As provas e o seu impacto nos planos a curto, médio e longo prazo
João Silva
Disse muitas vezes que não eram as provas que me motivavam.
E não eram. No entanto, tenho de reconhecer que ter provas marcadas é um bom farol de preparação.
Preparação? Sim, para se atingirem os nossos objetivos.
Isto foi algo que percebi a sério a meio de 2021.
É importante definir um objetivo macro, um daqueles máximos que, normalmente, seriam algo de único num determinado ano ou semestre.
Erigida a margem onde queremos chegar, é necessário criar a ponte para ligar às margens. Aqui servem etapas de média envargadura. Vão dar-nos resistência física e mental.
Por fim, que na verdade é o início, é importante criar "cordas" que uma os degraus, os objetivos pequenos.
Com base nisto, posso traçar uma maratona como objetivo máximo. Isso significa que as meias maratonas seriam etapas intermédias onde a nossa capacidade já é mais testada a pensar no contexto final. As provas de 10 km são os pequenos passos iniciais para conseguirmos correr as meias maratonas com ritmos sólidos.
Por outro lado, isto também quer dizer que não vamos poder correr as 10 provas de 10 km no limite máximo das nossas capacidades. Porque temos ciclos de treino que nos impedem disso e que contemplam as provas como treinos, como testes em competição. A dificuldade está precisamente nessa separação mental, pois é isso que vai determinar o nosso nível de empenho. É o bloqueio que nós vai impedir de sair "à tolinha" numa prova.