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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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18
Mai23

Pequenas maravilhas


João Silva

Nesta nova rubrica falo de pequenos nadas que são tudo para mim nisto das corridas. Hoje trago aquele pequeno-almoço mágico de um treino meu: iogurte natural com umas 5 colheres de aveia, uma banana, dias colheres de café e nozes a gosto. É que é tão bom! Dá-me um misto de carinho, amor e aconchego por mim próprio para o meu treino. Quem partilha um pequeno-almoço ou lanche mágico para um treino?

03
Mai23

Uma meia-maratona diferente em Aveiro


João Silva

Vou dividir esta análise da meia-maratona de Aveiro em duas partes. 

A prova realizou-se no passado dia 23 de abril.

O primeiro texto sai hoje e o segundo dentro de alguns dias.

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Para mim, foi uma meia-maratona. Já lá vão 13 oficiais. Para outros colegas, foi mais uma maratona. Para o André, primeiro a contar da direita, foi a primeira vez na distância. Esteve em grande, acabou ainda melhor. O bicho (ou a nossa pressão) já devem fazer das suas para a maratona do Porto em 2024.

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Começamos esta odisseia a falar numa viagem a quatro no carro do Basílio. Houve ideias de negócio para o mundo da corrida (#poopingbag ou #poopingplace), vozes manhosas de GPS, planos e sonhos de provas e até direito a detalhes nazis. A Maria João vai perceber o que quero dizer, embora eu esteja a rezar para que ela não leia isto.

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Como disse, já lá vão 13 meias-maratonas e talvez nenhuma tenha tido esta magia. Cada uma conta uma história, mas esta conta muitas.

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Era o dia dos 35 anos de casado do José Carlos. Além de mestre na arte da corrida das longas distâncias, ainda é equilibrista, pois celebrar o aniversário de casamento e correr uma maratona no mesmo dia é o mesmo que ter quatro copos na mão e não deixar cair nenhum.

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Foi o dia em que revi o meu bom amigo Eduardo. Trabalhámos juntos 7 anos no Jumbo de Aveiro. É um bom velho amigo. Não se esqueceu de me mandar uma mensagem uns dias antes da prova e lá nos encontrámos. E foi um abraço tão bom. Mesmo ali depois de um esforço bem duro na prova. E lá falámos de filhos. E lá percebi que há tanto que temos em comum na forma como vemos o nosso papel de pai. 

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Foi ainda a prova onde dei/levei um abração da minha estimada Lígia Casimiro no momento da sua chegada. Foi um novo recorde pessoal para esta jovem guerreira. Vocês não imaginam o que ela passa e trabalha para chegar à excelência que já tem! Não sei se já fez todas as seis maratonas mais conhecidas do mundo, mas para lá caminha, se não for o caso. Que bom ver aquela felicidade! Aquela cara é o rosto de um sacrifício que é recompensado com algo que se procura. Não se esquece!

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Foi a prova em que o Bruno Silva chegou com um tornozelo em forma de cachola e em que teve direito a um monte de gelo fornecido pela Cruz vermelha (ou por quem estava a vender finos, não percebi).

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Foi a prova em que se fez história para este blogue. Tratou-se da primeira entrevista em tempo real a um atleta amador. A seu tempo será publicada e também a seu tempo se conhecerá o atleta em causa. Até tive direito a um tripé humano. Impecável. E sabem que mais? Esse tripé vai virar entrevistado dentro de algum tempo. Aquilo libertou uma energia tão boa. É um caminho sem retorno.

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Foi a prova em que eu e o Basílio acabámos a fazer exercícios de recuperação da pubalgia...em cima de terra batida, na parte de trás do carro dele. 

Foi a prova em que deixámos o Tiago a definhar junto ao carro enquanto andávamos a laurear do lado oposto da Ria. Parabéns pelas tuas 3h27m na maratona, grande Tiago. E vê lá se partilhas a tua comissão no Waze!!

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Tenda desarmada, foi hora de atacar os ovos moles. Achava eu que mais ninguém queria além de mim. Se não me engano, foram mais de quatro caixas para três ou quatro pessoas.

