A descida ideal
João Silva
Parece clichê dizer isto, mas a descida é uma fase onde se podem ganhar corridas.
Em alguns dos melhores tempos que fiz em provas, procurei apostar forte no processo de descida. Parece óbvio.
No entanto, descer bem e rápido também requer, acima de tudo, cuidado, controlo e técnica.
Entre outras coisas, quando faço uma descida normal:
Corpo direito, sem inclinação excessiva para trás ou para a frente.
Braços em coordenação com o movimento das pernas. (em treinos, quando sinto os ombros tensos, procuro "soltar" os braços para aliviar a pressão.
Passada aberta, mas não demasiado.
Aterragem do pé com a almofada deste e só depois o calcanhar. Aterrar com o calcanhar pode ser muito mau para o tendão de Aquiles.
A passada deve ser suave para não castigar os pés nem os joelhos.
Contrair os abdominais para impedir problemas de postura ao nível das costas. É mesmo muito importante.
A respiração deve ser curta e rápida sem se tornar ofegante. Normalmente, inspiro e expiro duas vezes em cada passada.
Descer para recuperar tempo e ganhar velocidade:
Abrir mais a passada.
Tocar com o limite da almofada do pé no chão para iniciar logo o movimento seguinte.
Fazer uma troca respiratória mais rápida, numa relação de 1:1.
Aumentar a velocidade dos braços.
Estes são passos que devem ser devidamente trabalhados antes de serem feitos pela primeira vez.
De seguida, deixo-vos um vídeo com algumas explicações da forma como se deve descer. Parece-me muito útil.