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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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03
Mai24

Vamos estimá-los


João Silva

Os joelhos são um bem tão precioso quanto maltratado.

É fácil ter dores e ficar impossibilitado de praticar desportos de impacto como a corrida.

Pela sua complexidade interna, facilmente ficam num estado irrecuperável.

E se há coisas que não lhes fazem bem são as intervenções cirúrgicas.

Uma forma de os estimar e de os reforçar é através de exercícios simples que podemos fazer em casa após os mais diversos treinos. 

Não custa nada e vão prolongar a vossa saúde.

Aqui ficam algumas sugestões:

Há muito que se percebeu que o trabalho continuado e equilibrado dos joelhos é mais um fator reforçador do que lesionados. Portanto, pouquinho de cada vez faz muito.

20
Fev24

É só de mim?


João Silva

Sou só eu a ter dificuldade em perceber à primeira as explicações dos exercícios de reforço muscular ou, de facto, aquilo é posto numa linguagem manhosa?

Não raras vezes, tenho de ler repetidamente as definições dos vários exercícios de reforço muscular porque não as percebo à primeira.

Aliás, há alturas em que aquilo me parece tão complicado que tenho de procurar imagens e guiar-me por ali para fazer bem.

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Preferia mil vezes ter uma ou duas frases sucintas e claras. 

Estão comigo nisto ou é só de mim?

11
Fev24

Exercícios de estabilização e equilíbrio dos glúteos e das coxas


João Silva

Eercícios de estabilizadores - 

Sequência: 

 

oscilações da bacia - deitado, joelhos levantados e mãos nas ancas. Empurrar a bacia para cima até um ponto sem dor, deixar rodar para trás, arqueando um pouco as costas para cima. 30 repetições. 

 

Ponte de baixo - deitado, joelhos levantados, as mãos no tapete junto ao troco, ativar os glúteos e os abdominais e fazer subir os glúteos até criar uma posição direita entre a zona da pélvis e os joelhos (não podem ir para dentro). 2 séries de 15 repetições. 

 

Metrónomo fixo- deitado, joelhos levantados, mãos estendidas no chão e afastadas do corpo, rodar lentamente as pernas em conjunto para cada lado, contraindo sempre os abdominais. 30 repetições.

 

Ostra lateral deitado - deitado de lado, joelhos encolhidos, anca virada para dentro. Sem rodar a anca para fora (pressionar com a mão, se necessário), abrir a perna de cima (sempre dobrada) e contrair os abdominais. Fazer lentamente. 2 séries de 15 repetições.

 

 

Levantamento lateral da perna deitado - deitado de lado, joelhos encolhidos, anca virada para dentro. Perna de cima esticada. Subir essa perna com a anca para dentro e os abdominais ativados. 2 séries de 15 repetições.

 

 

Adução?? da perna inferior com bola - 

deitado de lado, joelhos encolhidos, anca virada para dentro. Perna de baixo esticada e a de cima assente numa bola ou numa almofada. Subir a perna de baixo e fazê-la tocar na de cima. 2 séries de 15 repetições.

 

Metrónomo com costas levantadas - sentado com pernas esticadas no tapete, inclinar te não para trás e apoiar com as mãos, encolher os joelhos. Ativar os abdominais e fazer rodar as duas pernas lentamente para cada lado. 40 repetições.

 

 

Super-homem de quatro - colocado sobre os quatro apoios, esticar um braço e a perna oposta e contrair os abdominais. Aguentar um ou dois segundos e regressar à posição inicial. Repetir do lado oposto. 2 séries de 20 repetições.

 

Levantamento da perna esticada (deitado) - deitado com as pernas esticadas e as mãos junto ao tronco. Levantar uma perna lentamente, sem dobrar o joelho nem elevar acima do glúteo. Aguentar a posição durante dois segundos com os abdominais contraídos, regressar à posição inicial e repetir do lado oposto. 2 séries de 20 repetições.

 

Joelho à frente com rotação lateral do tronco, - ajoelhado, com um joelho à frente, alinhado com a ponta do pé e a outra perna dobrada para trás, direita. Ativando os abdominais, rodar o tronco para trás com o braço aberto e retomar a posicao original. Sempre lentamente. 30 repetições de cada lado.

 

Joelho à frente com oscilação da anca para a frente e para trás - ajoelhado, com um joelho à frente, alinhado com a ponta do pé e a outra perna dobrada para trás. Ativando os abdominais, oscilar a anca para a frente e para trás. Sempre lentamente. 30 repetições de cada lado.

