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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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30
Nov23

3h12? 3h14? ou 3h15? - Recorde foi de certeza - Podcast com um convidado especial

Análise à Maratona do Porto


João Silva

Já lá vai quase um mês depois da maratona do Porto!

Que dia lindo, que emoções!

Com a tropa do costumo e com um enorme sentimento de pertença.

Podia dizer tanto em termos escritos, mas tem sido complicado ter o tempo mental necessário para me expor e deixar sair tudo o que me vai na cabeça por estas alturas.

Assim, decidi convidar alguém muito especial para vir analisar comigo a Maratona do Porto.

Podem ouvir o divertido episódio de análise ao desempenho no Porto no meu canal de Spotify.

Além disso, deixo-vos fotos do dia mágico e ainda a pergunta: bebi ou não bebi?

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16
Jun23

Recorde pessoal na maratona e uma viagem aos infernos (vídeo)


João Silva

Consegui finalmente fazer uma maratona abaixo de 3h15. Na verdade, na distância oficial de 42,200 m, fiz 3h13 (a prova contabilizou mais de 42,500, o que deu 3h16).

Já passou uma semana e ainda está difícil de perceber o que alcancei.

Fiquei num fantástico 5.º lugar na classificação geral e num estrondo 1.º lugar no escalão de sénior masculino.

Foi uma prova que começou como um sonho, ainda antes de ir para Coimbra, e que teve continuidade até as 24, 25 km. A partir daí, virou inferno, do pior que já enfrentei e foram tantas as vezes em que pensei em desistir.

Cãibras nos gémeos, nos adutores e nos isquiotibiais, escaldão no rosto e nos braços, muita cafeína no corpo, tonturas... Valeu-me primeiro o extraordinário Basílio à chegada, depois os enfermeiros e ainda o incrível Tiago Santos, o médico mais tagarela que existe. Tenho sorte de ele ser da minha equipa.

Fiquei triste pela forma como cheguei, mas depois fui falando com os meus colegas de equipa Maria João, Fátima, Ana Fernandes, José Carlos, Carlos Patrão (ainda não é, mas...) e até mesmo com o meu estimado Ricardo Veiga e fui percebendo o que tinha acabado de alcançar.

Deixo aqui a minha análise de vídeo a tudo o que vivi em Coimbra e uma promessa: tão depressa não volto a acabar uma maratona sem sorrir, nem que isso me estrague os objetivos...

Análise no meu canal de Youtube:

https://youtu.be/h4YxEQMljGw

 

07
Mai23

Análise ao resultado na meia-maratona de Aveiro


João Silva

Já falei do romantismo da prova, agora venho abordar um pouco o resultado. 

Em termos numéricos, oficialmente, fiz 1h31m08 para 21,280 km. Fiquei no lugar 172 em 1680 atletas que acabaram a meia-maratona.

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Ou seja, foi um resultado incrível, até porque senti o percurso como um pouco duro. 

Comecei muito bem, tem sido assim ultimamente, há mais de um ano, sinal de que estou confiante em mim ao ponto de me levar logo para zonas de desgaste.

Os tempos parciais mostram precisamente isso. Não foi a prova relógio suíço como já me aconteceu, mas nota-se constância. Pelo menos até aos 13 km e aí tive, de facto, a primeira quebra. Não me hidratei na quantidade suficiente e respirei mal durante a ingestão. Resultado: lidar com uma dor de burro até perto dos 16 km. 

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Depois apareceu o sol descoberto e alguma dureza no percurso. Foi o meu grande momento de quebra. Foi o momento-chave para não ficar ko ali. Tive de me focar em coisas boas, de suavizar tudo o que estava a sentir, de me valorizar. 

Perto dos 20 km comecei a dar sinais de melhoria. E o final foi épico. Voei por completo quando percebi o que me esperava na meta. Que euforia do pessoal. Que euforia pessoal. Eu puxo tanto pelo público quanto quero que o público puxe por mim. Não sei viver de outra forma. Preciso desta alegria de viver para me sentir realizado. 

