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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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09
Nov19

Um dia tão especial quanto longo


João Silva

Não consigo partilhar convosco todas as emoções que tive nesta maratona. Dentro do possível, vou procurar recriar uma parte dessa euforia com fotos. Digo-vos que seria difícil pedir melhor. Fico grato pelas pessoas que encontrei e pelas boas conversas que tive com velhos amigos destas andanças. Fica um certo "amargo" por não ter contado com a presença da minha querida Diana, mas outros valores se levantaram. Foi mais importante ter repouso e fica para outras alturas.

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08
Nov19

Empedrado para dar e vender e a ilusão de que é simples


João Silva

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O percurso não mudou. Aliás, acho que não muda e foi curioso perceber, antes da prova, que, afinal, não me lembrava de tudo. Ainda bem, porque assim não deu tempo para grandes projeções.

Parece um percurso linear, mas tem algumas "armadilhas" espalhadas. A primeira está logo relacionada com o facto de se correr num espaço com tanta gente.

A segunda está nas viragens em determinadas alturas do percurso.

A terceira prende-se com falsas retas na zona de Matosinhos, na saída da Ribeira e na falsa reta final, composta por 3/4 km e com uma subida algo dura no final.

A maior dificuldade de todas residiu no empedrado. Sentir a calçada toda debaixo dos pés em Gaia e na zona seguinte à ribeira é muito complicado e só isso justifica que tantos corredores se afastassem da zona central da estrada.

Por tudo isto, ainda assim, recomendo claramente esta prova.

O Porto tem um encanto diferente e correr com pessoas a berrar o nosso nome é indescritível.
Leva-nos em pontas.
Fiz questão de agradecer a cada pessoa que me incentivou. Foi o mínimo que pude fazer para retribuir tudo o que me deram.

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07
Nov19

Organização praticamente imaculada


João Silva

Não admira, não andam nisto há dois dias e têm uma dimensão internacional que não lhes dá grande margem de manobra para falhar.
Houve algumas críticas ao facto de não ser possível levantar dorsais no dia, mas já imaginaram isso numa prova com, pelo menos, 15 mil pessoas? Podia dar confusão.

Logisticamente, é complicado para quem não vive no Porto, mas, neste capítulo, gostaria de deixar uma sugestão: poderem enviar dorsais e kits pelos CTT a troco de um dado valor, sendo que, dada a dimensão da prova, podia ser acordado um valor simpático. Claro, com um período limitado.

De resto, tudo em conformidade: muito apoio "contratado" com música e animação nas ruas, bons abastecimentos e devidamente espalhados a cada 5 km a partir de determinada altura. Esponjas, isotónicos e fruta em boas quantidades. Tirando meia banana no fim, não usei mais nada dos restantes mencionados, mas foi muito importante para outros atletas.

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Medalha espetacular, camisola inicial mais bonita que a do ano passado e a de finisher também era jeitosa, de mangas compridas, embora o material não pareça tão bom quanto o do ano passado.

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No fim, a nota é claramente positiva e só tenho pena de não ter conseguido visitar a feira antes da prova. Graças ao Nelson, que lá foi, ainda tive direito a umas belas meias da Joma.

Nota ainda para as melhorias que fizeram na zona dos bengaleiros e no circuito final da entrega das medalhas, mas o facto de não ter chovido também ajudou.

 

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06
Nov19

O Porto foi mágico para mim


João Silva

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O Porto não me desilude e este ano até me deixou ser mais feliz do que no ano anterior.
Antes da maratona desta semana, vinha com ideias de fazer 3h30, ou seja, menos 3 minutos do que em 2018.

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E sabem que mais? Saí do Porto com um novo recorde pessoal em maratonas: terminei a prova com 3h21m22s!!!!!!!

Caramba. Nem em sonhos podia pedir isso!!!

Nem me atrevo a ir ao cliché do sacrifício, do tempo investido, da dedicação, e da recompensa de tudo isso. Está implícito!!!!

Em termos de gestão, foi francamente perfeita.

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Comecei encaixado no setor das 3h30 e aí achei que ia num bom ritmo. Canelite esquerda e ancas a quererem interferir, mas nada disso foi impeditivo.

Depois disso, com o passar do tempo, sempre fresco, cheguei-me ao grupo das 3h15.

Estava endiabrado, o "gajo".

Confesso que tive medo de depois pagar a fatura mais tarde: numa maratona com 12,800 km ao fim de 56 minutos? Sacana.

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Mas correu tudo bem. A minha preocupação foi sempre não esticar demasiado para não sofrer no fim.

Perto dos 27 km, houve uma fase de ligeira quebra, o único momento em que senti que podia ter alguns problemas. Fechei os olhos, lembrei-me do que de melhor tenho na minha vida, deixei sair as lágrimas certas e ganhei ânimo.

A partir dos 30 km, em nova viragem, comecei a sentir a sério que conseguiria um tempo excelente.

Os incentivos destas pessoas, também elas "puxadas" por mim, levaram-me em pontas até à meta.

Houve tempo para gritar como mandam as regras e para deixar sair tudo.

Nota para os timings perfeitos de abastecimentos sólidos: a cada hora até às 2h e depois um às 2h30. Mais tarde, "atrevi-me" a meia banana aos 41 km para dar aquele puxão final. Os líquidos foram sempre ingeridos a uma média de 15 minutos. Abençoada mochila oferecida pelos cunhados.

Foi mágico, não consigo pôr de outra maneira.

Mais um dia em que senti amadurecimento na pele. Mais um dia de crescimento. Mais um dia feliz.
Palavra final para os meus colegas da Venda e os outros, também eles, "especiais".

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Começando pela Venda: a Vera e o Nelson estrearam-se nestas andanças. Muitos parabéns. Sem desprimor do Nelson, que esteve excelente face ao pouco volume de treino, a Vera voou e cavalgou praticamente até aos 34 ou 35 km. Depois teve uma ligeira quebra, mas acabou com um fantástico tempo de 3h27m. A Sara, mais uma vez, fez uma excelente prova, embora tenha acabado com dores. Diz que não faz mais nenhuma, mas acho que vai fazer de certeza.

Uma palavra de força e incentivo para o meu bom amigo Ricardo, com quem parti e que prometia muito, estava numa forma brutal, mas não passou bem e terminou em dificuldades.

Encontrei o bravo João Lima antes da prova. Estava muito nervoso, mas vi-o durante a prova e estava rijo como mandam as regras. Um prazer vê-lo.

Tempo ainda para um grande abraço ao Fábio Fernandes e uma menção de "saudade" em relação ao meu caro José Carlos. Foi tão bom receber a chamada dele. Caramba, senti tanto a falta dele que o confundi com outra pessoa na prova.

 

05
Nov19

Porque todo o durante tem um antes


João Silva

 

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Antes de vos "presentear" com a minha análise do percurso, decidi partilhar uma espécie de sinopse da viagem.

Só falarei nos tempos e no desempenho nos próximos dias.

O que fazia uma data de malucos junto ao cemitério de Taveiro às 06 da manhã?
Tão simples como isto: preparava-se para arrancar rumo ao Porto.

É sempre uma aventura e uma certa incerteza, que belo paradoxo, ir no próprio dia, mas a logística destas coisas é sempre complicada.
Seja como for, depois de uma semana em que o nervosismo esteve a brincar às eecondidas comigo, aparecendo a espaços sob a forma de irritabilidades, consegui descansar bem.

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Quando me deitei, estava tão cansado que nem sofri de ansiedade. Não acordei durante a noite e dormi muito bem. Levantei-me com a vontade de fazer "magia", o que é sempre um excelente indício.

 

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Este ano, pela primeira vez, sem a companhia da minha esposa e técnica, o sabor ao deixar a casa foi diferente. Por outro lado, temos um projeto em mãos, o maior das nossas vidas, que vai durar mais 7 meses a ganhar pernas, pelo que era mais seguro ela ficar no sossego.

Retomando a prova propriamente dita, esperava-nos uma manhã de chuva abundante. E de vento "sempre apetitoso".

Chegámos bem e com tempo, como eu gosto, para poder aquecer em condições e num local recatado.

Por sorte, ficámos exatamente no mesmo local do ano anterior, desta feita, com direito a estacionamento privado con WC improvisado.

Ele há sortes e coincidências que deixam antever coisas boas. 

E estas deixaram mesmo.

