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ARCD Venda da Luísa
- Praticante de atletismo desde:
Comecei no desporto muito cedo e já pratiquei de tudo um pouco: natação, karate, futsal, ciclismo nas vertentes de btt e estrada, onde fiz por duas vezes o calendário nacional completo, incluindo duas voltas a Portugal em juniores e algumas competições fora de Portugal. Em 2009, tive um problema de saúde que me obrigou a parar e acabei por dar outro rumo à vida: estudos, trabalho, família... até que em 2017, através do Cesar Ramalho e do Artur Gândara, comecei no atletismo com umas corridas de 4 a 6 km. Em 2018, comecei a fazer provas curtas e em 2019 cheguei aos 25 km, distância na qual me quero manter para já.
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- Modalidade de atletismo preferida:
Trail running. Fora do atletismo: MotoGP e, claro, ciclismo de estrada.
- Prefere curtas ou longas distâncias:
Prefiro distâncias curtas, gosto de treinar em estrada mas prefiro competir em terra.
2019
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- Volume de treinos por semana:
O meu volume de treinos depende muito do horário do trabalho, das atividades do meu pequenote e de outros hobbies que tenho, como a música e as motos. Mas ronda sempre 2 treinos e 1 prova por semana, quando não há prova, faço 1 treino mais longo ou mais intenso.
O treino é 1/3 da preparação de um atleta, tão ou mais importante que a alimentação e o descanso. No meu caso, neste momento da minha vida, a importância do treino passa por afastar as lesões e para me sentir bem comigo mesmo tanto em prova como no meu dia a dia.
Não tenho treinador, a minha vida não me permite ter rotinas para isso, no entanto, aconselho-me com colegas nossos que estão nisto há mais tempo e daí tento seguir o meu rumo.
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- Diferenças existentes entre o atletismo passado e atual:
As diferenças são as mesmas que noto no ciclismo: antigamente, os treinos eram feitos a sós, hoje existem muitos praticantes. Há mais senhoras, houve o alargamento da idade de desportistas. Penso que vem tudo do trabalho das organizações. Antigamente, a corrida era até à morte, hoje, quem quer ir à morte, vai, mas quem quer apenas tirar prazer da corrida, ganhou o direito de o poder fazer. Basicamente, a diferença é que criaram condições para que todos possamos participar.
- Histórias insólitas, curiosas ou inéditas:
Existem muitas, pincipalmente no ciclismo. Por exemplo, uma vez na Volta a Pontevedra de juniores, uma prova conceituada em Espanha, na 2.ª etapa, enquanto trepador, foi-me pedido para eu puxar à morte numa subida de 20 km com o objetivo de partir o pelotão. Assim fiz, mas, quando chegámos ao Prémio montanha, só vinham 6 ciclistas (nunca me tinha sentido tão bem numa prova e ainda por cima eu era júnior de 1.º ano), mas furei a roda de trás na descida e para não perdermos muito tempo trocaram-me logo de bicicleta e arrancaram, mas a bicicleta, que era a do Pedro! A diferença? Eu tenho 1,65 m e ele tem 1,95 m. Fiz 15 km em pé e com o banco a bater-me nas costas.... No trail, a coisa mais estranha que já me aconteceu foi cair 2 vezes em 5 ou 6 metros no Trail de Pereira, mal me levantei, dei duas ou três passadas e pimba outra vez.
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Uma das aventuras que mais me marcaram foi em 2008 na Volta a Alcobaça (prova de 1 dia apenas e em circuito), não aguentei o ritmo dos da frente e fiquei para trás. Os profissionais corriam a seguir e já andavam a aquecer, ouvi uma voz “anda para a roda e descansa um bocado que eu levo-te até à frente”. Quando olho bem, era o SR. Cândido Barbosa, que corria nesse ano no Benfica. Tinha um ritmo no aquecimento igual ao nosso a sprintar. Embora o meu ídolo sempre tivesse sido o Nuno Ribeiro, o Cândido é o Cândido.
Participação em prova mais longa:
Fiz duas provas a rondar os 23 e os 25 km. O MUT e uma outra em Cantanhede já em 2020.
- Objetivos pessoais futuros:
Os meus objetivos desportivos passam por me divertir e manter a saúde. Começo e acabo as corridas sempre com os mesmos objetivos: 1- Acabar sem me lesionar 2- divertir me imenso 3- se possivel, não ficar em último.
- Como vê o atletismo daqui a 5 anos:
A ganhar cada vez mais adeptos e mais praticantes. Há que continuar a dar condições para que todos possam praticar!
- Como se vê no atletismo daqui a 5 anos:
Tal como estou hoje, que me sirva de escape do dia a dia, me ajude a ter a cabeça no lugar e que, uma vez ou outra, vá quebrando um recorde pessoal aqui e ali. Já agora que continue a dar-me a oportunidade de conhecer pessoas incríveis como tem feito até aqui.
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