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Estes dados mostram ainda que o meu corpo se tornou mais eficaz recentemente. O meu batimento cardíaco é mais estável e mantém-se numa zona 5, ou seja, em zona de limite de esforço, sem estar no extremo. 

Já a cadência é bastante boa nesta fase. São quase 200 passos por minuto de média. E falamos de uma passada de 1,20m.

Fico feliz. Tenho trabalhado para chegar aqui. Mereci claramente tudo isto que vivi em termos de resultados.

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13
Abr23

O rescaldo da Meia-maratona na Feira (com vídeo)


João Silva

Já passaram muitos dias, mas a sensação continua a ser boa. 

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A 25 de março corri a meia-maratona de Santa Maria da Feira.

Com a prova a mais de 100 km de casa, foi toda uma viagem muito interessante de introspeção e de focalização no que ia lá fazer. Não ia à procura de um recorde pessoal, não ia. Era a primeira prova a sério depois da pubalgia e o objetivo era claro: aproveitar todo o ambiente, todo o espaço, perceber como o corpo estava e testar o isotónico em competição.

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Antes do resultado, falo na magnífica sensação de me sentir em casa, fui sempre muito bem tratado. Tive direito à pasta party, o que me facilitou a logística do almoço. Muito boa comida, bem preparada para o contexto de prova. 

Depois disso, passeio pelo espaço maravilhoso do Europarque, feito a pensar nas famílias. Com restauração de qualidade, com limpeza espantosa. 

Seguiu-se um dos pontos altos do meu dia: conhecer O último fecha a porta. Que bela conversa, parecia que nos conhecíamos há anos. Gostei. E também gostei do facto de ele me ter apresentado o Sr. Falcão, o homem das maratonas já com idade para ser nosso avô. Que luxo! Fiquei a saber muito sobre os campeonatos nacionais de veteranos (sim, dentro de três meses, mudo para o escalão dos veteranos, pois chego aos 35 anos).

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Aqui faço uma pausa. O que aconteceu depois foi muito bom, mas deveu-se aos seguintes fatores: à minha gestão mental e corporal dos últimos meses; ao apoio e ao suporte familiar incansável da Diana que se encarregou do Mateus e do planeamento familiar, ao meu fisioterapeuta Rodrigo, ao meu amigo Ricardo Veiga, que me apresentou um isotónico em boa hora e ainda ao meu vizinho Fernando, que me emprestou a sua bicicleta há seis meses, permitindo-me assim diversificar o meu treino e não castigar as pernas, à minha psicóloga Vânia Ribeiro, que me tem ajudado a ver-me com olhos de ver e não com óculos estragados, e aos meus velhos amigos Bruno e Catarina, que me deram comida, banho (não literalmente) e dormida no seu palácio em Aveiro. 

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Nada do que vivi durante a prova em termos de desempenho faria sentido sem referir isto. Foi aqui que esteve a chave e o meu equilíbrio e há uma ligação direta disto com a forma como me sinto atualmente.

Posso referir ainda a organização, que esteve impecável na decoração do espaço da partida e da chegada, e as pessoas, que, aqui e ali, apareciam e incentivavam. A parte da chegada é uma overdose de apoio (e uma escassez de abastecimentos).

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Em termos de beleza, tenho de ser honesto e devo dizer que a prova vale pelos últimos 7 km.

Não ia à procura deste resultado, fui prudente o tempo todo, mas consegui desbloquear aqui algumas energias que tinha escondidas.

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Mais do que o orgulho no 73.º lugar em mais de 500 participantes na meia-maratona ou no 11.º lugar no meu escalão, impera o espanto e o enamoramento por mim próprio por ter conseguido um primeiro terço de prova a voar: meti 7 km nos primeiros 30 minutos e com descidas e subidas já ao barulho.

Ia leve, estive leve, fui solto. Aproveitei. Acho que a chave esteve na leveza mental que levei comigo. E naquele xi-coração do meu filho que revivi vezes e vezes sem conta durante a prova. 

