Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Redes sociais

Palmarés da minha vida

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Baú de corridas no blogue

Em destaque no SAPO Blogs
pub
03
Set23

Conversas à espera de acontecer (vídeo)

#4 Ana Fernandes


João Silva

Esta entrevista aconteceu e foi divulgada ainda antes do verão.

Por lapso, este momento, que foi dos mais prazerosos de gravar, não foi divulgado aqui.

Posto isto, está na hora de vos dar a conhecer uma pessoa que admiro muito na corrida, mas, sem conhecer muito a sua faceta mais privada, arriscaria a dizer que também lhe reconheço abnegação e dedicação enquanto traços de personalidade.

Vejam e revejam aqui a Ana Fernandes.

26
Jun23

Conversas à espera de acontecer (vídeo)

#3 Maria João Benquerença


João Silva

Hoje sai mais um episódio de uma rubrica que me enche o coração.

Há sempre conversas à espera de acontecer. Esta já o era muito antes de eu e a João, como carinhosamente alguém lhe chama, nos conhecermos.

Esta mulher é fogo. No bom sentido. Também não quero problemas, não é por nada que lhe chamam a Treinadora Nazi (#marthaknowsitbetter)!

A entrevista decorreu a 29 de abril, precisamente no momento em que jantávamos em casa do nosso bom amigo Basílio logo após uma prova na Corrida 4 estações de Condeixa.

Houve de tudo: protestos pela hora, problemas de luz, chatices com a câmara, mantas para o camara man e conversa. Palavras. Ideias, partilhas. Das boas, que nos aquecem o coração. 

Então não é que a Maria João decidiu contar como é correr com três filhos em casa. E como foi abrandar a sua evolução quando apareceu a pandemia.

Podem encontrar toda a entrevista aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=Z6297NIrAQo

 

P.S.: Importa referir que a imagem teve alguns problemas de qualidade devido à gravação noturna. Ainda assim, é tudo percetível e bem audível. Espero que vos traga tanto prazer a ouvir e ver quanto me deu a mim entrevistar a Maria João!

20
Mai23

Conversas à espera de acontecer (vídeo)

#1 - Basílio Simões


João Silva

Hoje trago história a este blogue.

A partir de agora, as entrevistas que fazia por escrito a atletas passaram a ser conversas gravadas... De forma natural.

A primeira ganhou vida hoje. O protagonista é Basílio Simões, maratonista meu vizinho e que também faz parte da ARCD Venda da Luísa. 

A conversa foi gravada em Aveiro, pouco depois de o Basílio ter feito mais uma meia-maratona e na ressaca da maratona de Paris.

Podem encontrar a conversa no meu canal de YouTube e lá ficarão a saber que o Basílio tem 55 anos e corre há cerca de 5, que é uma pessoa ambiciosa e que pegou nas maratonas de estaca. Tem quebrado os seus próprios recordes pessoais e as maratonas internacionais já são uma realidade bem presente na sua vida.

Recentemente, fez 3h26m em Paris!

Na conversa, também nos explica quem o puxou para estas vidas e onde vê o seu limite. Não, o Basílio não corre, também cuida da sua alimentação. Só não cuida do sono!

Ele explica tudo nesta conversa incrível que teve comigo. Obrigado pela confiança!

E agora deixo-vos com as palavras tal como foram ditas...

Conversas à espera de acontecer

 

10
Abr23

1, 2, 3, uma última entrevista desta vez

Fátima Gramaxo - parte 2


João Silva

E pronto, passou a Páscoa, que espero que tenha sido boa, e agora entrego-vos a segunda parte da entrevista da Fátima Gramaxo, a última neste tipo de apontamento. Podem reler ou ler do início a primeira parte da entrevista desta atleta da ARCD Venda da Luísa.

Aqui veremos uma reflexão mais apurada da Fátima sobre o atletismo.

 

2.ª parte

2023sico2.jpgAventura marcante

Até à data a trail mais marcante que fiz o trail de Piodão, pelas suas paisagens únicas, simplesmente encantador.

Participação em prova mais longa

Meia Maratona da Figueira da Foz, em Junho de 2018: A cidade que me recebeu na minha primeira prova de corrida – 10km, recebeu-me também na minha primeira meia-maratona, a prova mais longa que fiz até à data.

Este dia foi muito marcante para mim e de grande superação pessoal, com muitas emoções à mistura. Recordo os treinos, o ponto de saturação a que cheguei antes da prova e como consegui dar a volta. Os treinos à chuva, coisa que nunca tinha feito antes e que seria impensável para mim no passado, coisa que só é entendida pelos “maluquinhos da corrida”. Terminei a prova radiante e surpreendida com o meu desempenho. Ajudou-me o apoio do meu marido nos treinos e na prova, e ,à chegada, a cereja do bolo, as minhas filhas que atravessaram a meta comigo.

