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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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09
Jan23

Um balanço em revista - maratonas em 2022


João Silva

A loucura. É sempre, não vai mudar. Que simbiose entre o corpo e o público. Ainda assim, desiludi-me, confesso. Esperava mais das gentes do Porto, porque já me tinham habituado a isso. No entanto, também há o risco de ter criado demasiado expectativas.

Tracei um plano ambicioso, segui-o e entrei no Porto confiante, muito, mas com motivos para isso. Porém, houve dois momentos em que me entusiasmei e acabei por pagar a fatura no final. Uma primeira metade incrível e uma segunda metade a pedir a todos os anjinhos misericórdia. Nunca tinha chegado com um gémeo quase de fora. Ainda hoje o sinto a latejar e o sinto “fora do sítio”. Ninguém corre uma maratona pela saúde. Não dá nenhuma. Corre-se pela superação. Dá de sobra. Feitas as contas, apesar da quebra, baixei das 03h20. Fiz 03H19m.

Vou voltar lá em 2023.

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07
Jan23

Um balanço em revista - meias-maratonas em 2022


João Silva

Infelizmente só fiz uma. No entanto, valeu por muitas. Foi o primeiro ano em que apostei forte nos treinos exclusivamente para este tipo de prova. Queria voltar a ficar abaixo da marca de 1h30. Dei tudo, foi no limite do esforço, mas consegui mesmo e com quase um minuto de diferença. Foi a “perseguir” o meu colega Bruno o tempo quase todo, cometi alguns erros de gestão ao ter-me deixado “ir” com um atleta claramente mais constante e forte do que eu e sofri com a questão do calor (em outubro!!). No fim, a sensação não foi boa, mas hoje, olhando bem e de forma apaziguadora, vejo que foi uma prestação de raça, de força de vontade. Abnegado.

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05
Jan23

Um balanço em revista - 10 km em 2022


João Silva

O primeiro eixo de melhoria que tinha projetado era este tipo de prova. Mudei a minha forma de treinar e ganhei método. Ia funcionar. Tinha de funcionar. Funcionou na perfeição. Corri cinco provas de 10 km e em nenhuma fiquei acima dos 41 minutos. Na verdade, fiz as três primeiras abaixo dos 40. As duas últimas tiveram um sabor igual pela dureza. Senti que este género de provas me deu uma espécie de entrada num grupo restrito. Passei a ficar mais vezes num vazio de atletas, comecei a cavar fossos para quem vinha atrás.

Começando pelo início, em janeiro fui até Soure e consegui fazer o meu primeiro tempo inferior a 40 minutos no ano. O trajeto era regular, mas lembro-me que foi uma roda-viva e que fiquei constantemente com o “credo na boca”, como se diz.

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Uma semana depois, com muito descanso no corpo (uma inovação) lá fui fazer o mesmo em Leiria, numa prova com muito mais gente por ocasião da Taça da Liga. A emoção foi muita, a prestação foi sempre ao mesmo nível.

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Em fevereiro, já perto do final, novo desempenho dos bons em Coimbra, em mais um evento cheio de gente, numa espécie de celebração da primavera. O meu maior feito nessa prova foi ter “mordido” os calcanhares à primeira atleta feminina, que estava a ser acompanhada pela Federação Portuguesa de Atletismo. Quebrei imenso na última parte dessa prova, mas senti-me na lua.

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Perante o interregno de provas decidido pela questão financeira, voltei a fazer provas de 10 km no final do ano. Em novembro, numa espécie de carrossel na Venda da Luísa. Tinha feito a maratona do Porto uma semana antes. Dei claramente mais do que tinha para conseguir chegar ao meu colega Tiago. Não consegui, mas acabei muito feliz.

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Última prova de 2022 e foi também uma das mais prazerosas. Falo da São Silvestre de Coimbra. Que luxo poder estar com tanta gente. Acabei no 84.º lugar num total de 1433 atletas. Orgulhos e missão cumprida foi o que senti. Isso e dores pela mítica subida.