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Numa altura em que me preparo para ponderar a contratação de um treinador para superar o duro segundo semestre que me espera (2 meias-maratonas e 2 maratonas), surgem dúvidas enormes: será que vale mesmo a pena? será que isto que já alcancei não é já prova do elevado patamar onde me pus? será que o que me espera seria diferente com os métodos de um treinador? e será que quero mesmo isso? que preço isso me obrigará a pagar? A reflexão fica para outros momentos.

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18
Dez22

São Silvestre de Coimbra (e da amizade)


João Silva

Hoje tinha motivos para começar por isto:

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Esta foi a prestação mágica de ontem na São Silvestre de Coimbra. 

Podia ainda fazer referência ao orgulho que foi terminar em 84.° num universo de 1433 corredores:

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Comecei no lugar 480 e terminei no 84.°.

Podia voltar a falar na magia que é correr uma prova São Silvestre em Coimbra. Na multidão:

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Podia até fazer referência ao facto de ter estado com um símbolo do atletismo nacional:

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Ou de ter estado com excelentes pessoas:

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E o texto podia ainda ser sobre a felicidade de andar de gorro e de gravata de Natal por Coimbra ou sobre a passagem no túnel humano que se formou na Praça da República ou mesmo na mítica subida à Avenida da Liberdade.

Podia. Mas não é. 

É sobre isto:

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Ou melhor, sobre o momento que deu origem a esta publicação do Ricardo Veiga:

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O abraço, o sorriso, a amizade. 

Conheci este gigante há muitos anos na Auchan em Aveiro. Foi meu chefe. Muitos anos passaram e encontrámo-nos nas corridas. Penso que a primeira foi numa meia maratona na Figueira da Foz. Em 2018. A memória pode conter erros. Na altura, cumprimentei-o mas porque o confundi com um antigo professor do ensino básico.

Nada disso. Percebi mais tarde. 

Nunca combinamos, mas acabamos por nos encontrar muitas vezes em provas. E é sempre um prazer. É sempre um carinho especial por alguém que está numa viagem um pouco semelhante à minha, por alguém mais velho do que eu mas que jamais se verga à idade. É um jovem. Percebemos isso no exato momento em que o ouvimos, em que escutamos os seus planos, as suas corridas. 

Sinto uma grande simpatia por ele, que, na verdade, vira amizade. Fico feliz quando o vejo, fico contente quando o vejo a correr e puxo por ele. E fico extremamente feliz pela sua evolução como corredor. Está mais disciplinado, mas mantém aquela irreverência de um pré-adulto. 

É um prazer ver o Ricardo. (Curiosidade: é o quarto Ricardo importante no meu círculo). Um dos meus votos para o próximo ano é que possa treinar com ele. 

Abnegação. É essa a palavra que melhor o define.

 

29
Nov22

Afinal também sei correr trails técnicos


João Silva

Esta é a grande lição de 2022. 

Essa e a de que o descanso compensa.

No sábado passado, tive o trail da Escarpiada, prova organizada pela minha equipa, a ARCD Venda da Luísa.

A prova deocrreu no Casmilo, conhecido e procurado pelas suas buracas.

Esta terra fica em "Cascos de rolha", rodeada por uma beleza natural extrema. 

Chegar lá é uma bela aventura. 

A prova foi tão dura que nem sei que deva dizer. 

O trilho dos 15 km era tão duro e técnico que foi um misto de experiência surreal e e de sensações mágicas.

Adorei e percebi que, afinal, também sei correr trails com bom nível de elementos técnicos. 

Gostei do espírito entre os atletas, gostei de partilhar uma boa parte do trail com o meu colega de equipa João Pratas. Ainda é um menino. Tem metade da minha idade (17 aninhos), mas já é um talento da corrida. 

No final, entre tantos reencontros, fiquei muito feliz por ter estado ali.

O resultado foi muito bom: 1h46m22s e um 29.° lugar na geral. Missão cumprida.

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22
Mar22

Primeiro pódio...num trail. Como assim?


João Silva

Não é partida de 1 de abril. Ainda faltam uns dias para essa data e não costumo alinhar.

