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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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01
Abr22

Marasmo provocado pela escassez financeira...


João Silva

Não fiz este post para mostrar que já tive melhores dias em termos financeiros. Escrevi para mostrar três coisas: participar em provas é uma "renda", é importante escolher bem as provas e a vida (desportiva) não acaba sem provas...

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A vida ficou mais cara no último ano e aqui enfrentamos alguns desafios que dificultaram as coisas. Numa fase de instabilidade profissional, chegou o momento em que foi necessário fechar a torneira de financiamento das provas. Para quem não sabe, de um modo geral, a nível amador, as provas são suportadas (salvo exceções) pelos atletas. Se estabelecermos um preço médio de 10€ (normalmente é bem mais elevado), torna-se fácil de perceber que a corrida é um investimento. Mas há muitas coisas mais importantes na vida do que participar em provas.

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Por isso, a grande lição disto tudo é que uma seleção criteriosa de provas pode valer ouro. Entre janeiro e março, fiz cinco provas. Depois fui obrigado a cortar essa "despesa" e fiquei "apenas" com a maratona do Porto em novembro (porque já me tinha inscrito meses antes). À luz do que sei hoje, apesar das boas experiências e dos bons resultados (sobretudo em estrada), não teria participado em três delas. Teria espaçado mais as provas pelo calendário. Se assim fosse, teria conseguido financiar uma grande prova, por exemplo, ou uma prova média e outra mais pequena. Não foi assim, paciência. O que fiz também valeu ouro.

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Por fim, a questão das provas no seguimento de um plano de treinos. Aprendi este ano as vantagens do treino direcionado. Não ter "o sumo" das provas retira, à primeira vista, algum encanto. No entanto, ainda não se paga para correr na rua.

E nem tudo é mau: não ir a provas abre-me a perspetiva de trabalhar com objetivos intermédios volantes (definir, por exemplo, um dia para fazer uma meia maratona em treino, organizar treinos conjuntos longos, etc. ). Acima de tudo, abre-me a possibilidade de estar mais de seis meses a preparar uma maratona. Aumenta a "pressão" de um bom resultado, mas também me dá a melhor ferramenta da corrida: o tempo.

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