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03
Jan23

Um balanço em revista - trails em 2022


João Silva

Que ano o de 2022! 

A todos os níveis. Talvez tenha sido o ano em que mais fui posto à prova e solicitado e não apenas no desporto.

Ainda assim, a dureza do primeiro deu lugar à leveza no último trimestre. E ainda bem. Talvez mais para a frente possa escrever mais sobre este lado pessoal e esta viagem que estou a fazer.

Em termos desportivos, o ano foi muito regular. Mas em bom. Foi mesmo o meu melhor ano. E os resultados 

Em 2022 fiz três trails. Talvez tenha sido o ano em que fiquei a gostar mais, confesso. Ao ponto de, num período de 10 anos, querer fazer uma Ultra. Um belo desafio, mas tenho recursos físicos e humanos à disposição para me preparar.

Em fevereiro, fiz o Trail de Sicó nas calmas, numa ótica de desfrutar e ainda nem sabia muito bem o que era fazer isso em prova. Talvez tenha sido a única em que tive zero interesse no tempo. Foi ótimo, porque conheci o Bruno Silva, meu colega de equipa e que fez a sua estreia em trails. Mais tarde, vim a saber que adora estrada como eu.

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No mês de março, tive um belo presente: o meu primeiro pódio numa prova. Fiquei em terceiro lugar no Trail da Bajouca. Foi aqui que percebi que há trails que poso usar a favor das minhas capacidades para conseguir lugares de destaque. Havia partes complexas, claro, mas o trail era rolante, dava margem para correr.

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Mais tarde, já quase no fim de 2022, fiquei a conhecer o Casmilo em condições e disputei um trail maravilhoso da organização da minha equipa. Foi um desempenho louco num trail demasiado técnico. Top 30 no bolso e prova provada de que também me safo bem em terrenos difíceis.

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Numa análise global, diria que os trails subiram na minha consideração, também pelo facto de ver neles a possibilidade de estar mais vezes com elementos da minha equipa. O que me custa mais é a parte física, o risco associado às provas. Eu não sei ir com pouco, vou com tudo. No último trail, demorei uma semana a recuperar.

22
Dez19

Assim corri as maratonas em 2019


João Silva

Nada melhor do que analisar a performance deste vosso caríssimo em 2019 do que falar nas provas que lhe dão um sorriso de orelha a orelha: os 42 km, as maratonas.

Cedo pecebi que são o meu elemento de trabalho e que são a minha plataforma de aperfeiçoamento e melhoria de treino.

Além disso, cheguei também à conclusão de que estou melhor na segunda metade do ano do que na primeira. Este ano deu-me essa prova e não me permitiu refutar a ideia. O volume de treinos foi muito superior, mas as técnicas, os exercícios e as metodologias de trabalho também foram distintas...para melhor. Contudo, apesar de ter sido assim, não posso deixar de considerar que a maratona de abril foi o elemento que me catapultou para uma subida de rendimento no segundo semestre.

MARATONA DE AVEIRO - ABRIL 2019

Primeira edição e logo numa data muito especial e numa cidade que me falou muito ao coração. O desempenho não foi esplêndido, embora tenha terminado abaixo das 4h (3h49'26''). Não posso dizer que a gestão tenha sido má para enfrentar a dureza do calor, do percurso e da distância, mas, olhando agora em retrospetiva, percebo que não estava num pico de forma, que cometi erros em treinos, mas também com a alimentação. É uma experiência a repetir no futuro, porque me permitirá trabalhar tão metodicamente como o fiz para a prova de novembro. Por questões familiares, em 2020 não poderei ir. Terei uma prova muito mais dura e imprevisível pela frente. Mas voltarei no futuro.