A verdade é que no sábado passado fiz os 10 km no Trail dos Moinhos na Bajouca e fiquei em 3.° lugar na classificação geral.

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Num trail!! Eu... Que adoro estrada e que praticamente não faço trails...

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Foi inesperado mas não posso deixar de dizer que fiquei muito feliz. Eu trabalho para me superar e já sonhava com algo do género há imenso tempo. Não em trails, é certo, mas levo isso como uma conquista na mesma.

Podia dizer tanto e seriam apenas clichês. A melhor descrição que posso fazer de tudo é: não ia com esse objetivo, mas acreditei desde o início, superei as partes técnicas de lama e subidas de pedra  e desfrutei de cada pedaço. Cruzei a meta e gritei e saltei. Saiu tudo. Sobretudo nesta fase que tem sido tão difícil a nível profissional. Saiu tudo. E foi bom. Se me iludo e fico a pensar que os trails é que são? Não, isto serviu para me mostrar que correr trails também pode ser prazeroso, mas a minha modalidade é a estrada. Até porque, o "preço" deste pódio foi um pequeno derrame e inchaço no tornozelo direito e o equivalente a mais três dias se correr, só a treinar em bicicleta estática. Portanto, não, não é uma opção enveredar pelos trails. Mas foi muito saboroso.

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Antes de passar ao registo gráfico, dou os parabéns a todos os membros da organização na terra natal da Diana. Criaram um trail que tinha muitas partes rolantes, mas não esqueceram as partes bem duras de lama, água, pinheiros caídos, zonas de passagem com corda, pedras... Adorei!! E levei para casa o meu primeiro pódio, que é mais uma confirmação de que tenho vindo a trabalhar bem desde a lesão e mais uma bela prova na presença do bom amigo Filipe...

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23
Fev22

Roçou os 40' mas ficou nos 39' (outra vez)


João Silva

Não há duas sem três, já diz o ditado. Por um lado, parece que virou hábito (mas eu sei que não virou), por outro, custa a cada tentativa.

No passado domingo tive mais uma prova de 10 km. Foi em Coimbra e contou com 454 corredores e muitos caminheiros (foi a prova em que estive com mais gente até agora e confesso que me incomodou um pouco. Apesar de muita gente achar que sim, esta bodega ainda não terminou).

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 Voltei a fazer menos de 40 minutos aos 10 km e isso deixa-me muito feliz, mas também sei que foi por pouco, que baixei um pouco o nível entre os 7,5 km e os 8,5 km e que foi a prova mais dura de todas até ao momento.

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A prova tinha alguma dureza, sobretudo, pelas duas subidas no acesso à ponte Europa. Assim sabe melhor ainda. Dia bem soalheiro com muita gente a marcar presença e um Parque Canção bem recheado de desportistas.

Entre eles, bons velhos conhecidos da equipa e, claro, o bom amigo Filipe. É sempre um regresso aos tempos de ensino básico.

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Voltando à prova, tive algumas situações curiosas: primeiro, na inscrição colocaram-me na grelha C (para quem faz entre 45'-50'). É apenas um papel, é certo, mas já fiz mais de dez provas desta organização e, salvo erro, só por duas vezes fiquei acima de 45'. Não percebi, confesso. Qual o problema disto? Tive de partir mais atrás e isso é sinónimo de confusão para poder passar para zonas com menos gente. Felizmente, ouvi o Filipe e cheguei-me mais à frente.

O segundo ponto curioso: um dado colega de equipa, mais velho e que, até dezembro de 2021 sempre correu mais rápido do que eu e agora já leva quatro provas atrás de mim, deu-se ao trabalho de se vir meter comigo, sendo que a dada altura, meteu um "mas tu estás mais gordo do que há uns dois ou três anos, não estás?" (Não estou, chama-se massa muscular, não é relevante, mas percebi a intenção dele e só gostava que percebesse o mal que pode fazer a quem já passou por problemas de peso. Felizmente, nada daquilo me afeta agora. Foi só triste e, ainda por cima, sempre o vi como um grande atleta e como uma referência de corrida. É engraçado como as coisas mudam).

