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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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09
Mar20

A opinião no feminino II


João Silva

Hoje trago-vos um texto da estimada Nala, cujo blogue podem consultar aqui.

Decidi lançar-lhe o repto porque reconheço nela um espírito íntegro e vejo nos seus textos alguém com ideias muito claras sobre a forma como a sociedade deve ver a mulher na atualidade.

 

De que forma o desporto te faz sentir uma mulher mais forte?

 

Mentiria se dissesse que faço desporto pelo prazer do desporto... 

 

Pratiquei vários desportos ao longo da minha vida e, como não era propriamente muito dada ao desporto e de tanto me terem dito isso, acabei por me classificar como “um zero à esquerda” e a prática desportiva deixou de fazer parte da minha vida. 

 

Hoje em dia tenho, portanto, uma relação de amor-ódio com o desporto. Obrigo-me a fazê-lo em primeiro lugar porque me faz bem ao corpo e depois porque me faz bem à alma mas não posso dizer que não seja uma grande batalha cada vez que preciso de começar. 

 

O desporto faz-me sentir forte não no momento em que o faço mas essencialmente quando sinto os seus efeitos a longo prazo: quando me sinto mais calma e capaz de gerir o stress, quando estou motivada e com os pensamentos renovados depois de uma boa sessão de exercício ou quando sinto a autoconfiança típica de quem está em boas condições físicas. 

 

No fundo o desporto para mim funciona como uma arma secreta para lidar com o stress e a ansiedade a que estamos todos tão sujeitos e fazer aquela pausa que me é muitas vezes tão necessária e que me faz sentir muito mais forte e segura de mim. 

 

E as diferenças entre os momentos em que estou mais focada no exercício e aqueles em que me desleixo são notórias: sou muito mais eu, muito mais capaz de responder às exigências de uma vida a 100 à hora e muito mais forte graças a ele. 

07
Dez19

A corrida vista por uma fisioterapeuta


João Silva

Ao longo dos últimos anos assistimos a um verdadeiro “boom” no que à atividade física diz respeito. São cada vez mais aqueles que por questões de controlo de peso, saúde ou bem estar procuram realizar uma atividade física regular.


Se o aumento da procura de uma atividade física regular é motivo de regozijo entre os profissionais de saúde, nomeadamente na prevenção das doenças cardiovasculares, problemas de obesidade e do foro emocional, entre outros. Mas este crescimento deixa-nos também preocupados devido ao aumento de lesões musculoesqueléticas que lhe estão associadas.


De todas as atividades físicas possíveis, a corrida têm tido um crescimento de adeptos impressionante talvez por ser uma atividade altamente versátil e que permite uma liberdade enorme na escolha de horários e de locais de treino, é um desporto “barato” pois não exige muito
equipamento e adapta-se a muitas pessoas diferentes.


No caso específico dos corredores amadores são os membros inferiores os mais afetados, sendo que as lesões podem ser ligadas a fatores intrínsecos ou extrínsecos.


Por fatores intrínsecos entende-se a falta de força muscular, a flexibilidade do atleta e alterações posturais que podem facilitar o desenvolvimento de lesões. Por fatores extrínsecos podemos compreender os erros de treino e a falta de conhecimento técnico por parte dos atletas.


Existem, no entanto, outros fatores que podem aumentar o risco de lesões em atletas amadores como é o caso de um índice de massa corporal elevado, da utilização de calçado desadequado e a presença de lesão prévia.


Como fisioterapeuta, sou muitas vezes questionada por utentes e amigos sobre o tema da prevenção de lesões e o meu primeiro conselho é sempre o de respeitar a sua individualidade biológica e gerir as cargas de treino a que se impõe. É, para mim fundamental, que o atleta tenha em conta o volume de treino e a intensidade e que respeite os seus limites.
Claro que um atleta experiente conseguirá sempre gerir melhor o seu esforço e o risco de lesões que lhe está associado em relação a um atleta iniciante.

Mas mesmo assim é sempre melhor ter muita atenção.


Deixo-vos agora alguns conselhos que podem, em minha opinião, ajudar a diminuir o risco de lesões em prática desportiva amadora e que podem ser facilmente colocados em prática por todos:


- A alimentação e a hidratação são fundamentais para manter um corpo saudável e equilibrado ajudando assim a melhorar a performance do atleta e diminuindo o risco de lesões.


- Respeitar os seus períodos de recuperação é de extrema importância. Quanto menos experiente se é mais necessidade de tempo de recuperação precisamos. E sobretudo deem muita atenção aos sinais de sobrecarga como aumento da frequência cardíaca de repouso, desmotivação e fatigabilidade entre outros.


- A prevalência de lesões está intimamente ligada à fraqueza muscular por isso só lhe posso aconselhar a criação de um programa de reforço muscular que poderá alternar com o treino de
corrida propriamente dito.


Desta forma os seus músculos serão mais resistentes e as suas articulações estarão mais protegidas.


Este fator é essencial em atletas com excesso de peso.

- Não saltem as fases de aquecimento e sobretudo as fases de alongamento. Elas são de extrema importância para manter o equilíbrio do seu corpo antes e depois do esforço.


- Usem o equipamento adequado. Em caso de dúvida o melhor será mesmo pedir uma avaliação junto de um fisioterapeuta ou de um profissional de educação física de forma a que o seu programa de treinos seja otimizado e equilibrado.
Caso os pés e tornozelos sofram muito com a corrida, uma consulta com um podologista para adaptação de palmilhas pode ser necessária.


- Não queiram fazer tudo de uma vez e distribuam a carga de treino ao longo da semana (corrida, musculação, etc...). Sejam coerentes nos treinos e respeitem os seus períodos de recuperação.


- Não exijam demasiado de vós nem em treinos nem em número de provas. Progridam gradualmente: se aumentam a intensidade, diminuam o volume e vice-versa e sobretudo aprendam a ouvir o corpo.
Quanto melhor o conhecerem, mais ele será vosso aliado.


- Aproveitem ao máximo o prazer da corrida sem se preocuparem exclusivamente com os resultados que podem obter. É fundamental ter objetivos de treino que sejam realistas e não criar frustrações desnecessárias.


Espero que este post vos tenha agradado e elucidado sobre a prevenção de lesões e a que profissionais recorrer em caso de necessidade.


Por minha parte resta-me agradecer ao João esta oportunidade de escrever no seu blog assim como o desafio de escrever, pela primeira vez, sobre um tema no âmbito da minha verdadeira profissão.

 

Aqui fica uma oportunidade para conhecerem o belo espaço da Nala. Aconselho vivamente. Trata-se de conteúdo capaz de nos fazer refletir sobre coisas muito profundas e às quais não prestamos a devida atenção. Além disso, conta também com muitos outros temas dignos de  consulta. Só temos a ganhar.

 

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