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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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03
Mai23

Uma meia-maratona diferente em Aveiro


João Silva

Vou dividir esta análise da meia-maratona de Aveiro em duas partes. 

A prova realizou-se no passado dia 23 de abril.

O primeiro texto sai hoje e o segundo dentro de alguns dias.

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Para mim, foi uma meia-maratona. Já lá vão 13 oficiais. Para outros colegas, foi mais uma maratona. Para o André, primeiro a contar da direita, foi a primeira vez na distância. Esteve em grande, acabou ainda melhor. O bicho (ou a nossa pressão) já devem fazer das suas para a maratona do Porto em 2024.

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Começamos esta odisseia a falar numa viagem a quatro no carro do Basílio. Houve ideias de negócio para o mundo da corrida (#poopingbag ou #poopingplace), vozes manhosas de GPS, planos e sonhos de provas e até direito a detalhes nazis. A Maria João vai perceber o que quero dizer, embora eu esteja a rezar para que ela não leia isto.

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Como disse, já lá vão 13 meias-maratonas e talvez nenhuma tenha tido esta magia. Cada uma conta uma história, mas esta conta muitas.

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Era o dia dos 35 anos de casado do José Carlos. Além de mestre na arte da corrida das longas distâncias, ainda é equilibrista, pois celebrar o aniversário de casamento e correr uma maratona no mesmo dia é o mesmo que ter quatro copos na mão e não deixar cair nenhum.

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Foi o dia em que revi o meu bom amigo Eduardo. Trabalhámos juntos 7 anos no Jumbo de Aveiro. É um bom velho amigo. Não se esqueceu de me mandar uma mensagem uns dias antes da prova e lá nos encontrámos. E foi um abraço tão bom. Mesmo ali depois de um esforço bem duro na prova. E lá falámos de filhos. E lá percebi que há tanto que temos em comum na forma como vemos o nosso papel de pai. 

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Foi ainda a prova onde dei/levei um abração da minha estimada Lígia Casimiro no momento da sua chegada. Foi um novo recorde pessoal para esta jovem guerreira. Vocês não imaginam o que ela passa e trabalha para chegar à excelência que já tem! Não sei se já fez todas as seis maratonas mais conhecidas do mundo, mas para lá caminha, se não for o caso. Que bom ver aquela felicidade! Aquela cara é o rosto de um sacrifício que é recompensado com algo que se procura. Não se esquece!

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Foi a prova em que o Bruno Silva chegou com um tornozelo em forma de cachola e em que teve direito a um monte de gelo fornecido pela Cruz vermelha (ou por quem estava a vender finos, não percebi).

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Foi a prova em que se fez história para este blogue. Tratou-se da primeira entrevista em tempo real a um atleta amador. A seu tempo será publicada e também a seu tempo se conhecerá o atleta em causa. Até tive direito a um tripé humano. Impecável. E sabem que mais? Esse tripé vai virar entrevistado dentro de algum tempo. Aquilo libertou uma energia tão boa. É um caminho sem retorno.

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Foi a prova em que eu e o Basílio acabámos a fazer exercícios de recuperação da pubalgia...em cima de terra batida, na parte de trás do carro dele. 

Foi a prova em que deixámos o Tiago a definhar junto ao carro enquanto andávamos a laurear do lado oposto da Ria. Parabéns pelas tuas 3h27m na maratona, grande Tiago. E vê lá se partilhas a tua comissão no Waze!!

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Tenda desarmada, foi hora de atacar os ovos moles. Achava eu que mais ninguém queria além de mim. Se não me engano, foram mais de quatro caixas para três ou quatro pessoas.

E com isto ninguém queria almoçar. Ou melhor, todos queriam,  ninguém se decidia e ninguém sabia onde íamos manjar.

Acabámos na Rebaldaria. Ou melhor, no Rebaldaria. Uma novidade para mim: um salmão com crosta de pão ralado e mostarda. Que delícia. E até reconheci a funcionária!

Que belas conversas ali tivemos!! Um início de tarde em grande!

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Foram quase 10 anos a viver, trabalhar e estudar em Aveiro, onde também namorei e casei. Fica difícil dissociar uma prova naquela terra da minha memória. 

Aquela foi uma prova muito especial. Acho que voltar ali é voltar a um passado bom, a um pedaço de amor, a um pedaço de história. E isto também significa que vou acabar a ter de lá voltar em 2024. Esta malta não facilita e já está a pensar na maratona nesse ano. E agora, faço ou não faço?

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29
Abr19

Obrigado Aveiro


João Silva

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Final feliz de uma preparação intensa, como são todas para uma maratona.

E no fim, importa agradecer à minha esposa. É incrível todo o apoio que me dá e como me faz sentir. Tudo isto é obra dela. A minha mental coach e também fisioterapeuta, motivadora e repórter.