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Fica ainda a referência a alguma desorganização (reincidente) por parte da organização. Recorrem a sistemas de categorização dos tempos mas não têm em atenção os registos das provas deles. Seria muito mais fácil, porque se trata de muitos atletas que correm as 4 estações todos os anos. Mais um atraso de 10 minutos na partida. Estamos em Portugal, claro, mas não pode ser desculpa.

Já não é a primeira vez, mas senti que não se deu muita importância à obrigatoriedade de máscara. Isso estava escrito, mas houve muitos atletas a não usar. Por último, não percebo como é que uma organização oleada e estruturada não consegue ter chips nos dorsais. É tudo à unha e com base na boa fé...

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No fim de tudo, fica mais uma boa prova, um excelente domingo e mais um registo abaixo dos 40', num desempenho onde comecei muito bem e mantive um ritmo elevado até perto dos 07 km. Consegui, a dada altura, ir taco a taco com a atleta feminina do Marítimo e que foi a vencedora das mulheres. Aliás, em tom de orgulho, digo que consegui ir à frente dela desde os 06 aos 09 km. O que mudou? Ela cerrou os dentes e teve um desempenho extraordinário, foi sempre muito regular e, na verdade, foi o meu farol quando vinha atrás dela. Ela foi e é uma excelente atleta (estava a ser acompanhada pela Federação Portuguesa de Atletismo).

Moral da história: fiquei muito feliz, foi um percurso mais duro, mas consegui ficar em 38.° lugar num total de 454 corredores (fui o 17.° do meu escalão).

 

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30
Jan22

Outra vez abaixo dos 40'


João Silva

Não virou moda, mas nem me importava.

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Fiz outra vez menos de 40 minutos numa prova de 10 km. Desta feita, em Leiria, por ocasião da Corrida do Adepto.

Eram mais de 300 corredores, fiquei em 27.° e em 14.° no meu escalão.

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De certo modo, sinto-me um pouco vaidoso hoje, mas também sei o que me saiu do corpo para voltar a correr abaixo de 40'. É o que dizem todos os corredores. Não sou exceção. 

Sobretudo numa fase em que desvaneceram os motivos de felicidade por estas bandas, correr assim deixou-me muito bem. 

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Ao contrário do que aconteceu em Soure na semana passada, nesta prova senti mais dificuldades e passei um pouco mal entre os 6,5 km e os 8,00 km. Os últimos dois quilómetros foram na base da garra e da crença. E isso manda muito.

Falei-lhe também a presença do pacer (atleta que marca ritmo). Foi sempre o meu farol e fui no encalço dele até perto dos 6 km. Devia ter ido um pouco mais para não ter passado mal. Seja como for, consegui esquecer o meu estado nos últimos quilómetros.

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Apesar do imenso frio na hora de levantar o dorsal, esteve um dia muito bonito para correr numa cidade tão bonita e direcionada para o desporto ao longo de toda a "marginal" do rio Liz. Assim dá gosto.

Quanto à organização, esteve impecável, mais uma que ligou à questão dos testes e dos diplomas. Assim vale a pena. Apesar de me limitar muito nas interações que tenho nas provas, tenho-me sentido seguro. 

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Tem-me custado muito não fazer grandes distâncias nesta altura, mas tenho procurado fazer as coisas com mais cabeça. É sempre um pau de dois bicos, porque os resultados do treino específico estão a surgir agora: 2 provas de 10 km abaixo de 40'.

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Por outro lado, sinto muita falta mesmo de correr grandes distâncias. Ao que parece e se a vida não me trocar as voltas, as meias maratonas e a maratona voltam no segundo semestre...

22
Dez21

São Silvestre em Barbalimpa?

Ou a São Silvestre imaginada pelo Milorde


João Silva

 

A vila de Barbalimpa já está toda enfeitada para a época natalícia. Iluminações nas árvores, estrelas brilhantes nas rotundas e vários arcos suspensos de luzes e letras a desejas um Feliz Natal e um próspero Ano Novo fazem parte da maior decoração de Natal que Barbalimpa jamais viu em toda a sua existência. Nisso o nosso presidente da junta está de parabéns.