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MARATONA DO PORTO - NOVEMBRO 2019

Não sei explicar, mas acho que se deve ao ambiente e à cidade o facto de considerar esta a minha prova de eleição. Sinto-me verdadeiramente feliz por ir lá correr, por beber todo aquele apoio. É uma prova mágica e tê-la como objetivo faz-me trabalhar muito bem para obter um excelente resultado. Foi, até ao momento, a prestação de uma vida por tudo o que melhorei num só ano e por, mais uma vez, ter percebido que a solução estava dentro de mim, mesmo tendo de reccorer ao exemplo de outros atletas melhores do que eu. Quando deixei de me focar tanto nos lados e comecei a olhar mais para a frente, o desbloqueio aconteceu naturalmente. Acabei a prova com 11 minutos a menos face a 2018: 3h21m58s em 2019!! Fiquei genuinamente orgulhoso e com a certeza de que trabalhei muito bem. Objetivo para 2020: abaixo das 3h20m...quem sabe se dá para as 3h15m?!

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Esta foto foi cortesia da página "Objetiva em movimento".

21
Dez19

Assim corri os trails em 2019


João Silva

Foram poucos os trails que fiz em 2019, o mesmo número de 2018: 2.

Já é sabido que a minha paixão está na estrada e que não tenho nada contra quem corre trails, muito pelo contrário. Contudo, tiro muito mais prazer da estrada e é aí que quero e vou evoluir.

Ainda assim, em jeito de balanço, corri o trail de Sicó e o Anadia Wine Run.

TRAIL DE SICÓ - FEVEREIRO 2019

Uma prova estranha por ter sido a minha primeira do ano e por não ter estado a um excelente nível. Apesar de tudo e de não ter dado para aplicar os conceitos e as estratégias da estrada, serviu para conviver com os meus colegas e para ganhar mais alguma resistência. Tudo tem pontos positivos e esta prova, que teve lugar na minha terra, foi um bom teste. Fisicamente não saí bem, andei uns dias à procura da recuperação, mas valeu a pena: fiz 15 km em 1h36'17''.

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ANADIA WINE RUN - JUNHO 2019

Fiquei desiludido porque esperava algo diferente, sobretudo, ao nível do tempo. O envolvimento foi interessante e valeu pelo convívio, mas entrei a pensar na retoma da estrada e saí com a certeza de que aquela prova nunca poderia contar como fator de análise. Contudo, as 2h que demorei a percorrer os 23 km serviram para aumentar a resistência e para me preparar a sério para um segundo semestre muito intenso.

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20
Dez19

Assim corri as meias maratonas em 2019


João Silva

21 km foi a distância que mais percorri em provas neste ano que agora fecha.

É um segmento que adoro, onde me sinto bem e onde considero que tenho potencial para baixar tempos. Continua a estar atrás das maratonas na minha lista de preferências, mas merece um lugar de destaque. Ao contrário das provas de 10 km, aqui há forma de gerir bem as várias componentes da corrida, desde a postura aos abastecimentos. Além disso, é mais "fácil" de suportar o desgaste, que não é explosivo mas sim prolongado.

O ano começou com a pior marca de sempre no registo e acabou com um recorde pessoal e um desempenho que me deixou feliz e justificou todos os passos dados.

MEIA MARATONA DE ÍLHAVO - ABRIL 2019

1h44'45'', o pior dos piores, num dia em que tudo deu errado, desde a saída de casa até ao regresso. Um momento de aprendizagem a todos os níveis, mas que me deixou muito triste por ter menosprezado partes importantes da gestão de uma prova. Os primeiros 5 km acima do que o corpo dava, o resto da prova a apanhar cacos.

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MEIA MARATONA DA FIGUEIRA DA FOZ - JUNHO 2019

Uma prova que fiz pela terceira vez, embora agora com novo percurso. 1h42'25'' foi o tempo, o pior das três edições, mas tratou-se claramente de uma fase de retoma. Os índices motivacionais e de performance já começavam a apontar para cima. Não consegui manter um nível elevado em toda a prova, tive uma primeira parte complicada, mas recordo que cavalguei nos últimos 5 km. Boas recordações e a certeza de que só podia melhorar.