2019_4EstacoesVendaLuisa (1).jpg

Objetivos pessoais futuros

Gostava de voltar a superar-me numa meia-maratona, para manter a motivação de aumentar os kms pois só tenho corrido em provas mais curtas. 

Como vê o atletismo daqui a 5 anos

O atletismo tem atraído cada vez mais atletas, penso que a tendência será continuar a crescer. As inúmeras provas existentes, muito diversificadas, favorecem essa tendência.

Como se vê no atletismo daqui a 5 anos

Daqui a 5 anos quero continuar motivada e a praticar a modalidade.

 

2019TrailBarcouco-JoseAlmeida.jpg

Porque existem tão poucas mulheres a fazer atletismo e porque há tão poucas em provas de grandes distâncias?

Talvez as mulheres não tenham tanto interesse pela modalidade comparativamente com os homens e no caso das provas de grande distância porque exigem uma maior disponibilidade para treinos.

 Existem diferenças de tratamento em relação aos homens?

Na minha opinião, não, pelo menos, que me tenha apercebido delas.

2021_4estacoes.jpg

 

07
Abr23

1, 2, 3, uma última entrevista desta vez

Fátima Gramaxo - parte 1


João Silva

Esta vai sera última entrevista neste formato mais tradicional. A ideia não é acabar com o processo, é transformá-lo, adaptá-lo aos tempos e melhorá-lo. Estou a trabalhar nisso e terei novidades no futuro.

Por agora, deixa-me feliz partilhar convosco a entrevista da Fátima Gramaxo. Antes de mais, é minha "vizinha" e já é mais do que uma colega corredora. É uma espécie de parceira de histórias recambolescas de "espionagem" polvilhadas com muito humor britânico.

Contudo, o que me interessa mais neste caso é que possam conhecê-la como corredora e pessoa ligada ao desporto.

Fiquem, pois, com a primeira parte da entrevista da Fátima Gramaxo:

2019_4Estacoes-Coimbra.jpg

Nome

Fátima Gramaxo

Idade

41

 Equipa

A equipa de que faço parte é muito mais do que uma equipa... ARCD Venda da Luísa

 

Praticante de atletismo desde

Fiz a minha primeira corrida em 2017. Em miúda não gostava nada de desporto e muito menos de corrida,  fazia parte do grupo de alunos que, nas aulas de educação física, inventava desculpas para ficar no banco, apenas a exercitar as cordas vocais. Nunca me identifiquei com a prática. Já adulta comecei a fazer aeróbica e outras aulas semelhantes, em grupo, uma forma de exercitar o corpo e a cabeça. Em 2016, depois de uma dieta rigorosa, percebi que se queria manter o peso e melhorar a saúde e que precisava de fazer algo mais pelo meu corpo, o prazer de comer teria de ser compensado com algo mais eficaz do que o exercício que fazia até esta data. Em abril de 2017 decidi começar a correr e assim nasceu a paixão. Nas primeiras corridas, no choupal, acompanhada pelo meu marido, que teve um papel essencial nessa altura e andava ao meu lado enquanto eu corria, de tão lenta que eu era, na verdade ainda continuo a ser... O choupal foi durante meses o meu local de eleição para a corrida, comecei por aumentar a distância e depois a velocidade. No final desse ano fiz os meus primeiros 10km em prova, na São Silvestre da Figueira da Foz, um momento épico.

2019MeiaMaratona- FigueiraFoz (1).jpeg

Modalidade de atletismo preferida

Não tenho modalidade preferida: divido o coração entre corrida de montanha e estrada.

Gosto de corrida de montanha mais rolantes, com paisagens cativantes. Procuro percursos que não me levem ao extremo, valorizo a minha área de conforto para conseguir usufruir do momento, cumprir o meu objetivo pessoal e ficar bem comigo e com o meu corpo.  

Noutras ocasiões, prefiro a corrida de estrada, por norma sempre no mesmo percurso, isso permite-me estabelecer comparações pessoais e ouvir melhor o meu corpo.

 

Prefere curtas ou longas distância

Prefiro provas mais curtas, não me sinto preparada para grandes aventuras

 

Na atual equipa desde

Época 2019/2020.

Volume de treinos por semana

Depende das alturas, mas, por norma, 2 treinos semana.

Importância dos treinos

São essenciais, os treinos permitem-nos melhorar o desempenho. A falta deles faz-nos regredir, quer fisicamente quer psicologicamente. Quanto mais treinamos, mais vontade temos de treinar e melhores resultados temos, o que também nos motiva mais, um círculo vicioso. Os treinos são essenciais para a preparação.