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Ao mestre das Maratonas da ARCD Venda da Luísa, o José Carlos Fernandes. Este homem tem uma enorme aura. Só pela sua presença já nos sentimos inspirados. É incrível.

Muito obrigado a todos os conhecidos que reencontrei no meu regresso à cidade.

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Muito obrigado aos senhores do Hotel Mizu. Que donos simpáticos e acolhedores. Na véspera da prova, estivemos mais de uma hora à conversa. Obrigado, senhora Sandra pelos seus incentivos À janela. Não pude deixar de olhar para ver se lá estava.

Muito obrigado às pessoas que saíram à rua e nos levaram ao colo.

Muito obrigado ao senhor João Lima do blogue Último KM por me ter reconhecido, cumprimentado e incentivado durante o percurso.

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Muito obrigado à organização por quererem conhecer a minha história. Parabéns pelo percurso,  pelas ofertas e pela presença da madrinha Aurora Cunha. Que simpatia e que prazer ter trocado umas palavrinhas com ela.

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Por último e não menos importante, muito obrigado aos atletas que conheci durante o percurso e que foram essenciais para ter chegado ao fim: o senhor Salazar de Bragança, o senhor Artur Rego de Gaia, o senhor Helder de Gaia e a senhora Ângela. Os dois últimos encontrei-os ao quilómetro 26, os dois primeiros acompanharam-me do 26.º km ao 35.º. E assim se partilham histórias maravilhosas e que me fazem ficar grato por estar neste mundo das corridas.

Nesta senda de agradecimentos, uma palavra de saudação para os meus outros colegas de equipa, no caso, três deles completaram a sua primeira maratona de estrada, todos eles com excelentes tempos: João Pedro, Arlindo Ribeiro e André Monteiro. Um elogio ainda para o Francisco Silva que fez uma boa meia maratona.

Por último mas não menos importante: foi tão bom rever os meus velhos conhecidos destas andanças: o Ricardo Veiga, a quem prometi "tratar da saúde" por estar na sua maratona de 2019 e no espaço de um mês, a sempre guerreira Lígia Casimiro, o craque Edivaldo, que me parecia verdadeiramente lançado, e o estimado Joel Santos, por quem fiquei mesmo muito contente, pois completou também a sua primeira maratona.

Parabéns meus caros e obrigado a todos. Sobretudo à cidade e ao povo que a encheu e que se espalhou por Esgueira, Gafanhas e Ílhavo.

Não imaginam o quanto nos apoiaram e o quanto precisamos de vós para fazer esta distância monstra.

Vemo-nos na próxima...

 

 

27
Abr19

Levem-me ao colo, cagaréus!


João Silva

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Façam-me esse favor!

Amanhã regresso a "casa", ainda que por umas breves horas. É na fantástica cidade de Aveiro que vou correr a minha segunda maratona.

Nem me sentiria bem comigo, se não fosse lá rever velhos conhecidos e percorrer as estradas e ruas da cidade que me acolheu em 2007. É uma cidade cuja história se mistura com a minha. Fui tão feliz naquele espaço. Naturalmente, como não podia deixar de ser, também houve momentos maus, mas os bons fazem a balança pender claramente para uma avaliação positiva.

Foi lá que me formei em tradução, que trabalhei e estudei em simultâneo, que estive sete anos numa empresa, que fiz bons amigos e que conheci a mulher da minha vida, com quem casei (também naquele espaço).

Foram quase dez anos, ou seja, perto de um terço de tudo o que sou hoje. Quando deixei o distrito de Coimbra, de onde sou natural, foi ali que encontrei o meu porto de abrigo.

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E é por isso que regressar agora representa um "mundo" para mim. É como se fosse mostrar o desportista em que me tornei.

Por essa razão, "peço" e espero que o apoio vindo do público seja avassalador. Quero sentir uma simbiose como a que vivenciei no Porto, em novembro. Quero poder fechar os olhos e ter a sensação de que as "gentes" dali, os cagaréus, me levam ao colo até à meta, que vão ser responsáveis por acrescentar mais uma maratona ao meu "palmarés".

Como já tive oportunidade de o referir aqui, o meu grande objetivo é mesmo terminar a prova. Para que tal suceda, é importante, diria mesmo essencial, sentir o carinho daquela terra, que também já foi mim e cuja essência trago em mim.

Desde já e sem saber como será, muito obrigado pelos vossos incentivos.

A julgar pelo calor humano em Ílhavo no passado dia 07 deste mês, diria que vocês serão fantásticos.

Amanhã darei conta, de forma resumida, da prova. A partir de segunda-feira, tratarei de fazer os devidos relatórios.

Até lá, ajudem-me cagaréus! 

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