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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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27
Nov22

Novembro à mesa com a Venda


João Silva

Este mês de novembro podia mudar de nome para "mês ARCD Venda da Luísa".

Começou com a romaria de alguns elementos à maratona do Porto.

Seguiu viagem uma semana depois, a 13 de novembro, com uma prova 4 estações organizada na Venda da Luísa, onde houve direito a foto oficial da equipa para a nova época e a um belo almoço oferecido no final. Que equipas se podem dar ao luxo de oferecer uma refeição completa, incluindo bolo de aniversário, aos seus atletas? E que equipas têm uma Cidália Canais por perto com taças para que pudéssemos trazer as sobras de comida para casa? Um luxo, diria.

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O meu Mateus esteve presente no almoço e foi tão bom vê-lo ali no meio daqueles meninos e meninas. No convívio. Fez-lhe bem e a nós também, porque um descanso dá sempre algum jeitinho.

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Duas semanas volvidas e novo encontro da equipa para prepararmos o Trail da Escarpiada no Casmilo. A 25 de novembro foi dia de preparativos. A 26 chegou a hora de meter o corpo na serra. Uma bela prova organizada pela equipa.

O mês aproxima-se do fim e com ele chega uma imensa tristeza e saudade, porque o convívio será diferente.

Não se escolhe a família, mas podemos escolher as pessoas que formam a família de fora. 

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Já lá vão quatro anos de ARCD Venda da Luísa. Uma das melhores decisões que tomei. Adoro esta gente.

18
Jan22

Sentimento de pertença


João Silva

Mesmo correndo sozinho, o facto de pertencer a uma equipa de corrida/atletismo/trail é visto por mim com muito orgulho. Não estou muito com eles e acabo por levar uma vida muito distante do constante contacto social de alguns elementos da equipa. Ainda assim, fazer parte de uma equipa é ter um elemento de identificação permanentemente. É saber que não estamos sozinhos mesmo quando não treinamos com mais ninguém. É usar uma camisola que estabelece uma relação que ultrapassa a estrada, a pista ou o trilho.

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E esse sentimento de pertença, apesar da minha distância, deixa-me vaidoso. Ao ponto de querer vestir as várias camisolas da equipa em qualquer circunstância.

Ninguém me pediu nada, mas fiz questão de ir para a fisioterapia com a camisola de treino da Venda da Luísa.

A clínica trata muitas equipas de várias modalidades do distrito de Coimbra e fui vendo várias camisolas. Isso fez crescer em a vontade de mostrar onde pertenço. E senti-me vaidoso. Não por ser a ARCD Venda da Luísa, mas por fazer parte da ARCD Venda da Luísa. 

Chamem-lhe vaidade. Mas chamem também orgulho. Numa equipa regional com mais de 120 atletas só na modalidade de atletismo.

24
Jul21

1, 2, 3, uma entrevista diferente desta vez


João Silva

Como disse na última entrevista, o Carlos Canais está em toda a parte. O homem não pára: ele corre, ele trabalha, ele tem família. Ele tem uma função importantíssima para unir a equipa. Ele é o mestre por detrás de toda a burocracia associada à gestão da equipa.

Pelo fascínio que isso desperta em mim, tinha mesmo de ir para o lado administrativo da corrida para perceber os meandros do ramo. Cansa só de saber o que é preciso fazer para tratar de inscrições, de papelada, de participações, de treinos gerais e para ainda ter força para correr. 

Bem, o melhor é mesmo verem o que o Carlos Canais tem para nos dizer a esse respeito:

· Ligação ao atletismo desde

1986 até 1988, no Clube de Condeixa, mas com um grande interregno que terminou em 2012 quando foi retomada a ligação à modalidade na ARCD Venda da Luísa… até hoje!

Pódio 110m barr. Campeonato Nacional INATEL, Port

Foto: pódio 110 m barreiras no Campeonato Nacional INATEL, Porto, 1987

· Funções atuais principais na equipa

Neste momento, aquilo a que se pode chamar um colaborador da Direção.

