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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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03
Nov23

Mudar a passada no dia-a-dia


João Silva

Mudar a passada e a colocação dos pés e das pernas na corrida é algo que demora.

Ainda assim, existe uma forma de ir trabalhando isso no quotidiano.

A ideia é fazer pequenas coisas de forma consciente até que se tornem comportamentos inconscientes. Nao é preciso muito e isso vai mudar a vossa passada.

IMG_20211126_073134.jpg

 

Exemplos práticos:

Andar em bicos de pés,

Andar com os calcanhares, deixando a ponta dos pés levantada,

Colocar o pé alinhado com o joelho ao subir escadas,

Subir escadas com a ponta do pé,

Descer escadas com a ponta do pé, contrair os abdominais e manter o joelho alinhado com os pés,

Tentar chegar à parte de cima do armário com a ponta dos pés (comprimir os glúteos e os abdominais),

Andar de costas alguns metros (fazê-lo com a ponta dos pés).

Estes são alguns dos exemplos práticos que podem mudar a vossa forma de correr.

25
Fev23

O McGyver das corridas

Ou uma técnica diferente para guardar chaves


João Silva

"A arte aguça o engenho" e "a tropa manda desenrascar" são dois lemas a que recorro amiúde. 

Certo dia em que sai para correr sem bolso para guardar as chaves de casal tive de puxar pela cabeça para não as perder.

Ora, tinha os fios das calças. Onde mais poderia prender as chaves?

IMG_20211126_083525.jpg

Foi este o resultado. Para rematar e não levar "uma badalo", pus as chaves para dentro das calças. Não, não magoa em lado nenhum. Podem ficar descansados.

Alguém tem mais destas "manhas" para não perder coisas?

01
Jul22

Mais técnicas rápidas


João Silva

Há muita gente a falar sobre corrida, mas, por vezes, quanto mais se acorda um tema, mas se complica o dito.

Não é necessário. Uma das chaves da melhoria em corrida é a adoção de exercícios básicos que vão funcionando como uma espécie de complemento da corrida. O objetivo é sempre acrescentar coisas boas.

A importância de coisas básicas é inegável na corrida e, talvez por isso, por exemplo, em francês se fale nestes exercícios como "éducatifs".

Este é mais um exemplo de vídeos bons e curtos que mostram exatamente o que é necessário fazer para melhorar.

Uma vez mais, o que aqui trago já foi devidamente experimentado e algumas coisas já haviam sido integradas na minha rotina de treino. É preciso ser paciente. Pode demorar mas traz resultados.

26
Fev22

Passada terrestre vs passada aérea


João Silva

O tema é denso e tem muita explicação técnica associada. No entanto, o meu objetivo neste espaço é levar o desporto, em particular, a corrida, a muitas pessoas. 

Portanto, não vou entrar em pormenores técnicos. Vou explicar sucintamente o que são estas duas passadas e depois deixo um vídeo com tudo muito direitinho para os mais aficionados.

Por norma, quando começamos a correr, o nosso corpo tem uma passada mais terrestre, mas junto ao solo. O calcanhar não levanta muito, tal como sucede com o joelho.

Para evoluirmos e chegarmos a um patamar diferente, precisamos de incluir exercícios que nos permitam levantar o joelho e que levem os calcanhares a tocar nos glúteos, por exemplo.

Um dos mecanismos para correr mais rápido é elevar mais os joelhos e alargar a passada.

Neste caso, falamos de passada aérea.

Aqui, em vez de termos as pernas pouco afastadas e de irmos mais colados ao chão, conseguimos palmilhar mais terreno e poupamos os nossos pés e tendões, que servem "apenas" como apoio rápido no solo. Este tipo de passada é desencadeado com o joelho e é também esta parte do corpo que desce primeiro na cadeia de movimento.

Quando virem alguma prova de corrida, reparem na forma de correr dos principais atletas. Verão que recorrem muito a uma passada larga e que elevam bem os joelhos.

Porém, não é fácil sair do primeiro tipo de passada para adotar o aéreo. Tudo isto requer muito treino e muita consciência da nossa forma de correr, porque a colocação dos pés é diferente. Um mau treino pode resultar em lesões graves, por exemplo, do joelho.

Conforme prometido, deixo abaixo um vídeo do IronUman, mais um francês, que percebe imenso da poda. Ele explica tudo ao pormenor:

 

07
Mar21

Correr melhor com algum jeitinho - parte I


João Silva

O prometido é devido e cá vos trago imagens dos dois primeiros grupos de exercícios específicos de corrida. Devo dizer, e isto é válido para todos os exercícios que aqui vos trarei, que já experimentei e que ainda os incluo no meu plano de treinos. 

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Aqui necessitam de uma bola de pilates. A minha foi comprada na Decathlon. O tamanho depende da vossa altura. 

No meu caso específico, faço 1 minuto de repetições de cada exercício. 

A segunda sequência incide sobre o core e, no início, vai dar-vos aquele quentinho na barriguinha, mas põe-vos lisos e firmes.

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07
Fev21

Há que ser poupadinho... até nas corridas


João Silva

Não estou a referir-me aos eventuais gastos com equipamentos, acessórios ou participações em provas.

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Já ouviram falar em economia de corrida? É cada vez mais comum e refere-se à forma como o corpo se adapta ao processo de corrida.

A primeira corrida muito longa, por exemplo, é sentida pelo corpo com um enorme impacto. O gasto energético é acima da média.

