Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Redes sociais

Palmarés da minha vida

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Baú de corridas no blogue

Em destaque no SAPO Blogs
pub
18
Ago20

Quando ele aparecer, avisa-me


João Silva

IMG_20191103_081336.jpgEste é um recado para o meu corpo.
Peço-lhe encarecidamente que me avise quando o meu pico de forma regressar.
Não quero essa informação por causa de provas, quero apenas saber quanto tempo precisarei até me sentir tão funcional quanto estava.
Como quis retomar como se nada tivesse acontecido, rapidamente percebi que o corpo entrou em ciclo de sobrecarga de treino.
E agora teima em não sair
Só por uma vez o consegui abanar num sprint longo ainda no início de junho.
Desde então as dores são uma constante na minha vida e parar não é uma opção, portanto, só posso esperar pela chegada de mais problemas físicos.
Falando de uma forma geral, diria que uma retoma com calma, faseada, a respeitar o corpo e com metodologia darianpara iniciar o pico de forma ao fim de 4 a 6 semanas, sendo que tudo isso varia sempre em função de cada um.
E vocês quanto tempo demoraram para atingir novamente o pico de forma?

23
Jul20

Quando surge a velocidade num processo de retoma


João Silva

Esta questão tem muito de técnica e de controversa, isto porque cada um terá a sua forma de ver as coisas.
Ainda assim, penso que estamos de acordo, o primeiro passo é retomar, começar a sentir o chão a ficar para trás a cada passada. Lenta ou rapidamente, no início, conta é fazer, para obrigar o corpo a perceber que tem de mudar o chip.
Diria que as primeiras semanas devem incorporar um aumento gradual da distância percorrida e do tempo de atividade. Este deve também ser intercalado com caminhadas para estabilizar o corpo e para o deixar preparado.
Na fase posterior, dependendo do número de treinos de cada um, diria que as duas semanas seguintes devem ser de ganho de resistência, o que vem praticamente com o acumular de quilómetros nas pernas. Esse processo de acumulação deve ser gradual, permitindo ao corpo assimilar novas cargas.

FB_IMG_1574463806014.jpg

Ao longo deste primeiro mês, o reforço muscular também não deve ser descurado. Se não der para se fazer muito, faz-se pouco. O corpo agradece tudo.
Terminado este primeiro período de adaptação e tendo dado o devido descanso ao corpo, por exemplo, com treinos de corrida à cada dois dias, começa a ser adequado introduzir treinos de velocidade.
Ainda assim, não iria logo para treinos de séries
Optaria por pequenos sprints no final das sessões de corrida. No final da primeira semana desse segundo período, começaria com pequenos fartleks. Só na segunda semana desta fase arrancaria com jogos de ritmos, como, por exemplo, os fartleks Watson. Só à entrada na terceira semana incluiria os treinos de séries.
Naturalmente, isto não é uma coisa exata, cada um deverá conhecer o seu corpo e o nível com que retoma a atividade física.
Ainda assim, esta parece-me ser uma boa forma de voltar a introduzir a velocidade e a explosividade na forma física.

21
Jul20

Uma retoma como mandam as regras


João Silva

2020-06-01_16_03_47_316.jpg

Desde logo, algo que este louco não fez. Nunca na vida se retoma a prática de uma modalidade como se não tivesse acontecido nada durante dois meses. Este princípio vale ouro e pode salvar corpos de lesões. Para o meu já vem tarde.
Antes de mais, teremos sempre de avaliar em que ponto estamos, se parámos, quanto tempo estivemos parados, se apenas mudámos a modalidade mas continuámos com uma grande intensidade, quais as características dessa nova modalidade e como podem ser utilizadas na retoma à antiga.
Findo este processo, mais do que objetivos a longo prazo, é, a meu ver, necessário traçar uma linha para recuperar a forma daquela atividade. No meu caso, mantive a forma física, mas perdi a forma de corredor de fundo e a elasticidade, já que deixei de fazer alongamentos e ioga, com o objetivo de canalizar melhor o tempo de treino para exercícios efetivos e específicos.

A partir daqui, a inclusão de corrida e de quilometragem deve ser gradual.
Não pode ser como fiz e arrancar logo com mais de 1h e a um ritmo intenso ao ponto de começar a endurecer músculos e de provocar lesões nos adutores.
O trabalho de força, sobretudo, o de estabilização não deve faltar. Diria mesmo que é obrigatório. Ainda que possa ser em quantidade reduzida, esses exercícios não devem faltar.
O fortalecimento do core também não pode ser descurado. O corpo vai sentir tudo à dobrar.
Por ter querido de mais em tão pouco tempo, não percebi que o impacto me ia apanhar como nunca. As dores chegaram ao nível das que senti quando comecei a correr, quando era obeso.
Na fase seguinte, importa perceber o tempo destinado ao exercício e os objetivos a longo prazo, porque isso vai determinar a velocidade a que é possível retomar a corrida.
Na altura em que escrevi esta publicação, não havia previsão de provas. Portanto, dava para ir com calma. Tinha no horizonte a prova já paga em novembro, mas dava perfeitamente para fazer de maneira diferente. Para ter paciência e dar descanso ao corpo nos processos.
A moral disto tudo é que o corpo não deixou de saber correr, mas precisa de tempo e "compaixão" para regenerar. Disso e de alongamentos. Percebi novamente que não funciona correr sem alongar o corpo, pelo menos, no fim. Entorpece tudo, se não houver eliminação de radicais livres.
Portanto, uma vez mais, perdi uma excelente oportunidade de mostrar que é possível levar tudo com calma. Este tem sido o meu grande problema desde o início: um ser pouco emotivo no geral mas que se deixa iludir pela sensação de controlo e se deixa levar pelo impulso, neste caso, desportivo.

07
Jul20

Maiores erros na retoma à estrada


João Silva

Screenshot_20200529_170435_com.geonaute.geonaute.j

Quis começar como se não tivesse estado sem correr praticamente dois meses, mesmo tendo continuado com trabalho de força inteso e com bicicleta estática.

Não é a mesma coisa e só um louco e obstinado como eu podia achar que o corpo ia responder como estava a fazer antes da paragem. Pior, só alguém com enormes problemas mentais podia achar que era normal retomar tão intensamente sem fazer uma gestão mais faseada.

Teria sido tão mais simples se tivesse começado a correr gradualmente. Não, pelo contrário: na primeira semana de retoma, foram só sessões acima de 01h10m.

O corpo doeu-me como nunca tinha feito e a razão estava do lado dele.

Apesar de adorar o desporto e a corrida em particular, não se percebe (eu próprio não percebo) por que motivo arranquei logo em grande força, quando nem sequer havia provas no horizonte.

O esticão que senti no adutor no dia 30 de maio após 1h30 de corrida foi uma grande lição. Só que, já diz o ditado: "burro velho não aprende línguas". Eu até aprendo, sei falar quatro, mas faço-me de desentendido quando a conversa não me agrada.

Portanto, os maiores erros foram querer retomar como se nunca tivesse parado e ainda ter desrespeitado o meu corpo. 

Redes sociais

Palmarés da minha vida

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Baú de corridas no blogue

Em destaque no SAPO Blogs
pub