Acabou por ser uma semana curiosa aquela que vivi entre o dia 05 e o dia 11 do passado mês de agosto.
Bem sei que já passaram praticamente dois meses, mas a menção serve apenas para explicar que nem sempre se consegue fazer o que está estabelecido e que, muitas vezes, é ponderado adaptar as coisas, no caso, os treinos.
Na semana em causa, tinha previsto fazer um treino de 42 km, como forma de preparação da maratona do Porto.
Inicialmente, por questões práticas, estava estipulado para o sábado.
Contudo, com base na previsão meteorológica prevista para essa semana, decidi antecipar o dito longão para a sexta-feira, dia 09.
Como é hábito, a semana foi pesada e o corpo acusou cansaço. Além disso, na terça-feira, abusei um pouco com um treino de 1h30 de corrida. A esta distância, considerando o bem maior, era desnecessário e só prejudicou.
Na quinta-feira, já o treino tinha terminado há muito tempo, num movimento intenso, forcei demasiado os gémeos e as cãibras atacaram aquela região. Mas atacaram de tal forma que fiquei com memória da dor nas pernas durante três dias.
Por isso, nessa noite, após algumas hesitações e ponderações, decidi que não podia fazer os 42 km na sexta-feira. O corpo não iria dar resposta capaz, por certo, iria contrair uma lesão e acabaria por prejudicar o bem maior.
Nesse sentido, foi necessário modificar três dias do plano de treinos. Confesso que é algo que não gosto muito de fazer mas que, em abono da verdade, tenho aprendido a fazer com base na experiência (e, às vezes, nas dores). Em vez do estipulado, fiz um treino de corrida de 02h00 na sexta (primeira imagem) e uma sessão intensa de ioga.
Tenho o dever de ser honesto: não devia ter corrido tanto tempo seguido na sexta-feira. O meu corpo ressentiu-se ainda mais, passei o tempo todo com imensas dores nos gémeos. Tive muito tempo para pensar na dita asneira durante a corrida. Foi a sessão intensa e profunda de ioga que me deixou em condições e me diminuiu as dores.
Isso e o facto de ter feito bicicleta estática e treino funcional no sábado.
Custou-me horrores não ter saído para correr no sábado, mas, à distância, sei que foi totalmente avisado.
E tanto assim foi que, no domingo, o corpo respondeu fanstasticamente bem, praticamente sem dores e novamente numa "viagem" de duas horas no asfalto (imagem do meio).
O desempenho melhorou substancialmente, mas, a parte que mais me satisfez, o corpo reagiu bem, não teve quebras nem "ressacas" dos exageros.
Apesar do desagrado por ter sido "obrigado" a adiar o treino dos 42 km para setembro, fiquei genuinamente feliz pela forma como lidei com as constantes contrariedades, logo eu que não gosto muito de imprevistos.
Além disso, refira-se também que há males que vêm por bem. Porquê? Porque assim pude dividir o trajeto do treino dos 42 km pela sexta e pelo domingo e porque isso me permitiu ter uma ideia mais exata do que iria encontrar quando fizesse o percurso sem interrupções.
Como diz o outro (seja lá ele quem for): vivendo e aprendendo.