Se repetimos o treino dez dias seguidos, o corpo reage sempre como se o estímulo fosse novo e continua a gastar muita energia. 

Porém, ao fim de um mês nessa "brincadeira", ele habitua-se e começa a poupar a energia. Como se transformou num processo normal, ele já sabe que precisa de dosear a quantidade de energia libertada. Por isso é que é tão importante criar novos estímulos: por exemplo, um treino de velocidade vai obrigar o corpo a outra resposta e é isso que o leva a gastar mais energia. 

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No entanto, em provas, não importa criar estímulos novos. 

No caso de uma maratona, o corpo sabe quando deve libertar energia. Daí se focar muito a questão dos treinos. É aí que tudo se trabalha para evitar surpresas. 

Outros elementos que contribuem para uma economia de corrida são, por exemplo, a passada, a postura, a aterragem do pé no chão, o impulso com a perna mais forte, a cadência l, a respiração e a elevação dos joelhos e dos calcanhares. 

Tudo isto se trabalha e nos permite aumentar as reservas de energia para fases mais duras da prova (ou mesmo do treino). 

 

31
Jan20

Diz quem sabe, ouve quem gosta


João Silva

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Como já aqui o escrevi, sou um seguidor confesso e inveterado do podcast francês Dans la tête d'un coureur.
Não só pela simplicidade e pela despretensão com que expõem os conteúdos, mas também por um deles ser/ter sido um treinador da equipa nacional francesa de atletismo. Portanto, sabem na perfeição do que falam. Adicionalmente e como grandes vantagens, estão nos principais eventos mundiais, abordam outras vertentes do atletismo como trail e triatlo e contam com os vereditos de verdadeiras estrelas do atletismo francês.
Foi, pois, num destes episódios que fiquei a saber mais aspetos interessantes e importantes.

 

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Desde logo, um plano de treinos de um atleta deve ser composto em 80% por treino de endurance. Isto é: treino/corrida de sessões longas, trabalho de resistência, capaz de garantir que o atleta aguenta a carga. É o chamado "meter quilómetros nas pernas" e é de extrema importância para trabalhar o corpo para grandes distâncias.
De seguida, 10% devem ser dedicados a trabalhos de velocidade. É neste ponto que entram os treinos de ritmos, os intercalados, os sprints puros. Este conjunto vai garantir explosividade, capacidade de alternar ritmos e cadências e ainda permite gerar energia nos músculos sem ação do oxigénio, pois são exercícios anaeróbios. Pela sua agrassividade, é importante não abusar, mas também não podem ser descurados.
Por fim, os restantes 10% incidem sobre um dos pontos mais importantes, o descanso, elemento que permite a assimilação da carga e a tradução desse processo numa evolução.
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A acrescentar a todo este fascínio, o treinador em causa expõe ainda um facto curioso, sendo posteriormente apoiado por uma fantástica triatleta francesa que esteve presente nos Jogos Olímpicos do Rio: para correr, por exemplo, a uma média de 12 km/h, um atleta deve centrar a maioria dos seus treinos a 11 ou mesmo a 10 km/h.
O exemplo serve na perfeição o meu casa, já que o valor atual anda nessa ordem, sendo que eu faço mal o seguinte: procuro treinar o mais possível a 12km/h em vez de me manter num ritmo mais baixo para depois ter alguma "liberdade" para subir em provas, por exemplo.
Esta ideia reforça claramente o ponto exposto no inicio: mais do que a rapidez constante, um atleta deve privilegiar a resistência e a "durabilidade" das suas energias, pois só isso permitirá chegar a patamares superiores de forma mais sustentada.

18
Out19

Aprender para melhorar e partilhar


João Silva

Se há coisa que me dá prazer, é aprender. Realiza-me mesmo. E acredito que isso acaba por preencher o vazio por ter crescido numa família com poucas posses financeiras, onde ter um livro era quase um tesouro. Ainda hoje recordo com tanta saudade os dias em que tive contacto com livros de BD ou mesmo o natal em que recebi um globo terrestre pequeno. Não havia dinheiro para mais, mas aquilo preencheu-me de tal forma que nunca mais me esqueci.

E, antes de passar ao verdadeiro assunto desta publicação, se me pedissem uma descrição da minha pessoa, era mesmo isso que diria: ávido de conhecimento.

Nesse sentido, a pensar já nos próximos meses de treino e na próxima etapa no que toca a maratonas, fui ao "mestre" Youtube procurar tesouros. E encontrei-os. E como gosto tanto de saber, já fui pondo em prática alguns dos truques nos treinos. 

No entanto, tudo isto requer tempo para engrenar no corpo, pelo que só após a maratona do Porto os vou integrar de forma mais permanente nos meus planos de treino. Um pouco à imagem do treino progressivo.

Abaixo, poderão ver alguns vídeos que vos mostram, de forma bastante simplificada, como realizar alguns truques técnicos de corrida que vão melhorar a vossa postura, o "massacre" que sentem nas coxas e nas ancas, a cadência, o ritmo e também a memória de "pisadela" dos vossos pés. Há para todos os gostos, desde os pés às ancas, sem esquecer os tornozelos e os joelhos.

Não precisam de os fazer todos os dias e podem tirar apenas cinco minutos do vosso treino para os irem fazendo. Aos poucos, o corpo vai assimilá-los. Importante é que não os façam caso sintam dores em alguma dessas regiões.

Experimentem e, se o fizerem, digam aqui como correu.

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