E com isto ninguém queria almoçar. Ou melhor, todos queriam,  ninguém se decidia e ninguém sabia onde íamos manjar.

Acabámos na Rebaldaria. Ou melhor, no Rebaldaria. Uma novidade para mim: um salmão com crosta de pão ralado e mostarda. Que delícia. E até reconheci a funcionária!

Que belas conversas ali tivemos!! Um início de tarde em grande!

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Foram quase 10 anos a viver, trabalhar e estudar em Aveiro, onde também namorei e casei. Fica difícil dissociar uma prova naquela terra da minha memória. 

Aquela foi uma prova muito especial. Acho que voltar ali é voltar a um passado bom, a um pedaço de amor, a um pedaço de história. E isto também significa que vou acabar a ter de lá voltar em 2024. Esta malta não facilita e já está a pensar na maratona nesse ano. E agora, faço ou não faço?

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24
Abr23

Pequenas maravilhas

Prazeres na corrida


João Silva

Hoje começo uma pequena rubrica diferente. 

Aqui interessa apenas partilhar convosco os pequenos prazeres que tenho com a corrida (e com o desporto em geral).

A primeira maravilha é: correr com temperaturas gélidas e sentir as mãos a aquecer dentro das luvas ou os pés a ficarem quentinhas em pleno exercício. Parece magia pura!

Alguém partilha desse gosto?

E o que é que isso vos faz sentir?

 

 

10
Abr23

1, 2, 3, uma última entrevista desta vez

Fátima Gramaxo - parte 2


João Silva

E pronto, passou a Páscoa, que espero que tenha sido boa, e agora entrego-vos a segunda parte da entrevista da Fátima Gramaxo, a última neste tipo de apontamento. Podem reler ou ler do início a primeira parte da entrevista desta atleta da ARCD Venda da Luísa.

Aqui veremos uma reflexão mais apurada da Fátima sobre o atletismo.

 

2.ª parte

2023sico2.jpgAventura marcante

Até à data a trail mais marcante que fiz o trail de Piodão, pelas suas paisagens únicas, simplesmente encantador.

Participação em prova mais longa

Meia Maratona da Figueira da Foz, em Junho de 2018: A cidade que me recebeu na minha primeira prova de corrida – 10km, recebeu-me também na minha primeira meia-maratona, a prova mais longa que fiz até à data.

Este dia foi muito marcante para mim e de grande superação pessoal, com muitas emoções à mistura. Recordo os treinos, o ponto de saturação a que cheguei antes da prova e como consegui dar a volta. Os treinos à chuva, coisa que nunca tinha feito antes e que seria impensável para mim no passado, coisa que só é entendida pelos “maluquinhos da corrida”. Terminei a prova radiante e surpreendida com o meu desempenho. Ajudou-me o apoio do meu marido nos treinos e na prova, e ,à chegada, a cereja do bolo, as minhas filhas que atravessaram a meta comigo.

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Objetivos pessoais futuros

Gostava de voltar a superar-me numa meia-maratona, para manter a motivação de aumentar os kms pois só tenho corrido em provas mais curtas. 

Como vê o atletismo daqui a 5 anos

O atletismo tem atraído cada vez mais atletas, penso que a tendência será continuar a crescer. As inúmeras provas existentes, muito diversificadas, favorecem essa tendência.

Como se vê no atletismo daqui a 5 anos

Daqui a 5 anos quero continuar motivada e a praticar a modalidade.

 

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Porque existem tão poucas mulheres a fazer atletismo e porque há tão poucas em provas de grandes distâncias?

Talvez as mulheres não tenham tanto interesse pela modalidade comparativamente com os homens e no caso das provas de grande distância porque exigem uma maior disponibilidade para treinos.

 Existem diferenças de tratamento em relação aos homens?

Na minha opinião, não, pelo menos, que me tenha apercebido delas.

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07
Abr23

1, 2, 3, uma última entrevista desta vez

Fátima Gramaxo - parte 1


João Silva

Esta vai sera última entrevista neste formato mais tradicional. A ideia não é acabar com o processo, é transformá-lo, adaptá-lo aos tempos e melhorá-lo. Estou a trabalhar nisso e terei novidades no futuro.

