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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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20
Out22

Não têm culpa!


João Silva

Nota prévia: a opinião que deixo abaixo é minha e baseia-se numa situação que vivi no ano passado. De forma alguma visa criticar gratuitamente quem, quase gratuitamente, nos tenta ajudar. É um lixo viver num país com SNS. E acrescento: eu é que os procurei para tratar da minha lesão.

Há um ano, relatei aqui a minha primeira grande lesão decorrente da corrida.

Como também referir fui tratado inicialmente pelo SNS.

No entanto, apesar de toda a simpatia e boa vontade para ajudar, detetei algumas falhas concetuais em quem me tratou.

Isto não é um apontar de dedos, é apenas a constatação de que, se calhar, não são o sistema certo para tratar de coisas tão específicas.

Primeiro, a ligeireza na abordagem. Mexeram na perna, perceberam que havia um bloqueio e toma lá a primeira dose de anti-inflamatórios e relaxantes musculares. Diagnóstico: feito ao de leve com "deve ser uma ligeira contratura e deve passar em cinco dias". 

Não passou. Nova ida ao centro. Desta feita, com a médica de família, que voltou a carregar na medicação (manteve os dois tipos de medicamentos). Tocar na zona foi mentira. Ver o problema nem era preciso. E passou uma ecografia de tecidos moles para dissipar dúvidas, mas nem se aventurou a ver a mobilidade da coxa direita. Viu da esquerda.

Mais uma semana com uma nova "farmácia" em casa, manutenção das dores e, em algumas situações, agravamento da mesma.

Sabem aquela lógica de "ela é a médica mas eu sei o que sinto". A falha maior que aponto é não ter administrado qualquer sessão de fisioterapia. E porquê? Porque andar 20 dias com dores me fez adotar uma nova postura para compensar todos os problemas. E isso levou a dor para as coxas e trouxe-me belos momentos de ardor na coxa. Irradiação de dor por toda a perna. 

Se, por um lado, era necessário domar a dor, por outro, sem abordagem de um profissional em problemas musculares, não se resolvem lesões musculares.

Desta vez não fui lá, mandei e-mail a dar conta da persistência da dor e a informar que só tinha marcação para a ecografia dali a um mês!!! 

Foi desta que houve fisioterapia? Fehlanzeige (o tanas!), como se diz em alemão! Sacou de um medicamento de guerra: o tramadol. De 75 mg!!! Um opioide que atua no sistema nervoso central. Tive medo. E ponderei não levantar a receita. Eu sabia que me ia tirar a dor. Aquilo é um todo-o-terreno.

Mas tirar a dor não era resolver o problema de base. Como é que aquilo podia regenerar o músculo? Onde esteve bem foi na passagem do segundo relaxante muscular e do complexo vitamínico (à terceira tentativa). O segundo anti-inflamatório que tomei também foi uma grande ajuda. Porquê? Porque, de forma resumida, neste processo tomei metamizol magnésico e vitaminas B12, B6 e B.

Isso ajudou na regeneração e fazia-me sentir bem. 

Mas o problema ficou verdadeiramente resolvido quando deixei de ser teimoso e falei com a direção da minha equipa para receber tratamento de fisioterapia da equipa. Houve motivos para não o fazer. Histórias de outro livro. 

Ponto final nisto: as médicas tentaram ajudar. Sem dúvida. Mas fizeram-no com base na abordagem base de que tudo se resolve com medicamentos. Mas os músculos não funcionam assim. Quantas vezes não é necessário adotar eletroterapia para estimular os ditos?!! E quantas vezes não é necessário adotar exercícios posturais para retomar a mobilidade?!! A grande crítica que faço é o facto de não terem um conhecimento atualizado e adequado a estaa situações. Era necessário tocar naquela área, perceber o comportamento do músculo e comparar com a outra perna. Sem que mo tivessem dito, senti sempre resistência na receita de sessões de fisioterapia. 

A abordagem geral e predefinida retira rapidez na hora de fazer um diagnóstico certo. 

Seja como for, o problema foi resolvido. 

Obrigado, por isso, a quem tentou ajudar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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