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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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04
Ago23

Vantagens e desvantagens de um estradista num trail


João Silva

Finalmente escrevo este texto. Já mo tinham pedido há imenso tempo, não foi, Ricardo Veiga? 

No entanto, infelizmente, não houve tempo mais cedo. A vida meteu-se pelo caminho e esta reflexão esteve muito tempo na gaveta.

Ora bem, numa primeira análise, um corredor de estrada, um estradista nas minhas palavras, está muito deslocado numa prova de trail. Desde logo, os desníveis são muito diferentes, a proprioceção, ou seja, a capacidade para o corpo se automovimentar sem colidir com obstáculos,  não está devidamente treinada e a mecânica da corrida é diferente.

Forçados pelo trajeto, os movimentos de um estradista, sobretudo, ao nível do joelho, são mais intensos. Se a força é importante em estrada, em serra é-o a dobrar. Não se exige "apenas" um movimento de pernas, o corpo tem de funcionar como um bloco bastante flexível. A rapidez de reflexos também é um requisito mínimo obrigatório.

Onde me parece que um estradista tira partido de um trail é quando encontra um trajeto mais rolante, com menos labirintos técnicos, porque aí sobressaem as suas capacidades de resistência (quando se tem a particularidade de se ser corredor de meio fundo ou de fundo). Um corredor de estrada vai com mais dinâmica, está mais habituado à "falta de convívio" nas suas provas e foca-se mais numa chegada à meta.

Apesar destas diferenças claras, diria que há benefícios em cruzar modalidades, principalmente, se for o de estrada a participar em trails, porque ganha mais noção "inconsciente" das características do piso onde corre, vai ganhando proprioceção e consegue trabalhar uma passada mais alta, com os joelhos mais elevados e aí está a ganhar para as suas provas em estrada.

 

12
Dez22

Proprioceção ou o modo cego do corpo


João Silva

O nome é pomposo e não significa mais do que a capacidade de o corpo se conhecer e se corrigir.

Com o passar do tempo e das repetições de treino, o corpo adquire conhecimento da forma como se posiciona e da postura que adota no exercício. No meu caso, vejo muito isso quando corro no escuro. Já o faço há muitos anos e o corpo habituou-se, já sabe onde deve meter o pé e como me deve manter em equilíbrio. Esta rotina evita que me estrampalhe em alguns trajetos (com algumas exceções, claro). 

Neste momento, o meu corpo já levanta os joelhos a uma determinada altura. Em condições normais, tudo isso é mecânico. Se eu quiser mudar isso, tenho de obrigar o corpo, de lhe mudar e moldar os movimentos, o que demora tempo. Regra geral, é por essa razão que demoramos cerca de seis meses a mudar uma postura de corrida.

Em estrada, este processo é mais comum, porque o percurso também é mais linear e repetitivo.

Um trail tem o lado bom de nos obrigar a estar mais atentos, de não nos deixar cair em hábitos, porque não há serras iguais. Ainda assim, por outro lado, são precisos muitos meses (ou mesmo anos) de treino para que o organismo se movimente sozinho e de forma mecânica pelos trilhos.

09
Set20

Há dias em que sabe bem ficar


João Silva

Nesta senda de análise aos diferentes treinos que mais se destacaram nestes meses, hoje trago-vos o oposto do excelente treino que relatei no blogue a 05 de setembro.

Pela imagem, facilmente se fica a perceber as limitações que o corpo também pode ter num treino.

Screenshot_20200714_113339_com.runtastic.android.j

Em termos prévios, importa mencionar que não tinha dormido nem descansado bem nas duas noites anteriores e que já ia para o terceiro treino seguido de 02 ou mais horas, o que já se traduzia em 51 km em dois dias.

O tempo estava mais fresquinho e continuei a boa hidratação, mas isso já não foi suficiente para libertar o meu corpo do atordoamento e da escassez de energia em que se encontrava.

A capacidade de aceleração perdeu-se por completo e nunca consegui imprimir um ritmo constantemente elevado, razão pela qual demorei 02h10m a fazer os 24 km, quando, na verdade, costumo chegar a essa marca em 02h00m.

Este é o outro lado que revela bem o efeito do desgaste e do cansaço no desempenho. 

05
Set20

Há dias em que sabe bem sair


João Silva

Em termos de treino, sabe sempre bem sair para correr, mesmo em fases como esta em que as dores no corpo e o sono no cérebro são companhias permanentes.

É algo que aquece o coração e a alma.

Hoje trago-vos apenas uma imagem de um treino específico de julho em que tive o meu melhor desempenho dos último meses.

Sem saber como e plenamente à chapa do sol, já que o Mateus não deu autorização para sair antes, consegui encaixar 26 km em duas horas de corrida, conseguindo assim um belo recorde pessoal em treinos. 

Screenshot_20200714_113352_com.runtastic.android.j

Na verdade, não é tanto pela distância ou pelo tempo, mas sim pela forma como o corpo respondeu perante as temperaturas altíssimas e como consegui fazer uma hidratação extremamente bem faseada e nas quantidades perfeitas.

Regra geral, consigo melhorar com o tempo de treino. Na verdade, a minha primeira hora costuma ser sempre muito penosa, porque o corpo ainda se está a habituar. No entanto, naquele dia, isso também aconteceu, mas aí a minha primeira fase foi incrivelmente constante.

O piso plano terá ajudado e o facto de ter dormido mais um pouco do que o costume também, mas isto só prova que é possível chegar a bons desempenhos mesmo em cenários de grande cansaço.

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