde logo, pode ajudar a detetar eventuais falhas respiratórias.
Além disso, quando devidamente controlada, a respiração pode ser um enorme aliado na hora de melhorar a performance desportiva, em especial, na corrida.
Vejam lá se o que alguém habituado a estas andanças diz faz sentido ou não:
Logo em forma de ponto prévio, devo dizer que o artigo que sustentou esta minha publicação me foi passado pela minha estimada Diana, o que só prova o quanto ela também já está embrenhada no mundo do atletismo (na verdade, já estava. Sempre foi fã dos Jogos Olímpicos e costumamos passar belas sessões a debater performances).
Relativamente ao assunto de hoje, fiquei logo "preso" quando ouvi falar na questão das três passadas. Depois, não podia ficar indiferente ao testemunho de um campeão olímpico como o Carlos Lopes.
Na entrevista, feita pela publicação Corredores anónimos, o antigo atleta do Sporting revela que usava três tipos de passada.
Na verdade, antes de vos deixar a minha opinião sobre a questão, confesso que fiquei fascinado ao ler que o campeão nunca abandonou o seu trabalho. Segundo ele, o atletismo era efémero. Esta "filosofia" não mostra outra coisa que não uma pessoa dotada de um grande espírito de sacrifício. Não tenho dúvidas de que foi isso que o conduziu ao sucesso.
A propósito do tema em concreto desta publicação, consigo perceber a ideia das três passadas, até porque se percebe que cada uma é própria de cada vertente do atletismo que ele praticou.
Entre vós, desportistas e corredores, quando correm, sobretudo em prova, fazem-no sempre da mesma forma?
Já tinha lido sobre isso há algum tempo no blogue do José Guimarães e, depois de ter começado a correr, pude, eu próprio confirmar que o desempenho e os resultados requerem estratégias diferentes.
Basta pensar no seguinte: quem corre em trails, devido às irregularidades e obstáculos, por norma, tem de adotar uma postura com os joelhos mais elevados e a aterragem do pé tem de ser mais afastada. Em estrada, por outro lado, devido ao desgaste do alcatrão, a passada pode ser mais curta e o tronco mais direito (sem estar rígido). Com efeito, a esse nível, consegui perceber no último ano que uma das chaves para uma evolução positiva dos tempos de corrida está na colocação da anca e no levantamento do joelho. Ou seja: anca direita e passada com pé a aterrar com a almoda da planta e depois com o calcanhar. É algo que se treina e que demora algum tempo a aperfeiçoar. Além disso, a tendência do cansaço é para retomar uma passada mais curta e os joelhos não sobem tanto. Se experimentarem contrariar isso, vou comprovar o que digo em relação ao ganho de velocidade. Passam a dar menos passos, mas percorrem mais espaço em menos tempo.
Não sei se também dão atenção a esse aspeto, mas confesso que ligo muito e que procuro estar constantemente a subir os joelhos (ou a tocar com os calcanhares no rabo).
O outro tipo de passada que já experimentei foi a do corta-mato, que obriga a uma maior rapidez, continua a permitir um ritmo constante, mas traz alguns obstáculos ao terreno, forçando assim uma colocação distinta dos pés.
Quantas passadas já experimentaram?
Como definiriam a vossa forma de correr?
Caso pretendam, podem ler a entrevista aqui e ouvir o campeão Carlos Lopes em primeira mão aqui: