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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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08
Out19

O dia seguinte é o dia D...de dores


João Silva

Quem nunca, não é verdade?

Não sei como é que funciona desse lado, mas sei que aqui se sofre muito com o acordar no dia seguinte aos treinos. São raras as exceções em que acordo impecável, sem dores.

Como os treinos são intensos, não raras vezes acordo durante a noite com espasmos, mas, pior do que isso, é levantar este corpo depois das malhas.

Tenho sempre a sensação de que um camião me atravessou de um lado ao outro e que fez marcha-atrás e repetiu a dose no sentido inverso.

O bom disto é que passa. 5 a 10 minutos após a abertura dos olhitos, este que vos escreve fica em condições.

Quando a carga é muito intensa, os primeiros minutos de corrida no dia seguinte são um martírio. Conheço poucas sensações assim. Felizmente, isso não sucede todos os dias, mas a ressaca de treinos de séries ou de saltos (joelhos altos, calcanhares aos glúteos, saltar à corda, burpees, lunges, etc.) são as piores. Fica a ideia de que me encheram as pernas de cimento. Por ser tão mau e tão difícil de descrever, nem vos falo do que é levantar no dia seguinte a treinos de acima de 20 km.

E por essas bandas como é a fase de recuperação após os treinos ou as provas?

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06
Out19

Não esquecem...e duram, duram


João Silva

Sabiam que os vossos músculos e o vosso organismo se vão lembrar se retomarem a prática de exercício físico após alguns meses ou anos de paragem?

Passo a explicar: está comprovado que o corpo não esquece e, se tiverem praticado desporto de forma continuada, após um interregno, ele vai lembrar-se e responde de forma positiva. Em que se reflete? Por exemplo, na regeneração ou no gasto energético. Se a prática tiver sido muito prolongada, o vosso metabolismo não vai queimar a mesma energia que faria, caso tivessem começado agora o exercício.

Tal como se lembra disso, também tem memória de elefante no que toca a dores musculares.

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Houve um período na primeira quinzena de agosto em que sofri algumas cãibras na zona dos gémeos. Foi o corpo a acusar o desgaste e, sem mentir, ao fim de uma semana, ainda sentia os "laivos" de dor naquela zona. É verdade que já não doía com intensidade, mas, me determinados movimentos, a memória vinha ao de cima.

Não sei se já vos aconteceu o mesmo. Sei, isso sim, que é muito desagradável treinar assim. Num dos treinos de séries, ao executar a primeira, comecei logo a sentir os gémeos a dar esticões e a querer enrijecer. Depois passou, talvez porque o organismo já está habituado, mas, tal como os meus músculos, também eu não me esqueci das dores que senti.

04
Out19

Dores de amadurecimento


João Silva

Todos já ouviram falar em dores de crescimento, pelo que não me serve de muito estar a explicar o que significa.

Venho "introduzir" as dores de amadurecimento.

Não sei se o conceito existe, mas acredito piamente que haja muito mais pessoas e desportistas a sofrer desse "mal".

Então e o que são as ditas dores?

São aquelas que, de tão frequentes, persistentes ou nefastas, nos obrigam a aprender.

Neste contexto, como não poderia deixar de ser, vou falar da sua aplicação e presença no atletismo.

É uma espécie de cliché haver um atleta a dizer "no início não ouvia o meu corpo, mas agora aprendi". Na verdade, acho que, não poucas vezes, somos forçados pelo corpo a adquirir essa aprendizagem.

Dou-vos o meu exemplo: tenho consciência do que me faz mal, do que é incorreto na minha preparação, do que o meu corpo gosto e do que a minha cabeça aprecia para poder render. Contudo, tenho um defeito enorme: sou demasiado persistente, teimoso e, porque não dizê-lo, obstinado com os treinos. Não são poucas as vezes em que caio na "armadilha" da sobrecarga. Perante essa tendência quase tresloucada para destruir a minha evolução, acabo por conseguir contrariar tudo isso através de uma análise mais ponderada e racional.

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Ao longo destes quase três anos (dentro de um mês), cometi tantos exageros na forma como lidei com o meu corpo. No entanto, como gosto de pensar, fiz "bom proveito" das dores. Ou seja: por ter sofrido tanto em determinados momentos, por ter corrido a mancar durante semanas a fio (entre dezembro e janeiro de 2016), acabei perceber que o corpo chega a um ponto em que vai rebentar, em que diz chega e depois não o tens. Perante esse cenário e tendo em conta o meu receio (medo mesmo?!) de lesões (que, felizmente, até agora não tive ao ponto de ter de parar), acabei por aprender a parar, a ter paciência com as minhas exigências e a relativizar o treino e a sua intensidade.

Todavia, para chegar a esse nível de amadurecimento, tive mesmo de suportar muitas dores e muitas manhãs em que mal me conseguia mexer.

Costumo dizer à minha treinadora (esposa) que aprendo, mas que preciso de sofrer para que isso aconteça.

Vocês são iguais e caem no exagero ou conseguem parar atempadamente sem problemas?

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