2022Monsanto (2).jpgSe tem ou não treinador

Não tenho treinador.

Diferenças existentes entre o atletismo passado e atual

O atletismo está cada vez mais moda, há cada vez mais pessoas a correr e cada vez mais provas.

Histórias insólitas, curiosas ou inéditas

Não me recordo assim de nenhuma história em especial, embora cada trail de treino que faço sejam sempre verdadeiras aventuras pessoais. O meu sentido de orientação, ou falta dele, é ímpar. Já não tenho dedos nas mãos para contar as vezes que estive perdida pelo meio dos montes… talvez por isso privilegie tanto repetir os percursos...

Numa dessas vezes em que me meti em aventuras, sempre sozinha, fiquei sem GPS e sem água, tive uma cãibra abdominal, coisa que desconhecia, por falta de hidratação. O mau estar e sede eram tão grandes que me lembro de olhar para as poças de água e ter pensado em beber, mas consegui resistir ao cocktail...

2023Sico.jpg

 

08
Out22

1, 2, 3, uma entrevista de cada vez


João Silva

Hoje trago alguém que eu próprio não conheço. Essa também é a magia das entrevistas a atletas amadores neste espaço. Gosto genuinamente de saber mais sobre os atletas, porque, em simultâneo, acabo a conhecer a pessoa que calça as sapatilhas para calcorrear os mais variados espaços.

Foi muito bom ficar a conhecer melhor o... Tiago Santos... Spoiler alert: há uma revelação algures no texto que faz deste blogue o espaço certo para o Tiago. Vejam lá se descobrem.

Sigam-me nesta entrevista:

6350201.jpg

Nome

Tiago Lopes dos Santos

Idade

42 anos

Equipa

ARCD Venda da Luísa

Praticante de atletismo desde

2007

Modalidade de atletismo preferida:

Trail

IMG_20201003_145637.jpg

Prefere curtas ou longas distâncias:

Longas, até 80 km.

Na atual equipa desde...

Há 3 anos

Volume de treinos por semana:

Variável, no fundo conforme o tempo livre que sobra da profissão e da família. 2 miúdos pequenos em idade escolar sempre consomem algum tempo.

IMG_20210612_104419.jpg

Importância dos treinos:

Fundamentais. Sobretudo quando se traça objetivos de tempo/ritmo nas provas. No entanto, mesmo sem estes objetivos, os treinos são a parte "saudável" do desporto - não se fica saudável a correr uma maratona ou uma ultra de 80 km... são pequenas agressões para o organismo. Servem no entanto de motivação para os treinos, e estes sim, devem ser em quantidade e qualidade que permitam melhorias na saúde.

Se tem ou não treinador:

Treinador propriamente não, no entanto, sempre tive "mestres" com quem fiz corridas e treinos e com quem muito aprendi: o saudoso Vitorino Coragem e o José Carlos Fernandes, que aliás foi quem me trouxe para a ARCD Venda da Luísa.

Diferenças existentes entre o atletismo passado e atual:

Para falar com conhecimento de causa apenas me posso referir ao trail e aqui as diferenças são óbvias. Em 15 anos passou de uma modalidade para curiosos (1-2 provas por mês, realçando as AXTrail series, onde se viam quase sempre os mesmos corredores a participar), até uma massificação da prática, com 4-5 provas todos os fins-de-semana.

Histórias insólitas, curiosas ou inéditas:

Cada prova é em si uma aventura, sobretudo as longas, daí também a minha apetência por estas últimas. Uma das situações mais engraçadas foi uma paragem no Ti Patamar num dos UTAX em que já participei. A meio da prova, que fazia como sempre na companhia do José Carlos Fernandes e também do João Lamas (que viria mais tarde a organizar esta mesma prova), decidimos parar no Ti Patamar para uma hidratação "especial", com direito inclusivamente a tremoços. Nesta altura fomos ultrapassados por algumas dezenas de corredores incrédulos... mas valeu a pena, as forças recuperadas foram determinantes para chegar ao fim da dura prova!

IMG_20210612_134744.jpg

Aventura marcante:

Todas as provas são aventuras marcantes desde que se tenha a companhia certa.

Participação em prova mais longa:

UTAX 2014, 106 km.