Pódio 400m barr. Campeonato Nacional INATEL, Port

Foto: pódio 400 m barreiras no Campeonato Nacional INATEL, Porto, 1987

· Abrangência e implicação das funções

Como em todas as coisas em que me meto, faço-o por gosto, mas exigindo bastante de mim próprio. Sou o responsável pela ligação da Direção aos restantes elementos da equipa, e sou o responsável pela inscrição dos elementos da equipa nas provas, fazendo a ponte entre a equipa e as organizações.

· Porquê esta equipa 

Porque sou sócio (n.º 4) desde a fundação da Associação e sou dos elementos fundadores da equipa de atletismo, para além do facto de ter residido na Venda da Luísa durante muitos anos.

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Foto: com a esposa no Trail de S. Martinho (Ega), 2018

· Maior dificuldade na gestão das atividades/provas

 Atualmente está a ser a pandemia. Neste contexto de COVID que todos vivemos está a ser demasiado difícil gerir expectativas e manter o interesse dos elementos da equipa na competição. Mesmo que para se fazer parte da equipa esta época ninguém tenha tido a obrigação de se comprometer com nada, tem havido um número muito grande de atletas que não competiram desde o início da pandemia. Como é lógico, compreendemos, e nunca houve qualquer pressão para o fazerem. Antes da pandemia, a maior dificuldade era obter dos atletas (mais de 100) respostas atempadas às perguntas que se fazem: se pretendem participar em determinada prova, se querem estar presentes num jantar ou convívio, se querem adquirir determinada peça do equipamento, etc… as respostas surgem sempre lentamente e tiradas a ferros. Obviamente que depois dos prazos terminarem há sempre alguém que afinal queria ter-se inscrito ou queria ter adquirido aquela peça de equipamento. Às vezes é possível remediar a situação, outras nem por isso.

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Foto: 111 km do Trail de Sicó - Maio de 2021

· Motivos de orgulho a nível diretivo

 Pertencer a uma organização que tem as contas em dia e que, mesmo não procurando por novos atletas, eles venham à nossa procura, por indicação de amigos ou familiares que já estão na equipa. Esse é o maior orgulho. Também o cuidado que temos na comunicação com os atletas. É fundamental que os atletas saibam que alguém está atento por eles a pormenores competitivos, a prazos e a preços mais baixos. Apesar de nos orgulharmos de ter todos os atletas que temos, sentimos um orgulho especial por aqueles que podiam obter melhores condições económicas noutras equipas, e preferem estar connosco porque se sentem bem tratados, bem acolhidos e porque sabem que nos preocupamos com o seu bem-estar. O simples facto de gastarmos grande parte dos apoios que temos no pagamento de clínica de fisioterapia para tratamento gratuito de lesões que eventualmente possam vir a sofrer, é algo diferenciador que nos orgulhamos de fazer. 

Trail Conimbriga Terras de Sicó - Fevereiro 2012.

Foto: Trail Conimbriga Terras de Sicó - Fevereiro 2012

· Maior envolvência e empenho em ter mais mulheres ou isso é irrelevante?

 Dá-nos um orgulho muito grande em ter no seio da equipa um tão grande número de mulheres, mais de um terço da totalidade dos membros atuais, mas não nos temos empenhado particularmente nesse aspeto. Mais do que isso, orgulha-nos ter mais de 70% da equipa no escalão de veteranos. Ao contrário dos jovens que têm muitas alternativas para praticarem desporto, provavelmente sem a existência da equipa, grande parte destes veteranos (maiores de 35 anos de idade) fariam parte do grande número de sedentários do nosso país.

· Momentos difíceis como gerente

Esta pandemia tem sido muito difícil de gerir. De resto, apenas um momento ou outro de maior aperto de tesouraria que, felizmente, têm sido raros. Apesar de não ser dirigente, partilho com eles essas dificuldades…

· Momentos positivos marcantes

 A fundação da equipa com 5 atletas da terra, a que se juntaram num abrir e fechar de olhos outros tantos ainda no primeiro ano de vida foi um momento marcante. Também foram marcantes os primeiros pódios, os primeiros títulos e os primeiros prémios. O atingir do centésimo atleta também foi marcante, bem como o baixo número de saídas de ex-elementos para outras equipas: dois! Julgamos que atesta o quanto os atletas aqui se sentem bem.

