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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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23
Jan23

Pontos de (des)equilíbrio


João Silva

Partilho convosco uma das coisas mais importantes que aprendi durante as sessões de fisioterapia para tratar os meus problemas na BIT (banda iliotibial) em 2021: antes de bloquear, o corpo da sinais de alerta.

Eis alguns pontos de desequilíbrio do corpo que podem redundar em problemas nas ancas e nas coxas de qualquer corredor:

- em pé, inclinar-se mais para um dos lados;

- inclinação do joelho para dentro ao subir e descer escadas;

- ponta do joelho a passar a ponta do pé quando se descem escadas;

- ponta do pé para fora e do joelho para dentro quando nos baixamos;

-dores fortes numa das nádegas quando estamos sentados em superfícies rígidas;

- um maior volume muscular de uma das coxas quando as duas pernas estão estendidas;

- oscilação de uma das pernas quando se está apoiado num dos pés;

- escolha permanente da mesma perna para levantar o corpo.

 

Se repararem em todos estes aspetos, poderão perceber se têm um lado mais solicitado. Na verdade, isso pode levar a sobrecarga e a um bloqueio dessa zona. E tudo isto é necessário na hora de conhecer bem o corpo.

17
Dez22

Correr num corpo estranho


João Silva

Podia ser o título de um filme. 

Na verdade, foi uma experiência que tive em outubro de 2021, quando retomei a corrida após a lesão que me obrigou a parar dois meses.

As duas primeiras corridas foram muito pequenas, mas foram o suficiente para me fazer crescer água na boca, para me  deixarem de rastos e com uma sensação que nunca tinha experimentado: correr num corpo estranho.

IMG_20211012_094205_1.jpg

Passo a explicar: nesses dois primeiros treinos, parecia que estava num corpo que não era meu. Estava a dar as ordens do costume, mas os membros tinham vida própria, os músculos tinham dores (normais) a que já não estava habituado, parecia muito enferrujado. 

Sim, estive sem correr quase dois meses, mas nunca parei o exercício físico. E fiz muitas vezes bicicleta estática. Só que não era a mesma coisa. Nem sequer teve comparação com a ausência de corrida no período do primeiro confinamento.

IMG_20210925_082629.jpg

A lesão mudou-se o corpo. Não há mal em reconhecer isso. Até porque não significa que tenha sido para pior. (Hoje reconheço que foi claramente para melhor). Eu é que não estava habituado a correr neste corpo. 

Isto é como os carros: conduzimos um anos a fio. Quando entramos num "novo", tudo parece estranho. E depois habituamo-nos. É o que faz o ser humano.

Precisamente por reconhecer a minha necessidade em fazer do meu corpo um "instrumento novo", este ano decidi fazer um desmame da corrida em novembro, após a maratona. De 06 a 30 de novembro, corri 3 vezes. O objetivo era deixar que o corpo não chegasse ao nível de problemas que teve em 2021. Apesar de me ter custado muito por nunca o ter feito, era muito importante. E essa consciência fez com me obrigasse a respeitar mais este corpo, porque, apesar de tudo, só tenho este. Ele renova-se, é certo, mas não é inesgotável.

06
Set22

Estás mais pequeno, homem!


João Silva

Sempre me fascinou perceber o que acontece ao corpo de um atleta durante uma prova de longa duração como é a maratona.

Por isso, parttilho convosco uma explicação mais visual no vídeo que se segue:

Como maratonista, posso dizer que uma pessoa não sente estes mecanismos no momento em que está a correr. Mas que encolhemos, aí não há dúvidas. É o impacto da desidratação. 

Umas litradas de água e vai tudo ao sítio.

16
Nov19

Finalmente percebi o vazio


João Silva

IMG_20190831_112853.jpg

Na altura em causa, optei por não falar nisso, muito sinceramente, para me proteger de eventuais comentários desagradáveis. Sei porque fiquei assim naquele momento e a coisa foi devidamente resolvida.

Já ouviram falar em vazio no desporto? Principalmente no ciclismo é comum. Passo a explicar: é o momento em que um corredor, aparentemente bem e em boa forma, não consegue responder a um ataque do adversário e não sai daquele marasmo. É como se estivesse a pedalar sempre no mesmo sítio.

Na corrida isso também acontece. Na semana de 26 a 31 de agosto, passei por isso três vezes, a última no treino mais longo de 38 km. E o que senti? Primeiro, um dos fatores causadores, não dormi bem nessa semana, muitas preocupações na cabeça. Já acordei meio zonzo. No entanto, aquilo de que falo é haver uma altura no treino em que o corpo continua a correr mas sem desenvolver, parece que não dá sinais de vida durante alguns minutos. Depois passa, mas é muito importante estar consciente e não deixar o cérebro desligar. Como se pode fazer isso? Tentando fazer um sprint ou uma mudança brusca de direção para o corpo acordar.

Aquilo assustou e foi claramente falta de glicose no corpo, senti a marca dos treinos todos daquele mês e daquela semana em particular. E não repus devidamente a energia. Como o corpo não é de ferro, ressentiu-se e, confesso, deixou-me um pouco preocupado para a maratona, mas correu tudo bem. Felizmente.

Já vos aconteceu o mesmo? Como resolveram a situação?

12
Out19

Se abrandou, mete estímulo


João Silva

No final de agosto já tinha falado sobre a importância dos esticões nos treinos como forma de melhorar a forma e de obrigar o corpo a sair da zona de conforto e da habituação.

Recordo-me de na altura ter contado com um belo parecer da estimada Luísa de Sousa. Em relação aos seus treinos, ela dizia que mudava o cárdio para sessões de HIIT como forma de estimular o corpo e o metabolismo.

Efetivamente, é a melhor forma de explicar o que quero dizer quando afirmo que é importante estimular o corpo. No caso da corrida, para os atletas amadores ou mesmo para os curiosos da corrida, sugeri jogos de velocidade durante os treinos para ajudar a abanar o corpo.

No fundo, os estímulos são isso mesmo, ruturas bruscas e repentinas numa determinada metodologia que têm o "condão" de levar o vosso corpo a pensar "mas o que é que este gajo está a fazer?".

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Acreditem, ao fim de algum tempo, a "máquina" fica viciada e, como gasta sempre a mesma energia e trabalha sempre da mesma forma, não desenvolve, não vos deixa sair da "cepa torta". Mudar de exercícios e de duração das sessões de treinos vai ajudar imenso. Diz-se, e com razão, que a transpiração não é sinal de maior queima de calorias, no entanto, é normalmente um sinal bem forte de que o corpo precisa de mais esforço para regular a temperatura. E, valha a verdade, anda tudo à volta disso: da capacidade que ele tem para nos manter em equilíbrio. Como tem de haver sempre perda de energia nesses casos, o metabolismo terá de acelerar e isso é benéfico para a vossa evolução. Em pouco tempo notarão melhorias.

Falando do meu caso, quando decidi aumentar ainda mais o volume dos treinos em maio não sabia bem até que ponto iria notar evolução. A esta distância temporal, percebo que foi o melhor que fiz.

O truque aqui também passa por ser paciente, porque o corpo demora algum tempo a assimilar novos métodos e novas estratégias para ser funcional. Mas, meus caros, paciência é um bem muito precioso e muito escasso na sociedade atual. Contra mim também falo.

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