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03
Nov19

A prova, the one and only


João Silva

A 04 de novembro de 2018, o desfecho foi maravilhoso, como se pode ver por estas duas fotos abaixo:

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Um dia de chuva copiosa em que tudo foi perfeito. Alinhou-se tudo e ainda me lembro que parecia uma criança, em parte assustada, quando me vi no meio de tanta gente com a minha loucura. Apesar de ter sido apenas a primeira edição, a maratona de Aveiro, realizada em abril de 2019, em nada se pode comparar com a dimensão internacional que a maratona do Porto tem.

Aliás, para cada zona que se olhe, na Invicta respira-se apoio incondicional, alegria e um povo que nos leva em bicos dos pés até à meta. E, além de tudo isto, estas duas maratonas que já fazem parte do meu currículo não podiam ter apresentado climas mais distintos: chuva no Porto, calor tórrido em Aveiro.

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O meu momento de forma em novembro era muito superior àquele com que me apresentei em Aveiro. No entanto, não se trata de comparar, porque não há forma justa de o fazer.

Trata-se, ao invés, de afirmar que os meus objetivos para o dia de hoje são, em primeiro lugar, terminar bem de saúde (vivo, como costumo dizer). Por muito "pobre" que seja, trata-se de um objetivo relevante, tal é a dureza de uma prova deste género.

Numa segunda fase, conquistado o primeiro objetivo, irei à procura de fazer menos de 03h33m37s, tempo com que terminei no ano passado. O meu propósito passa por colocar o cronómetro abaixo das 03h30.

Em termos de treinos, sei que fiz mais sesões técmicas este ano do que no ano passado e também tenho noção de que os meus conhecimentos aumentaram, mas isso não me garante nada e tudo se vai resumir à capacidade que terei para não me empolgar com o que fiz nos treinos. Porquê? Porque essa adrenalina e excitação iniciais acabam por se pagar muito caro numa fase mais adiantada do trajeto. Ainda me lembro do medo que senti ao ver pessoas a cair e já nas bermas a receber assistência depois dos 30 km. Modéstia à parte e sem saber o que esses atletas (não) fizeram em termos de preparação, sei que tomo muitos cuidados e que me defendo bem, mas isso pode não chegar.

Igualmente importante é abastecer bem e não esquecer o lado sólido que tantos "problemas" me causou nos treinos de longões.

Por fim e muito mais fundamental do que tudo isto, oxalá volte a viver uma simbiose perfeita com a multidão, Sou um "animal" social e adoro sentir o calor e os incentivos das pessoas. Preciso disso como de água para não desidratar durante uma corrida. O público do Porto é maravilhoso.

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20
Out19

A última grande antes da maior


João Silva

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Vou para a terceira edição desta prova. Na verdade, depois de ter feito os 10 km em 2018 por uma medida de precaução, já que não sabia como o meu corpo ia reagir para a maratona, vai ser a segunda vez que farei o percurso referente aos 21 km. Aquela prova em 2018 marcou a minha primeira prestação ao serviço da ARCD Venda da Luísa. Foi aí que conheci os primeiro colegas de equipa.

Na minha estreia em 2017, segunda meia maratona do meu percurso, terminei a prova com o tempo de 1h35m. Foi um bom tempo. Ainda assim, na altura, fiquei com a sensação de que era possível fazer mais e melhor.

Como em 2018 percorri os 10 km, volto lá hoje para confirmar que é possível baixar.

Os indícios dos treinos de contrarrelógio e de fartleks revelam que baixar o tempo está ao meu alcance, até porque, além do mais, a prova da semana passada em Leiria me deixou às portas do "paraíso". 35 segundos separaram-me da marca abaixo de 1h30. O deseafio está lançado.

A minha ideia é sempre apostar em 1h30. Acho que é uma espécie de número mágico.

A prova em si vai lançar-me um desafio interessante, pois tem o perfil de corrida muito rápida na primeira metade e de muito "massacrante" na segunda, por ser um piso demasiado igual.

Portanto, importará aquecer muito bem para iniciar logo numa velocidade elevada.

Tentarei esticar os ritmos, fazer uma espécie de dança para evitar quebras.

Se no fim não conseguir? Não há problema, a prova serve de treino para o que virá daí a duas semanas, a maratona no Porto. E, mais importante do que isso, havendo saúde e bons treinos, poderei voltar a tentar baixar o tempo em 2020.

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