 

Levantamento do tronco com joelho dobrado e perna esticada - ajoelhado de lado, com um joelho virado para a frente, a outra perna esticada com a ponta do pé a não poder passar a linha invisível do outro pé. Puxar a anca para trás e inclinar o tronco para a frente sem dobrar e, com os abdominais atiçados, voltar à posição original. com a ponta do pé e a outra perna dobrada para trás. Os braços podem ir para a frente quando a anca é fletida para trás. 30 repetições de cada lado.

 

 

Agachamentos com fita - fita a envolver os joelhos, que devem abrir à largura das ancas. Puxar a anca para trás e dobrar os joelhos para a frente sem que passem a ponta dos pés. Uma espécie de sentar sem cadeira. Ativar os abdominais a descer e a retomar a posição. Importante é não deixar os joelhos fletirem para fora. 30 repetições.

 

Ostra vertical na parede com fita - fita colocada acima dos joelhos, costas encostadas à parede, corpo em posição de sentar com joelhos alinhados e afastados à distância das ancas. Um dos pés encostados à parede e abrir a perna que está "subida" sem esquecer de ativar os abdominais e sem que as costas saiam do sítio. Trocar de lado. 2 séries de 15 repetições de cada lado.

 

Subida alternada de degrau - escolher um degrau com cerca de 20 a 30 cm de altura. De frente para o degrau, alinhar as pernas com as ancas. Virar os pés para a frente. Subir o degrau com um pé, manter os abdominais atiçados, subir o joelho contrário e levantar a mão do pé que subiu o degrau. Descer com os abdominais ativados. Trocar de pé e subir novamente. 2 séries de 15 repetições de cada lado.

 

 

Balança- pés afastados à largura das ancas, esticar um braço, inclinar o tronco para a frente, sem dobrar a cintura nem a cabeça, esticar o pé contrário ao braço esticado. Manter a posição durante dois segundos com os abdominais ativados e retomar a posição original sem dobrar as costas. 2 séries de 15 repetições de cada lado.

Variante: a perna que se mantém no chão pode dobrar um pouco (sem que o joelho passe a ponta do pé), isso vai forçar mais o glúteo e fortalecê-lo.

 

 

Avião bipodal - 

pés afastados à largura das ancas, esticar os dois braços, inclinar o tronco para a frente, sem dobrar a cintura nem a cabeça, esticar uma das pernas para trás. Manter a posição durante dois segundos com os abdominais ativados e retomar a posição original sem dobrar as costas. 2 séries de 15 repetições de cada lado.

 

Lunges (=avanço ou estocada, em PT BR) - 4 variações (passo à frente, passo atrás, passo lateral, passo à frente com rotação do tronco).

Estrutura base: pés afastados à largura das ancas, ativar abdominais, dar um passo em frente, esticar braço contrário ao pé de apoio. Retomar a posição levantada sempre com os abdominais ativados. Olhar sempre em frente e não deixar que o joelho que desce ultrapasse a ponta desse pé. O joelho também não pode rodar para fora nem para dentro.

2 séries de 10 repetições de cada lado.

 

Variante com rotação: tudo igual, mas, quando se der o passo em frente, roda-se a cintura para fora (do lado do joelho que desceu).

 

Alongamentos: 

- pernas dobradas sentado - sentado, uma perna dobrada por cima da outra e rodar o tronco para o lado da perna que fica por cima. Segurar as pernas com as mãos e fazer movimentos suaves de pressão durante 10 segundos. Trocar de lado. 

 

- de joelhos, abertura da anca - deitado, levantar os joelhos, colocar um pé por cima do outro joelho. Colocar as duas mãos a envolver o joelho que fica levantado e puxar para dentro e soltar por breves instantes durante 10 segundos. Trocar de lado.

 

- deitado, levantamento da perna - deitado, subir os dois joelhos, esticar uma das pernas. Agarrar a perna levantada com uma das mãos, levantar um pouco o tronco ao ponto de deixar a cabeça nivelada com o joelho dessa perna. Esticar a perna totalmente e virar o pé para dentro. Fazer este movimento durante 10 segundos de cada lado.

26
Jan24

Bem reforçado todos os dias


João Silva

Já falei várias vezes na importância dos treinos de reforço muscular.