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Foto: Treino de equipa - Janeiro de 2020

· Realidade de apoios/subsistência de clubes mais pequenos 

Os apoios que temos não são muitos, mas são bons. O apoio da Câmara Municipal é fundamental para a nossa equipa, bem como para a grande maioria das equipas do nosso concelho. Sem ele não poderíamos oferecer o pouco que oferecemos. Depois o apoio de outro grande amigo do Desporto na nossa região, o Intermarché de Condeixa. São estes os dois únicos patrocinadores que temos nas nossas camisolas. Apesar dos atletas poderem obter patrocínios para si, não tem sido habitual fazerem-no. Temos ainda o apoio das duas freguesias a que a Venda da Luísa pertence. Temos essa sorte (de pertencer a duas freguesias, Sebal e Anobra) uma vez que a divisão das freguesias passa a meio da aldeia e a sua ajuda, apesar de modesta, também é bem-vinda. Julgamos que tal como nós, a grande maioria dos pequenos clubes subsiste desta forma: apoios das Câmaras e das Juntas e de um ou outro patrocinador que oferece pequenas quantias. Nós optámos por ter, para além da Câmara, apenas um patrocinador, e termos a camisola de prova sem os inúmeros pequenos patrocínios que outras equipas têm. Felizmente fazemo-lo porque conseguimos, mas a realidade mais frequente é aquela referida antes. São poucas as equipas que podem suportar as filiações, pagamentos de seguros, inscrições nas provas e equipamentos para todos os atletas. E às vezes ainda pagam prémios. A maioria penso ser como nós: pagam as filiações e os seguros, parte dos equipamentos (no nosso caso para criar um compromisso com a equipa não oferecemos a totalidade do valor do equipamento) e uma inscrição ou outra para provas. Raras são as equipas que oferecem os tratamentos médicos aos seus atletas, como nós fazemos. Mas apesar deste cenário, há alguns anos atrás os apoios ainda eram menos, principalmente autárquicos.

 Projetos futuros

Eventualmente poderá surgir uma equipa de BTT, uma vez que muitos dos nossos atletas praticam também esta modalidade. Mas ainda nada está decidido.

Trilhos dos Abutres - Janeiro de 2017 - 1ª Ultra.

Foto: Trilhos dos Abutres - Janeiro de 2017 - 1.ª Ultra

· Objetivos da equipa

Manter a equipa com este espirito e tentar manter as condições que oferecemos aos nossos atletas. Tudo o que vier por acréscimo será bem-vindo!

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Foto: Trail de Piódão - Abril de 2019

21
Nov20

Uma laranja longe de estar espremida


João Silva

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Sempre gostei da máxima "não se sai de onde se está bem".

Assim sendo, a lógica mandava mesmo que me deixasse estar.

E assim será : em 2021 continuarei a vestir a laranjinha e a fazer parte de uma equipa onde sinto bem. Além disso, o facto de não ter vestido às cores da Venda da Luísa em 2020 foi algo que me ficou atravessado. 

É verdade que, face à pandemia e às incertezas que lhe estão associadas, tenho medo de voltar a estar em locais de prova. No entanto, alimento a esperança de que já me sinta confortável para competir aquando da maratona de Aveiro, em abril. 

Agradeço o facto de também me querem no seio desta equipa.

E como tenho algumas ambições para as meias e as maratonas, pode ser que 2021 me ofereça mais fotos com as cores laranjinhas. Saudades não faltam. 

