No final de agosto já tinha falado sobre a importância dos esticões nos treinos como forma de melhorar a forma e de obrigar o corpo a sair da zona de conforto e da habituação.
Recordo-me de na altura ter contado com um belo parecer da estimada Luísa de Sousa. Em relação aos seus treinos, ela dizia que mudava o cárdio para sessões de HIIT como forma de estimular o corpo e o metabolismo.
Efetivamente, é a melhor forma de explicar o que quero dizer quando afirmo que é importante estimular o corpo. No caso da corrida, para os atletas amadores ou mesmo para os curiosos da corrida, sugeri jogos de velocidade durante os treinos para ajudar a abanar o corpo.
No fundo, os estímulos são isso mesmo, ruturas bruscas e repentinas numa determinada metodologia que têm o "condão" de levar o vosso corpo a pensar "mas o que é que este gajo está a fazer?".
Acreditem, ao fim de algum tempo, a "máquina" fica viciada e, como gasta sempre a mesma energia e trabalha sempre da mesma forma, não desenvolve, não vos deixa sair da "cepa torta". Mudar de exercícios e de duração das sessões de treinos vai ajudar imenso. Diz-se, e com razão, que a transpiração não é sinal de maior queima de calorias, no entanto, é normalmente um sinal bem forte de que o corpo precisa de mais esforço para regular a temperatura. E, valha a verdade, anda tudo à volta disso: da capacidade que ele tem para nos manter em equilíbrio. Como tem de haver sempre perda de energia nesses casos, o metabolismo terá de acelerar e isso é benéfico para a vossa evolução. Em pouco tempo notarão melhorias.
Falando do meu caso, quando decidi aumentar ainda mais o volume dos treinos em maio não sabia bem até que ponto iria notar evolução. A esta distância temporal, percebo que foi o melhor que fiz.
O truque aqui também passa por ser paciente, porque o corpo demora algum tempo a assimilar novos métodos e novas estratégias para ser funcional. Mas, meus caros, paciência é um bem muito precioso e muito escasso na sociedade atual. Contra mim também falo.