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ECO MEIA MARATONA DE COIMBRA - SETEMBRO 2019

Depois de um verão fantástico em termos de volume de treinos, mas também de componentes técnicas, um resultado mais dentro da linha dos anos anteriores: 1h35'24''. Mais do que tudo isto, destaco a gestão quase perfeita que só cedeu nos últimos 2 km e que enfrentou muito calor. Foi também a prova em que melhor estive na hora de aproveitar e de gerar desempenho coletivo.

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MEIA MARATONA DE LEIRIA - OUTUBRO 2019

Segunda melhor marca do ano, na altura, a primeira e também recorde pessoal, com 1h30'35''. Em termos de gestão, de capacidade de impressão de ritmo e de jogar com abastecimentos e com a estratégia definida, foi o meu melhor desempenho do ano. Cheguei quase sem força, mas com o coração e a garra levaram-me a conseguir uns 5 km finais dignos de alguém tão dedicado.

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MEIA MARATONA DE COIMBRA - OUTUBRO 2019

Recorde pessoal absoluto com 1h29'25'' (tempo do chip) e com uma felicidade maior do que eu. Porém, a frio, importa referir que não foi tão boa quanto a de Leiria e que tirei partido da primeira parte, apesar de ter sentido também que fiz uma segunda metade com imensa garra e crença de que ia chegar ao que queria.

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19
Dez19

Assim corri as provas de 10 km em 2019


João Silva

Tal como tinha definido em 2018, em 2019 passei a correr em menos provas de 10 km, não por não gostar, mas por ter percebido que o meu foco está nas meias e nas maratonas.

Portanto, além de economizar energias para treinos técnicos, ainda poupei uns euros para provas mais importantes. Tudo é gestão.

Nesta espécie de balanço em provas no ano de 2019,  arranco com a análise às provas de 10 km. 

Não deixa de ser curioso que, apesar de não ter sabido fazer as coisas adequadamente, os resultados revelam precisamente um decréscimo de forma.

Assim:

CORRIDA 4 ESTAÇÕES EM COIMBRA - MARÇO 2019

Numa fase em que estava a tentar perceber o que me tinha acontecido depois da maratona de novembro e em que tentava alinhar o corpo para a maratona de abril, quis fazer uma prova sem ser a "contar", num regime de gestão. Dei-me mal, primeiro, porque não sabia fazer isso, depois por não ter gerido bem a prova. Acabei a arfar com o meu pior tempo de sempre nesta prova: 47'23''.

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CORRIDA 4 ESTAÇÕES EM CONDEIXA - MAIO 2019

Na ressaca da maratona em Aveiro, tentei fazer um brilharete num percurso que dominava por inteiro, já que é o palco principal dos meus treinos. O percurso não enfrentava dificuldades de maior, mas fisicamente não estava bem e precisava de me encontrar. Acabei a achar que tinha sido excelente, mas o relógio desmentiu-me: 46'48''.

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CORRIDA 4 ESTAÇÕES EM SOURE - JUNHO 2019

Mais uma prova de má memória, embora aqui deva ressalvar que é o trajeto mais complexo do circuito. Tenho ideia de ter achado que ia bem, mas na segunda volta percebi que o corpo não estava bem. Foi o início das mudanças em termos de treinos técnicos. Serviu de lição e mais uma "medalha" de piores tempos: 47'25''. Psicologicamente deixou algumas marcas.

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CORRIDA 4 ESTAÇÕES NA VENDA DA LUÍSA - NOVEMBRO 2019

Este ano, esta prova contou com um percurso diferente e com 12 km em vez dos habituais 10, mas, ainda assim, pela sua natureza, decidi incluí-la neste campo de análise. O trajeto era mais do que meu conhecido, tantas foram as vezes que por lá passei no segundo semestre nos diferentes sentidos. Foi uma prova fantástica que superou em larga escala todas as minhas expectativas, tendo feito uns excelentes 50 minutos. Uma prova que voltou a mostrar o quão possível é quando acreditamos em nós e quando temos alguém ao nosso lado que nos vê melhor do que nós próprios. 

 

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