Objetivos pessoais futuros:

Manter minimamente a forma dos últimos anos nos seguintes... um ou outro pódio no escalão seria bem-vindo, mas o mais importante é não ter nenhuma lesão que me impeça um dia de acompanhar os meus filhos em treinos, e quiçá em provas... e não engordar! Também eu fui obeso no passado e o trail foi e continua a ser um incentivo para manter a forma.

received_331145561995512.jpg

Como vê o atletismo daqui a 5 anos: 

Mais uma vez referindo-me apenas ao trail, acredito que o número de provas e atletas diminua qualquer coisa após o crescimento exponencial recente e que se atinja um patamar de equilíbrio.

Como se vê no atletismo daqui a 5 anos:

A participar em cerca de 6 provas por ano, ocasionalmente, a tentar chegar ao pódio do escalão...

Como é que a COVID afetou a evolução como atleta:

No geral prejudicou, pois tendo filhos pequenos em algumas fases da pandemia não tive possibilidades de sair tanto de casa para treinar. E obrigou-me a recorrer a casas de banho "alternativas" nos treinos longos, pois as que costumava usar encontravam-se encerradas... ainda assim com vontade tudo se consegue!

O que mudou nas provas com a pandemia:

Alguma preocupação acrescida com medidas de higiene, incluindo a questão de não usar copos descartáveis nos abastecimentos, esta última também relacionada com questões ambientais.

Essas mudanças são boas para a modalidade:

Acredito que sim. Sobretudo as que também versam a ecologia. Sem planeta não há trilhos...

received_718732186017326.jpeg

02
Set22

1, 2, 3, uma entrevista de cada vez


João Silva

O meu convidado desta entrevista já estava para o ser há muito tempo, mas, por isto ou aquilo, foi sempre adiado.

Desta feita, não o "deixei" fugir da lista.

Há algum tempo, estive com ele numa espécie de parceria da monitorização do Trail da Escarpiada. O que já pensava dele saiu reforçado.

É um tipo porreiro, bem humorado. E com uma experiência neste mundo das corridas de meter inveja. Mas é muito mais como ser humano.

Isso e agora recebeu o estatuto de inválido... para a corrida. E porquê?

O Luís Martins diz-vos já de seguida (confesso que a resposta dele me tocou mais do que esperava, porque penso que terei uma reação semelhante no dia em que/se tal me acontecer):

11.jpg

Nome

Luís Martins

Idade

45 anos

1.jpg

Equipa

ARCD Venda da Luísa

Praticante de atletismo desde

Acho que comecei a correr, algures por 2011 e a primeira prova foi no trail Conímbriga terras de sicó de 2012

Modalidade de atletismo preferida

A modalidade de atletismo preferida???? Não posso falar de outras modalidades de atletismo, pois só fiz corrida, mas trilho vs estrada, acho que prefiro os trilhos, por toda a envolvência, desafios variados, convívio e ver sítios fantásticos durante as provas, mas sempre gostei muito também de me testar em provas de estrada, sobretudo 10km, correr aquele bocado de 40-45 minutos com a frequência no redline e devorar o ar com a boca aberta.

Prefere curtas ou longas distâncias

Curtas ou longas, outra pergunta difícil, em termos competitivos sempre me safei melhor nas curtas e como disse anteriormente gosto da sensação do redline, mas fui ganhando o gosto pelas longas e aprendendo a digerir calmamente os km, a ter paciência para lá andar e as sensações ao longo de uma prova longa são mais variadas e imprevisíveis. As provas longas trazem muitos ensinamentos que podemos levar para todas as situações de vida, por isso tendo que escolher, seriam as longas distâncias

2.jpg

Na atual equipa desde

2018

Importância dos treinos

3.jpg

Atualmente não treino corrida, tive um acidente grave no joelho esquerdo com rutura do ligamento cruzado posterior, entre outros estragos, o que me dá instabilidade para correr de forma consistente, mas quando treinava corrida, fazia-o entre 4 a 5 vezes por semana. Os treinos são essenciais em qualquer desporto, mas na corrida continua-se a pensar que treinar corrida, é só correr. Mesmo sem ser numa vertente muito competitiva a corrida é um desporto muito exigente para as estruturas osteoarticulares e musculares, com muito risco de lesão, por isso o treino de corrida ou para corrida deve ser mais amplo do que apenas correr.

Se tem ou não treinador

Não tenho treinador e nunca tive, mas reconheço a importância de uma orientação profissional, para uma prática sustentada e saudável, como disse anteriormente.

4.jpg

Histórias insólitas, curiosas ou inéditas

História: entre muitos momentos marcantes pelo companheirismo, alegria e partilha antes, durante e após as provas ou treinos em grupo, guardo na minha memória o primeiro treino que fiz de trail com um grupo de “vedetas”, era um treino organizado pelo Fernando Fonseca, talvez em janeiro, de 2012 para ver os trilhos para o Sicó desse ano. Nesse treino estava o Fernando Fonseca e a Céu, o Jorge Justo, José Carlos Fernandes, o saudoso Vitorino Coragem, Victor “Laminha” Ferreira, os “cavalos” da equipa dos CTT na altura (Fernando Carvalho, Marcio, Rui Rodrigues e os Paulos), ou seja foi um batismo abençoado pelos dinossauros do trail.