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10
Nov19

Gala laranja


João Silva

Na passada sexta, foi dia de encerrar a época 18/19 e de começar a nova temporada.
Como dizia a minha avó: rei morto, rei posto.
E como fizemos isso na ARCD? Com uma bela jantarada entre todos os membros da equipa, como forma de receber os novos e de saudar quem vai para outras andanças. Naturalmente que esse é sempre o lado mais triste, porque o ciclo não continua com os mesmos, mas ficam as boas memórias e os conhecimentos.
Quanto aos novos, é bom poder criar já bons alicerces para o futuro.

Para terminar, deixo algumas imagens para vos darem uma bela ideia do que foi aquele momento de convívio.

Venham mais momentos destes:

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03
Mai19

A lógica jogou a sua cartada...


João Silva

Esta publicação tem como propósito falar-vos do meu "currículo associativo" como atleta: conforme já referi, comecei sozinho. De forma individual. Ainda hoje treino sobretudo assim.

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Pela minha disponibilidade e pela minha agenda, sempre foi óbvio que estaria sozinho durante algum tempo nesta aventura. 

E aqui, deixem-me que vos diga, em tom autoelogioso é verdade, que é necessário haver uma grande motivação própria para enfrentar chuva, frio, noite, madrugada. Mas foi algo que o próprio gosto pela corrida ajudou a alimentar. E, por conseguinte, nem senti esse "peso". 

Corri sempre que quis, por onde quis e como achei mais correto e útil para mim. No que toca à definição do próprio estilo de corrida, foi muito importante.

Nas provas, inscrevia-me como individual. 

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Assim foi até setembro de 2017. Na minha cabeça, começava a surgir um "bichinho" para tentar encontrar uma equipa próxima da minha localidade, onde pudesse trocar ideias com quem tinha mais experiência e que me permitisse evoluir e absorver mais conhecimento. Na minha fase "solitária", fazia as provas e, à exceção de um ou outro conhecido, não partilhava opiniões com mais ninguém. Não só nesta fase, mas essencialmente aí, a minha esposa era uma confidente desportiva, a pessoa com quem partilhava as minhas ideias sobre as corridas. 

Juntando o útil ao agradável, na sequência de uma conversa com dois conhecidos de uma ótica em Condeixa, fui convidado para fazer parte da Casa do Benfica de Condeixa.

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Após alguma deliberação, aceitei. Não tinha nada a perder. 

A certa altura na evolução de um indivíduo ou de um desportista, é necessário dar o passo seguinte. Alargar os horizontes. E houve um certo carinho que sempre senti por parte de alguns colegas. Foram algumas as boleias que me deram, o que serviu para trocar impressões, para estreitar laços.

Contudo, ao longo do ano de 2018, fui-me sentindo novamente sozinho. Não pelos treinos, porque aí sempre corri dessa forma, mas pelo frequente afastamento que fui notando em relação à direção. Percebi a dada altura que não poderia continuar num sítio onde não me identificava com as linhas motrizes da coletividade. Na minha cabeça, surgiram duas opções óbvias para mim: ou mudava de equipa ou regressava às raízes. Ou seja, descia novamente à categoria individual.

Com base nos conhecimentos pessoais que fui amealhando, "sondei o mercado". E encontrei a equipa onde estou atualmente, a ARCD Venda da Luísa.

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A dimensão assusta. São perto de 80 atletas mais os diretores. É uma família. Tal como me foi dito na altura. E a verdade é que continuo a treinar sozinho, mais por "culpa" minha, mas encontrei nessa associação o canto certo para evoluir, não só pelas condições que nos são oferecidas como pelo interesse manifestado na nossa evolução e no companheirismo que se vivencia.

Não sei como será o futuro, mas sinto que a minha decisão se mostrou acertada.

O conhecimento que já absorvi, por vezes só através da observação, tem sido gratificante. Ter conhecido uma espécie de guru das maratonas, o "mestre" José Carlos Fernandes, valeu muito a pena (sem qualquer.desprimor para com os outros colegas). E, aconteça o que acontecer no futuro, terá sido sempre com a camisola da ARCD Venda da Luísa ao peito que terminei as minhas duas primeiras maratonas oficiais.

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