Os convites
João Silva
Quando quero convidar alguém para me dar uma entrevista no blogue, não tenho um critério rígido definido.
Vou, sobretudo, ter com pessoas que acho que podem partilhar histórias/ideias de valor para quem lê.
E tenho genuinamente um prazer enorme a ler cada entrevista quando edito os textos e os insiro no blogue.
Já lá vão quase quatro anos de blogue e já tivemos aqui muita gente a ocupar estas linhas textuais.
Não sei quantas foram até agora, mas, talvez não acreditem, podiam bem ser o dobro, dados os convites feitos.
Não, não me estou a queixar. Na verdade, diretamente tive duas recusas, sendo que uma terceira ficou implícita. O que me aborrece mais é quando alguém aceita e está anos sem passar cavaco (sim, já aconteceu e ainda espero os textos de muita gente).
É fácil de explicar o porquê. Na verdade, fazer convites implica criar uma ligação de simpatia/cordialidade com as pessoas (sobretudo com quem não conheço). Implica investimento de tempo. Embora reconheça que cada um tem a sua vida, o que é perfeitamente normal, de certo modo, sinto desrespeito quando alguém aceita e depois nunca mais diz nada (meses ou anos a fio).