Aventura marcante

5.jpg

A aventura/ prova mais marcante foi a minha primeira participação nos 111km de Sicó, pois fiz de vassoura até sensivelmente metade do percurso (Santiago da Guarda), parte que foi feita de noite, com muito frio e muito demorada, pois os atletas que acompanhei decidiram fazer todo o percurso a andar, chegado a Santiago da Guarda passei a “vassoura” a outro colega e daí arranquei sozinho para o restante percurso, com muitas dificuldades na parte final e a sensação de superação ao chegar à meta na praça de Condeixa, já noite cerrada, é indescritível.

Participação em prova mais longa

Prova mais longa 111km de Sicó

6.jpg

 

 

Objetivos pessoais futuros

No futuro gostava eventualmente de voltar a conseguir correr e participar numa ou outra prova, certamente curta e sem comprometer a saúde. A corrida teve e ainda tem um lugar muito especial, na minha vida. Quando tive que deixar de correr, senti-me perdido, pois o meu tempo livre e lúdico era quase exclusivamente centrado na corrida. Entretanto substituí a corrida pelo ginásio, não é a mesma coisa, mas fui surpreendido, nunca pensei gostar tanto e me sentir tão desafiado, dentro de 4 paredes. Tenho que agradecer a todo o staff do AdhocGym e aos colegas que frequentam o ginásio que, mesmo sem saberem, contribuíram para esta transição forçada, dolorosa, mas que hoje em dia é-me muito prazerosa. Sei que certamente no futuro farei sempre qualquer coisa que me desafie, me faça transpirar e disparar a frequência cardíaca.

7.jpg

Como vê o atletismo daqui a 5 anos

Acho que as provas de trail e estrada vão estabilizar e ter mais qualidade, os próprios praticantes penso que se vão iniciar de forma mais consistente e apoiada, mas acho que o boom de praticantes veio para ficar.

8.jpg

Como se vê no atletismo daqui a 5 anos

Daqui a 5 anos provavelmente estarei no atletismo como apoiante, durante a primeira parte, dos colegas da Venda da Luísa e outros amigos que fui fazendo, na segunda parte da prova, entro forte para colaborar com os colegas e, se possível, quem sabe, a fazer uma pernita numa prova ou outra pequenita.

9.jpg

Como é que a COVID afetou a evolução como atleta?

Quando veio a Covid, já não corria por isso como pseudoatleta não me afetou em nada, como praticante de atividade física, obrigou-me a criar alternativas para conseguir manter alguma atividade física, embora se perca a interação social que para mim é muito importante.

O que mudou nas provas com a pandemia?

Pelo que me fui apercebendo, houve numa fase inicial algumas adaptações para continuar a haver provas, hoje em dia as restrições são quase nulas e os preços das inscrições dispararam.

Essas mudanças são boas para a modalidade?

A pandemia pode ter trazido coisas positivas para toda a sociedade e também para a corrida, deu tempo para as pessoas pararem, darem valor ao que se tinha como adquirido, as mudanças nas organizações relacionadas com a Covid penso que vão cair e depois, como sempre, as provas serão alvo dos processos de seleção natural.

10.jpg

 

Legenda das fotos pela ordem de apresentação:

  • 111k sicó 2018 vassoura
  • Primeira prova - trail de sicó 2012
  • Corrida dos moinhos de Penacova 2012
  • Chegada na minha primeira maratona de trail Almourol 2013
  • Um dos poucos pódios, na corrida 4 estações em Soure 2018
  • Chegada na primeira meia-maratona de estrada em Cortegaça 2013
  • Primeira vez que vesti a camisola da Arcd Venda da Luísa, num treino, nas férias 2018 no Algarve
  • Última prova que fiz, já após a lesão e por teimosia, 15k de sicó 2020
  • Chegada à meta nos 111k de Sicó 2019
  • Lousã trail 2019
  • Trail do Infante Penela 2018
04
Mai22

1, 2, 3, uma entrevista de cada vez


João Silva

Hoje é dia de mais um rapaz atleta ainda moçoilo nestas andanças mas que dá sinais de gostar disto a que chamamos corrida... É mais "um dos nossos". Por agora, está a apostar nas curtas distâncias (e parece-me que faz muito bem). No entanto, também ambiciona voos mais elevados. 

