Valorizar o pouco que se pode fazer
João Silva
Uma ida ao oftalmologista e um atraso de meia hora resultam em algo bom.
No meu caso, nada melhor do que aproveitar e fazer tempo a correr.
Ja não corria há imenso tempo e com a quarentena que passou, acabei por me render a mim próprio e palmilhei uma parte pacata e sossegada da vila, garantindo sempre que não me cruzava com ninguém.
Foi uma parte de um percurso comum nos meus treinos e soube-me pela vida. Tive o bónus de poder sentir a chuva no corpo e de perceber que, com todas estas mudanças na minha vida, ainda houve hipótese de sentir o ar puro entrar-me no peito.
Honestamente, pensei que só seria novamente o caso daqui a uns dez anos.
Consegui esticar bem a máquina, até porque, de novembro ao dia 3 de maio, não deixei de treinar uma única vez. Portanto, em forma, estava. Foi o saber que "tinha permissão" para aquela sessão que me deixou particularmente realizado.
Tudo serve para treinar, uso tudo o que conheço e posso, mas ali foi uma espécie de voltar às origens.