Por agora, deixa-me feliz partilhar convosco a entrevista da Fátima Gramaxo. Antes de mais, é minha "vizinha" e já é mais do que uma colega corredora. É uma espécie de parceira de histórias recambolescas de "espionagem" polvilhadas com muito humor britânico.

Contudo, o que me interessa mais neste caso é que possam conhecê-la como corredora e pessoa ligada ao desporto.

Fiquem, pois, com a primeira parte da entrevista da Fátima Gramaxo:

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Nome

Fátima Gramaxo

Idade

41

 Equipa

A equipa de que faço parte é muito mais do que uma equipa... ARCD Venda da Luísa

 

Praticante de atletismo desde

Fiz a minha primeira corrida em 2017. Em miúda não gostava nada de desporto e muito menos de corrida,  fazia parte do grupo de alunos que, nas aulas de educação física, inventava desculpas para ficar no banco, apenas a exercitar as cordas vocais. Nunca me identifiquei com a prática. Já adulta comecei a fazer aeróbica e outras aulas semelhantes, em grupo, uma forma de exercitar o corpo e a cabeça. Em 2016, depois de uma dieta rigorosa, percebi que se queria manter o peso e melhorar a saúde e que precisava de fazer algo mais pelo meu corpo, o prazer de comer teria de ser compensado com algo mais eficaz do que o exercício que fazia até esta data. Em abril de 2017 decidi começar a correr e assim nasceu a paixão. Nas primeiras corridas, no choupal, acompanhada pelo meu marido, que teve um papel essencial nessa altura e andava ao meu lado enquanto eu corria, de tão lenta que eu era, na verdade ainda continuo a ser... O choupal foi durante meses o meu local de eleição para a corrida, comecei por aumentar a distância e depois a velocidade. No final desse ano fiz os meus primeiros 10km em prova, na São Silvestre da Figueira da Foz, um momento épico.

2019MeiaMaratona- FigueiraFoz (1).jpeg

Modalidade de atletismo preferida

Não tenho modalidade preferida: divido o coração entre corrida de montanha e estrada.

Gosto de corrida de montanha mais rolantes, com paisagens cativantes. Procuro percursos que não me levem ao extremo, valorizo a minha área de conforto para conseguir usufruir do momento, cumprir o meu objetivo pessoal e ficar bem comigo e com o meu corpo.  

Noutras ocasiões, prefiro a corrida de estrada, por norma sempre no mesmo percurso, isso permite-me estabelecer comparações pessoais e ouvir melhor o meu corpo.

 

Prefere curtas ou longas distância

Prefiro provas mais curtas, não me sinto preparada para grandes aventuras

 

Na atual equipa desde

Época 2019/2020.

Volume de treinos por semana

Depende das alturas, mas, por norma, 2 treinos semana.

Importância dos treinos

São essenciais, os treinos permitem-nos melhorar o desempenho. A falta deles faz-nos regredir, quer fisicamente quer psicologicamente. Quanto mais treinamos, mais vontade temos de treinar e melhores resultados temos, o que também nos motiva mais, um círculo vicioso. Os treinos são essenciais para a preparação.

2022Monsanto (2).jpgSe tem ou não treinador

Não tenho treinador.

Diferenças existentes entre o atletismo passado e atual

O atletismo está cada vez mais moda, há cada vez mais pessoas a correr e cada vez mais provas.

Histórias insólitas, curiosas ou inéditas

Não me recordo assim de nenhuma história em especial, embora cada trail de treino que faço sejam sempre verdadeiras aventuras pessoais. O meu sentido de orientação, ou falta dele, é ímpar. Já não tenho dedos nas mãos para contar as vezes que estive perdida pelo meio dos montes… talvez por isso privilegie tanto repetir os percursos...

Numa dessas vezes em que me meti em aventuras, sempre sozinha, fiquei sem GPS e sem água, tive uma cãibra abdominal, coisa que desconhecia, por falta de hidratação. O mau estar e sede eram tão grandes que me lembro de olhar para as poças de água e ter pensado em beber, mas consegui resistir ao cocktail...

