É, maio é o meu mês da boa loucura.
Confesso que nem sei bem explicar qual o motivo. Certamente que o tempo mais soalheiro será propício a boas sensações, mas não deve ser apenas isso.
Então não é que se chega este mês, regra geral, já bem recheado de boas e também de trágicas memórias, e este jovem desata a ganhar uma maior predisposição para diversificar métodos e para experimentar novas modalidades e tipologias de treino.
Em 2019, depois de meses a fio a lutar com quebras de forma, cheguei a esta fase e comecei a carregar na intensidade dos treinos, a retomar as séries e os treinos mais longos. Introduzi o ciclismo de estrada e aprimorei o recurso ao ioga. O pilates apareceu meses mais tarde. Lembro-me ainda que foi precisamente nesta fase que passei pela primeira a marca dos 100 km de corrida numa semana. A perfeita loucura!
Em 2020, por força das circunstâncias, fui obrigado a pensar constantemente em novos estímulos para evitar a estagnação. Desde janeiro que assim foi.
No entanto, foi em maio, depois de dois meses sem pôr os pés o asfalto para fazer uma semana de treinos, que decidi criar um plano de higiene que me permitisse voltar ao sítio onde sou verdadeiramente feliz: as corridas de estrada.
Além disso, neste primeiro mês após o nascimento do meu filho, fui também obrigado a reinventar-me. Que prazer (apesar da dificuldade) me deu pensar em tudo como forma de não estar parado! Até "obriguei" o Mateus a praticar desporto (ainda que ao meu colo), tal era e é a ânsia por não parar. Esse sim é o meu verdadeiro medo.
Portanto, olhando e comparando tudo, diria que maio é o meu mês da reinvenção, da readaptação e do lançamento de alicerces para uma forma física condizente com o que procuro para mim.
Curioso também o facto de este ser considerado por muitos como o mês do coração.
Coração e corrida são suas coisas intimamente ligadas à minha personalidade!
Como é por essas bandas?