É prático, não está com rodeios mas nota-se que desfruta deste desporto.

Fiquem, pois, com o Ivo Carrito:

4 estações inv. 2022.JPG

Foto: Corrida 4 estações de inverno, em Coimbra, 2022

Nome

Ivo Manuel dos Santos Carrito 

Idade

27

Equipa

ARCD Venda da Luísa

4 estações inverno 2022.JPG

Foto: Corrida 4 estações de inverno, em Coimbra, 2022

Praticante de atletismo desde

2020

Modalidade de atletismo preferida

Trail

Prefere curtas ou longas distâncias

Prefiro Curtas.

Na atual equipa desde

Época 2020/2021

Volume de treinos por semana

Tenho semanas que nem treino corrida mas normalmente só descanso ao fim de semana com 3 dias de corrida, em estrada ou em trilhos, e 2 de ginásio para reforço muscular.

Importância dos treinos

Os treinos são sempre importantes para atingirmos os nossos objetivos e para evitarmos lesões.

 

15k Sicó 2022 2.JPG

Foto: 15 km no Trail de Sicó em 2022

Se tem ou não treinador

Não tenho treinador.

Diferenças existentes entre o atletismo passado e atual

Bastantes diferenças, como por exemplo, não havia tanta escolha de material desportivo e a tecnologia como os relógios gps foi uma evolução grande para os treinos e provas.

Histórias insólitas, curiosas ou inéditas

Para a quantidade de provas que fiz, que foram 4, não tenho assim uma história insólita que me lembre. 

15k Sicó 2022.JPG

Foto: 15 km no Trail de Sicó em 2022

Participação em prova mais longa

TAUT, 18 km que no fim foram 20 km. 

Objetivos pessoais futuros

Conseguir fazer uma prova mais longa e já estou inscrito nos 27 km do Gerês.

Como vê o atletismo daqui a 5 anos

Espero vê-lo mais evoluído e com mais malta jovem a participar em Trails.

 

Trail Encostas do Mondego 2021.JPG

Foto: Trail Encostas do Mondego 2021

Como se vê no atletismo daqui a 5 anos

Só o futuro o dirá, mas pretendo avançar para as longas distâncias.

Como é que a COVID afetou a evolução como atleta?

Afetou muito porque estava com uma boa forma física já para participar a provas e com as restrições, fecharam os ginásios e provas canceladas o que me levou a alguma desmotivação.

O que mudou nas provas com a pandemia?

Eu antes da pandemia nunca tinha participado uma prova, mas pelo que tenho visto nas que tenho ido, implementaram novas regras tais como o certificado digital, a máscara na partida e na meta entre outras.

11
Mar22

1, 2, 3, uma entrevista de cada vez


João Silva

Hoje venho dar-vos a conhecer mais uma atleta. Desta feita, mais uma conhecida, que, curiosidade das curiosidades, começou a correr na equipa ARCD Venda da Luísa no mesmo ano que eu, em 2018.

Outra curiosidade, em jeito de brincadeira, esta atleta está sempre barrada(s) (piada explicada no nome da colega). 

Tem sempre um ar bem disposto e procura espalhar animação e dar apoio nos vários eventos da equipa. Tudo isto bons ingredientes para querermos a ficar a saber mais sobre esta atleta, que alimenta o sonho de fazer uma maratona. Algo que deixa sempre muito satisfeito.

Fiquem, pois, com a Marisa Correia:

FB_IMG_1626124578964.jpg

Foto: Participação no competição distrital de veteranos 

Nome:

Elisabete Marisa Barradas Correia

Idade:
36 Anos

Equipa:
ARCD Venda da Luísa

Praticante de atletismo desde:

2018

Modalidade de atletismo preferida:
Trail

200301-62240.JPG

Foto: Trail Meda de Mouros 2019, a primeira prova pela equipa

Prefere curtas ou longas distâncias:

Curtas distâncias

Na atual equipa desde

Dezembro de 2018

Volume de treinos por semana:

2 treinos de corrida intercalados com treinos no ginásio, mas sempre dependendo da minha disponibilidade pessoal e familiar.

20210828_200527.jpg

Foto: "As minhas filhotas, que passam horas  sem a minha companhia para eu poder treinar ou ir a provas. São o meu orgulho!!"

A importância dos treinos:
No meu caso, os treinos são importantíssimos. Quando, por algum motivo, não vou treinar ou treino menos, noto logo diminuição no desempenho e na resistência da corrida. Sendo, também importantes os treinos de ginásio para reforço muscular, de modo a prevenir eventuais lesões.