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15
Nov20

Em estrada, na serra ou na areia...corrida e reforço muscular


João Silva

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Já vos falei algumas vezes do grupo francês Dans la tête d'un courreur. Na verdade, conheci o projeto por mero acaso, mas não larguei. Ouço regularmente os podcasts e vejo os vídeos que lançam no YouTube. 

Só num país tão grande e com tamanho gosto pelo desporto seria possível ter um projeto assim a vingar. Tanto assim é que já vão na terceira temporada e agora com episódios semanais. Incrível! 

No verão passado, Fred, o treinador de atletismo no Stade de France, fez vidéos muito úteis sobre como se pode treinar em terrenos como estrada, serra e areia e ainda wir "ferramentas" podemos utilizar para fazer exercícios simples (mas muito importantes) de reforço muscular. São coisas práticas e muito rápidas mas que podem fazer a diferença. 

Deixo os links abaixo, onde poderão ver os vídeos em causa e ler toda a explicação que Fred dá para cada exercício. 

Qualquer simpatizante de corrida (e de desporto "rápido" ) vai querer dar uma olhadela... 

https://danslateteduncoureur.fr/comment-sentrainer-en-ville/

https://danslateteduncoureur.fr/comment-sentrainer-en-foret/

https://danslateteduncoureur.fr/comment-sentrainer-a-la-plage/

 

 

29
Jun20

O quarto a correr com a Covid-19


João Silva

Nesta viagem de vereditos sobre a forma como a Covi-19 afetou cada um de nós, neste caso, em termos desportivos, ouvimos o testemunho do Francisco Silva, um veterano já nestas andanças das corridas, que, nesta altura, teve também de tratar de debelar uma lesão física.

Vejamos o que tem para nos dizer:

 

Francisco Silva.jpg

De que forma a Covid-19 afetou os seus treinos?

Aquando da declaração do Estado de Emergência, passei ao regime de teletrabalho o que me deu algum tempo livre (perdia cerca de 1h-2h/dia em deslocações) para poder treinar. Nessa altura o meu regime de treinos foi influenciado por mais duas questões: uma lesão que me limitava a capacidade para correr e o dever de recolhimento imposto. Assim, de 14 de Março até 3 de Maio, treinei todos os dias, alternando 2 dias de treino indoor, nomeadamente de alongamentos, reforço muscular do core (exercícios isométricos) e reforço muscular geral, com 1 dia de treino de corrida, mais curta e lenta que o habitual.

Como e quando passou a treinar após o desconfinamento?

Com o desconfinamento, por um lado, passei a ter de me deslocar alguns dos dias devido ao regime de teletrabalho parcial, por outro, devido à melhoria da lesão, pude correr mais vezes. Assim, deixei de poder treinar diariamente mas fiz mais treinos de corrida, mais rápidos e com maior distância. Isto resultou em menos treinos de reforço muscular. Continuo, ainda mais, a tentar evitar os locais mais frequentados por corredores e caminhantes, procurando percursos ou horários alternativos onde me cruzo com menos gente.

27
Jun20

A terceira a correr com a Covid-19


João Silva

A terceira desta senda é, nem mais nem menos, do que uma cara muito conhecida já deste blogue. Trata-se da Luísa de Sousa e podem acompanhar o blogue dela aqui.

Não sendo corredora, o enorme interesse de ter o seu veredito neste espaço é o facto de ter uma paixão interminável pelo desporto.

Além de tudo isso, no seu blogue de boa forma física partilhou diariamente planos exequíveis que visavam ajudar todos na prática desportiva.

Vejamos as respostas da Luísa:

 

De que forma a Covid-19 afetou os seus  treinos?

Como e quando passou a treinar após o desconfinamento?

 

Terei de responder as duas perguntas numa só, isto porque eu sempre fiz os meus treinos em casa.

Como tenho formação na área do envelhecimento, saúde e exercício físico, não foi nada difícil compor um plano de treinos a partir de casa, onde inclui cardio, exercícios de tonificação e flexibilidade, yoga e pilates.