Se tivermos em conta que os músculos são a principal fonte produtora de energia do nosso corpo, percebemos logo que temos de os desenvolver para termos um bom desempenho.

Antes de o Mateus nascer, conseguia e queria fazer uma sessão diária de reforço muscular com a duração de uma hora e meia. 

Pouco tempo antes de o meu rebento nascer e também devido ao aumento do volume de trabalho, comecei a ocupar mais tempo do treino apenas com a corrida. Por várias razões. A principal, o facto de adorar correr. Ora, o reforço sofreu uma grande redução. Aliás, ainda hoje o faço: se tiver com muito trabalho ou se as obrigações parentais e domésticas assim o exigirem, corro e deixo passar a sessão de reforço muscular.

Mas, sempre que posso, não deixo passar a oportunidade. É algo mesmo muito importante. Se pensarmos que os tendões e os ossos nos sustentam o corpo na corrida, compreendemos que o corpo estaria desprotegido e vulnerável se não houvesse músculos.

Como faço menos reforço, procuro canalizá-lo para os elementos mais importantes da corrida: postura, passada, equilíbrio, flexibilidade e força abdominal.

Como forma de ajudar algumas pessoas que me perguntam sobre o assunto várias vezes, deixo aqui o exemplo da segmentação que vou fazendo aos poucos:

Segundas - abdominais tradicionais e crunches

Terças - pranchas

Quartas - flexões

Quintas - equilíbrio

Sextas - glúteos 

Sábados - mistura de pranchas e flexões

Domingos - mistura de abdominais e crunches

Normalmente, faço 10 minutos por dia e no final do treino de corrida. A ordem que apresentei em cima é muito volátil, depende sempre do meu estado físico no próprio dia. E até mental. Por vezes, troco a ordem.

Um pouco todos os dias dá muito ao fim de uma semana.

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15
Mai23

Lesão por excesso e lesão por falta


João Silva

A dada altura, encontrei uma colega numa prova e fiquei a saber que, na altura em que me lesionei, também ela esteve parada (perto de três meses, se não me engano) por problemas musculares.

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Ao contrário de mim, ela fazia muito pouco reforço muscular. A dada altura, o corpo não aguentou e rasgou entre a virilha e a coxa.

Foi o meu oposto e, ainda assim, também ficou no estaleiro.

Aquilo fez-me pensar, porque, de facto, o meio termo é sempre o mais difícil de alcançar.

No meu caso, o corpo não aguentou o excesso e o abuso de e nos treinos. 

No caso dela, o corpo não aguentou por falta de reforço muscular, porque era rara a sessão de força.

Ambos os casos foram maus. Ainda assim, o dela foi pior.

Às vezes é tudo uma questão de "sorte". Mas a sorte também se procura...

19
Jan23

O reforço muscular tem prazo de validade?


João Silva

Os nossos músculos adaptam-se a praticamente tudo. Por isso mesmo, ao fim de algum tempo deixamos de ver efeito neles.

É por essa razão que devemos mudar a tipologia, a regularidade e a intensidade dos exercícios de reforço muscular.

No entanto, apesar de se habituarem às cargas, isso não acontece de um dia para o outro.

No início, passei por uma fase em que achava que tinha de mudar o plano ao fim de cada mês. No entanto, percebi que isso é contraprodutivo e que não dá ao corpo o tempo de assimilar as mudanças advindas desse exercício.

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Fonte da foto: inscrita na lateral

 

Atualmente, procuro seguir planos de reforço durante dois meses. Quando começo a sentir demasiada facilidade na realização dos mesmos, aumento a intensidade e, noutros casos, mudo a tipologia.

Como é convosco? Fazem sempre os mesmos exercícios ou mudam? Se mudam, ao fim de quanto tempo o fazem e como fazem?

Uma boa estratégia é, por exemplo, fazer um grupo de exercícios durante algum tempo e depois mudar para a mesma versão com pesos.  Comigo resulta.

28
Jul21

Precisa-se de reforço


João Silva

Ali pelos finais de janeiro, andava de rastos.

Senti muito a falta de descanso no meu corpo. O Mateus teve uma fase muito complicada com um pico de crescimento, o trabalho foi imenso, as lides da casa também retiraram lucidez e, como se não bastasse, não só não parei de correr como mantive a carga média de 1h30  de corrida durante a semana e de 3h00 ao fim de semana. Isto sem alongar, pois tinha de cortar em alguma coisa.