Se tem ou não treinador:

Não tenho treinador. Os meus treinadores são os/as colegas mais experientes que me dão conselhos e que “puxam” por mim nos treinos.

received_416590509010671.jpeg

Foto: Os animados convívios da equipa

Diferenças entre o atletismo passado e o atual:

Considero-me novata nisto do atletismo, por isso não posso me pronunciar sobre o passado. No entanto relativamente ao trail noto uma adesão cada vez maior.

Histórias insólitas, curiosas ou inéditas:

Em outubro do ano passado fui com uma amiga fazer a meia maratona em Lisboa e a certa altura no hotel onde ficámos toca o alarme de incêndio às 2 horas da manhã, um susto tremendo e, no dia seguinte, a minha amiga acordou com uma enorme dor de costas, quasen ão se mexia. Depois do susto e da dor de costas melhorar, a prova fez-se e correu muito bem. Mas em todas as provas acontece sempre alguma coisa que seja inesquecível, ou um “esbardalhanço”, ou alguém que se perde, ou alguma dor de barriga {risos}…

20211017_124945.jpg

Foto: Participação na Luso meia maratona 2021

Aventura marcante:

Participação na Luso meia maratona 2021, só eu e uma amiga, sozinhas em Lisboa, sem termos experiência em corrida de estrada, conseguimos fazer os 21 km (coisa que há uns anos era impensável para mim).

Participação em prova mais longa:

Sicó 2020 25 km

FB_IMG_1552412429268.jpg

 Foto: Trail do Infante 2019 com as culpadas de ter o "bichinho das corridas"

Objetivos pessoais futuros:

Conseguir fazer uma maratona

Como vê o atletismo daqui a 5 anos:

Espero que tenha uma evolução positiva e com cada vez mais jovens interessados nesta modalidade.

FB_IMG_1626137534724.jpg

Foto: Participação no competição distrital de veteranos 
Como se vê no atletismo daqui a 5 anos?

Espero ter muita forçinha nas pernas para correr e continuar a ser uma “laranjinha”.

Porque existem tão poucas mulheres a fazer atletismo e porque há tão poucas em provas de grandes distâncias?

É um desporto onde o sexo masculino é predominante mas, na minha opinião, é notório que cada vez mais mulheres participam em provas de corrida, tanto de estrada como de serra.

received_1546644358817073.jpeg

Foto:  A primeira prova de trail, Castellum trail 2018

Existem diferenças de tratamento em relação aos homens:

Nunca me apercebi de tal diferença.

Como é que a COVID afetou a evolução como atleta?

Inicialmente, com as inúmeras restrições era difícil treinar e em grupo quase que impensável o que provocou na altura alguma desmotivação.

FB_IMG_1547413387084.jpg

Foto: Sicó 25 km

O que mudou nas provas com a pandemia?

Foram implementadas novas regras, como a apresentação de certificado digital e limitação de participantes. Mas onde se nota mais essa mudança é nos convívios que existiam depois das provas, fazendo desaparecer um pouco do espírito que tanto caracteriza o trail.

Essas mudanças são boas para a modalidade?

Penso que não. Alguns atletas não participam em provas devido a tanta exigência, assim como as constantes alterações e cancelamento de provas têm prejudicado a modalidade.

03
Fev22

1, 2, 3, uma entrevista de cada vez


João Silva

Nem todos os atletas têm de andar motivados o tempo todo. Na verdade, a motivação vai e vem ao sabor dos objetivos e da realidade que nos rodeia.

No dia em que propus esta entrevista à minha convidada, encontrei-a numa fase de menor fulgor. Não admira! Esta época maluca que vivemos, de uma forma ou de outra, acaba por nos afetar. A ela retirou-lhe a vontade de treinar. E há mal nisso?

Propus-lhe então fazer deste conjunto de pontos uma espécie de trampolim para, eventualmente, encontrar a motivação. Espero que ajude todos a perceber que ninguém é imune a quebras de vontade e que não há mal nenhum nisso. No fim de contas, correr é uma terapia, mas ninguém disse que não pode ser também a causa do problema. 

Por outro lado, viajar naquilo que nos fez e faz querer correr pode ajudar a desbloquear a cabeça. E a cabeça é que manda.

A minha entrevistada dá pelo nome de Carla Freire e desde o início que a conheço como uma pessoa simpática e muito sorridente, que, claramente, corre pelo prazer que tem em sofrer nas grandes distâncias. Mas sofrer a sorrir não é para todos.

Fiquem, pois, com a Carla Freire:

received_969774576978803.jpeg

Foto: primeiro trail, MUT em 2017

Nome

Carla Freire

Idade

Índia desde 1975

Praticante de atletismo desde

 Desde 2015 mais coisa menos coisa. Sem filiação em equipas.