Tenho um mini ginásio onde tenho os equipamentos essenciais para estar sempre em forma, tais como halteres de 1,5 a 3 Kilos, caneleiras, máquina de musculação multifunções, bandas elásticas e fil ball.

Fazer exercício físico ou uma modalidade desportiva é tão prazeroso e tão “obrigatório” que não concebo a minha vida sem me exercitar. Faz parte do meu dia que sigo religiosamente.

É graças a este meu “vício saudável” que, com 59 anos, sou muito saudável, cheia de energia, disposição e com o mesmo peso e medidas de quando era muito jovem.

Que este meu testemunho seja um incentivo para todos os que desejam envelhecer com saúde e de forma saudável.

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25
Jun20

O segundo a correr com a Covid-19


João Silva

Segue-se um velho conhecido destas andanças nos blogues, o estimado Último.

Perante o meu desafio, vejamos o que nos revelou este corredor, de quem aprecio a prudência. É bom ver que, apesar de pertencer a uma faixa etária jovem (a minha), tem boas ideias e adota medidas preventivas.

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De que forma a Covid-19 afetou os teus  treinos?

A Covid-19 obrigou a uma nova rotina e sobretudo a muita força de vontade.  Foi uma mudança radical quer na cadência, local e tipo de exercícios.
Procurei assimilar para mim próprio que a continuação do exercício físico seria essencial para um corpo são em mente sã. Arranjei um espaço na garagem, improvisei um tapete de uma espreguiçadeira, segui o plano que o ginásio que frequento disponibilizou, tentando fazer alguma coisa duas vezes por semana.
Assim, fiz apenas exercícios possíveis em casa e sem equipamento, algo que nunca tinha experimentado.

Como e quando passaste a treinar após o desconfinamento?

Apenas em maio, quando foi permitido. Comecei outdoor logo na primeira semana com muito cuidado na higienização e com 5 km, que fui aumentando progressivamente. Além de ser algo de que goste, precisa da sensação de estar ao ar livre. Tive também o cuidado de fazer bons aquecimentos e relaxamentos, pois foi um mês e meio sem esticar as pernas. 

23
Jun20

O primeiro a correr com a Covid-19


João Silva

Arrancamos esta nova rubrica com um testemunho do André Santos.

Tal como queria, as respostas foram sinceras e frontais. Ainda assim, para efeitos de "legibilidade", não poderei reproduzir na íntegra o termos usados por ele.

Foi o próprio que me deu "autorização" para suavizar o golpe. Ou seja, o texto:

André.jpg

De que forma a Covid-19 afetou os teus treinos?

A Covid veio dar cabo de tudo. Nunca corri muito, nunca fui rápido nem nunca liguei muito.

Nos primeiros tempos evitei correr de todo, não havia grandes certezas. Houve receio, medo de sair. Experimentei correr no pátio cá de casa. Aguentei 60 minutos. Fui intervalando com a bicicleta elítica. Ainda durante o confinamento, madruguei e fiz alguns quilómetros. Uns 8, coisa pouca. E também o fiz poucas vezes, o que levou o meu peso a aumentar aumentou 3 kg...ou mais.

 

Como e quando passaste a treinar após o desconfinamento?

Agora após desconfinamento...Espera isso já aconteceu...?

Aqui ainda estou/estamos em modo. O trabalho é muito e a criança está em teleescola/aulas assistida. A minha "Maria" também está a trabalhar em casa, umas 10 horas por dia...ou mais. Juntamos a isso, compras e muitas outras coisas...e eu não me queixo, certamente, há gente com casos bem piores, mas correr tem sido difícil. Resume-se a 3 vezes por semana, normalmente de madrugada.

Ainda há dias acordei às 5 e qualquer coisa da manhã e eram 6 horas estava na rua a correr. 12 km...não foi mau...O tempo e os quiómetros são o que menos me importa. Para mim o importante é ir. Tenho saudades da serra, do convívio, de tentar não ficar em último. 

Acho que na próxima prova quero ficar em último, primeiro a chegar, último a sair...:-)

 

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