No entanto, pensei eu cá com os meus botões, Barbalimpa precisa de algo mais grandioso não só para comemorar esta época, mas também para que a nossa vila fique mais conhecida. Então decidi organizar, juntamente com o meu amigo João, uma corrida São Silvestre em Barbalimpa. Por norma, as São Silvestre acontecem entre o Natal e o Ano Novo por isso tenho tempo mais que suficiente.

A primeira coisa que fiz foi falar com o presidente da junta que aceitou de bom grado tal evento e assim obtive também o segundo participante, não fosse ele adepto de corridas. “Mas quem é o primeiro participante?” – perguntam vocês. O João, claro! “E tu, Milorde?” – voltam a perguntar vocês, pessoas insistentes e curiosas. Vocês acham que eu tenho idade para participar nessas coisas?! Nem pensar, eu sou uma pessoa doente!

A segunda coisa que fiz foi aplicar os meus conhecimentos informáticos e criar um sítio na internet para obter mais inscrições seguido de uma página no Facebook onde paguei uma publicidade para todas aquelas pessoas que colocaram nos seus interesses “corrida” para assim a minha página aparecer no feed de notícias dessas pessoas e angariar ainda mais participantes.

“Então, mas Milorde, tu não tens dinheiro nem para tocar um cego, como é que vais pagar uma publicidade no Facebook para uma corrida?” – voltam a perguntar vocês. Já paravam com essas perguntas, não? Já me estão a irritar, mas eu respondo sem problema nenhum. Eu estou a investir para depois ganhar o dobro! Ou acham que eu não vou ganhar uma comissão com o dinheiro de todas estas inscrições? Aprendam comigo que eu não duro para sempre.

Passados uns dias já tenho para cima de mil inscritos! Não só de habitantes locais, mas pessoas de outras vilas e cidades. Agora só falta uma coisa, os prémios para os três primeiros classificados. Então dirigi-me à fábrica de colchões daqui da vila que me ofereceram um colchão ortopédico em troca de um grande cartaz para publicitar os seus produtos. Pronto, o primeiro prémio está encontrado. Há lá coisa melhor que um colchão para o corredor descansar depois!

A Flama ofereceu um micro-ondas também em troca da publicidade que tal evento lhes irá proporcionar. Segundo prémio. A D. Emília ofereceu dois galos vivos e uma garrafa do vinho que produz, também para publicitar. Terceiro prémio.

O evento irá decorrer no dia 28 de dezembro pelas 15 horas e o percurso será de 10km. Irá iniciar-se na Rua da Junta de Freguesia, onde a vice-presidente dará o “tiro” da partida (já que o presidente também vai participar), depois os participantes descerão por ali abaixo até ao caminho do Calvário, entram pelo mato adentro, saem na Capela da senhora dos Remédios, passam pela casa do Ti Zé das Couves e pelo café do Jorge (sem parar porque senão serão desclassificados), sobem pela Rua das Desgraças, dão duas voltas à igreja de São Pedro e chegam à meta ali perto da rotunda das estrelas.

Cada atleta receberá um diploma de participação que no fundo não irá servir para nada, mas é sempre um agrado.

Por fim, e não menos importante, este evento é patrocinado por:

 

  • Fábrica de colchões Pinheiro Manso - há 50 anos a trabalhar para o seu descanso;
  • Flama - marca portuguesa de eletrodomésticos;
  • D. Emília – quem quiser bom vinho, venha ter ao meu caminho;
  • Jorge Bar – café de qualidade, sandes variadas e cerveja para acompanhar;
  • Banco Recebê – deposite aqui o seu dinheiro e depois logo se vê;
  • Barbalimpa Jornal Oxum – o jornal mais lido da vila pois não há mais nenhum.




 

Esta história é da criação do Milorde, que acedeu ao meu pedido para inventar literalmente uma narrativa em torno das provas São Silvestre. O meu muito obrigado por esta primeira parte deliciosa. Falta a segunda...

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