Modalidade de atletismo preferida

 Trail running

Prefere curtas ou longas distâncias

 Longas e devagarinho para desfrutar bem dos trilhos e no fim só mexer os olhinhos.

received_2021066411387240.jpeg

received_620556379224854.jpeg

Foto: primeira ultramaratona, Trail dos Abutres, 44 km em 2019

Na atual equipa desde

2017

Volume treinos por semana

Atualmente nenhuns. Mas quando corria qualquer coisita fazia 3 treinos por semana.

Importância dos treinos

Os treinos são importantes para ajudar a atingir os objetivos a que nos propomos e sem dúvida para nos fortalecer e evitar lesões.

Se tem ou não treinador

Não

Diferenças existentes entre o atletismo passado e o atual

Não faço ideia. Sou apenas uma corredora amadora. Corro pelo meu bem-estar físico e psicológico. Mas acho que se tem ganho mais adeptos ao longo destes anos.

received_259188916306933.jpeg

Foto: primeiro pódio, Fktrail 2019.

Histórias insólitas, curiosas ou inéditas

Uma história inédita. Eu a chegar à meta de noite na Ultra de Sicó em 2020, fartinha de andar por lá e a primeira coisa que disse quando cheguei foi uma grande asneira. Mas grande mesmo! E logo por azar o speaker Hugo Águas coloca o microfone perto da minha boca para me fazer uma pergunta e ouve-se o palavrão alto e em bom som por Condeixa e arredores. Foi o timing perfeito. Morri!

Aventura marcante

Tenho várias. A minha primeira experiência com o trail na prova do Mut 10 km em 2017 na companhia da minha sobrinha, ex-laranjinha (alcunha de quem representa a ARCD Venda da Luísa). A minha primeira Ultra nos Abutres, 44 km, em 2019 com um entorse feito a 8 km da meta. O meu primeiro pódio no FKTrail em 2019 na companhia da minha amiga e companheira de treinos Carla Patrícia. Prova em Portalegre, Trail dos Reis, 46 km, em 2020 onde fiz mais um entorse logo aos 5 km, ainda consegui chegar ao último abastecimento e já levava 40 km. Aí fui barrada por 7 minutos. Caiu-me tudo. Tanto esforço, dor, determinação para nada. Completamente frustrada. Ainda hoje culpo o Zé das fotos! (Risos

MUT, 24 km, em 2021, onde me perdi e fui desclassificada. Descabelada e cheia de silvas no cabelo, mas cortei a meta! #atéuivas

received_340623750912351.jpeg

received_1068895167228950.jpeg

Foto: trail dos Reis, 46 km, 2020

Participação em prova mais longa

Sicó 57 km

Objetivos pessoais futuros

Ultra Transpeneda (Gerês).

Participar num Mediofondo. 

Fazer a Rota das Carmelitas de bicicleta.

Como vê o atletismo daqui a 5 anos

A evoluir cada vez mais, assim espero.

Como se vê no atletismo daqui a 5 anos

Espero voltar a encontrar a minha motivação que perdi entretanto pela corrida.

Voltar a correr feliz. Sem medos. Sem lesões. Sem pandemia.

#Alwayswithasmile

Porque existem tão poucas mulheres a fazer atletismo e porque existem tão poucas pessoas em provas de grandes distâncias?

Existem poucas mas boas! Atualmente veem-se bastante mais e até a dar aquela malha nos atletas masculinos.

Existem diferenças de tratamento em relação aos homens?

Nunca senti isso.

received_483188063149872.jpeg

Foto: trail de Sicó, 57 km, em 2020

Como a Covid afetou a evolução como atleta?

Para além das lesões que me fizeram desmotivar e perder a confiança, a falta de tempo para treinar, o caos em que o país se encontra por causa deste maldito vírus deixou-me pessoalmente afetada. Deixei de ter vontade.

O que mudou nas provas com a pandemia?

Tudo! Para além da implementação de medidas de prevenção, testes, distanciamento, uso obrigatório de máscara, postos de abastecimentos reduzidos. Deixou de haver aquele convívio, aquela força energética dos apoiantes pelos trilhos fora. Perdeu-se um pouco a magia.

received_357100129559581.jpeg

Foto: MUT, 24 km, em 2021

Essas mudanças são boas para a modalidade?

Não. Acho que as pessoas sentem-se mais salvaguardadas ao não participar nas provas. Deixamos de ter aquela liberdade e perde-se um pouco o espírito do verdadeiro trail. Até aquele momento da partida fica diferente. É a minha opinião.

 

 

 

Redes sociais

Palmarés da minha vida

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Baú de corridas no blogue

Em destaque no SAPO Blogs
pub