Com isto, acumule muita tensão nos quadris e na zona da púbis e o meu corpo começou a enfraquecer. Continuei a treinar, mas a qualidade baixou e senti o meu corpo sem capacidade de arranque, mudar de ritmo e de cadência era impensável.

Aos poucos, consegui retomar os exercícios de reforço como abdominais e pranchas e também reduzi a duração e a dureza de alguns treinos.

O corpo mudou logo para melhor e senti mais força na zona púbica. Parecendo que não, é das zonas mais importantes em treinos de resistência, o chamado endurance.

Por saber que é algo tão importante e tão esquecido pelos corredores, trago aqui hoje alguns exercícios muito simples e que vos vão ajudar em muito pouco tempo.

 

24
Abr21

Treina com as estrelas


João Silva

Não é segredo nenhum que sou adepto do Borussia Dortmund, até porque a própria foto de perfil me denuncia. 

Regra geral, não falo aqui de futebol. Não é uma regra, mas já há tanto espaço para isso que me interessa divulgar coisas sobre corrida e, no fundo, sobre exercício físico. 

E porquê isto agora? Porque vos trago um vídeo de uma vasta sequência de treinos de reforço muscular das estrelas da equipa profissional com fitness coaches conhecidas na Alemanha.

Foi a forma que o clube encontrou para estar próximo dos seus adeptos e para promover a sua com coisas muito simples que, no geral, não requerem equipamentos nem investimentos. 

São já muitos os vídeos. A língua original é o alemão, mas têm legendas em inglês. 

Valem a pena.

Não são maçudos, prometo.

https://youtu.be/0XUkhrDjxzo

18
Jan21

Há o risco de os perder?


João Silva

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Refiro-me ao reforço e à massa muscular. Na verdade, se não for estimulada e trabalhada, a massa muscular vai embora. É algo factual e a pergunta persegue-me desde que o meu treino sofreu alterações.

Passo a explicar: a gestão profissional e o nascimento do Mateus obrigaram-me, como seria inevitável, a mudar o meu sistema de treinos. O tempo está mais contado e precisava de ser prático: a corrida é muito mais "rápida" de executar do que sessões de reforço muscular de 1 h, desde logo porque o descanso entre séries prolonga o tempo da sessão, o que me iria prejudicar no resto.

Assim, ainda antes do nascimento do meu filho fui cortando no tempo dedicado ao reforço muscular. Se antes a relação normal era de 1h para corrida e 1h para reforço, mudou para 1h30/30m e, nos cinco primeiros meses de existência do meu pirralhito para 2h de corrida.

Nesta última fase, passei a fazer 10 minutos por dia de reforço. Recorria apenas aos exercícios básicos e fundamentais para não perder massa muscular. Não é uma situação fácil, porque, sobretudo os músculos lombares, do core e dos glúteos são vitais para a corrida, pois dão estabilidade e garantem o suporte necessário para enfrentar o desgaste de corridas longas. Havendo perda, a postura é dos elementos mais afetados, podendo levar a lesões.

A juntar a tudo isto, a corrida tem a particularidade de fissura tecidos no processo. Se não houver repouso para fomentar a regeneração, a massa muscular não fica bem. Portanto, abdicar de reforço muscular pode originar a perda dos músculos. Não foi fácil gerir esses receios todos durante o tempo em que não me pude dedicar ao reforço. Ainda assim, sempre que podia, fazia 5 ou 10 minutos deste tipo de trabalho. Não se perde tudo e acabamos por usar as possibilidades que temos.

Haja vontade e alguma paciência. 

05
Mai20

Fazer muito com pouco


João Silva

O que vos trago hoje arde que se farta, mas já dizia a minha avó: o que arde, cura e o que aperta, segura. Portanto, quero partilhar convosco, sobretudo a pensar nos corredores que alegam não ter tempo para treinar a zona abdominal, um vídeo de exercícios de elevada intensidade (HIIT) e que foi muito útil para me ajudar a manter o reforço muscular na zona central durante o mês de janeiro, em que praticamente só corri (foram mais de 600 km, o que seria impossível sem uma zona abdominal, lombar e púbica devidamente fortes).

Portanto, meus caros, não tem nada que saber: 20' por exercício e o número de repetições que acharem por bem. Regra geral, procuro fazer entre 2 a 4 repetições. No fim, é deixar "arder"!

Façam e depois partilhem comigo a vossa opinião:

 

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