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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje estou na segurança de meias maratonas e maratonas. Além disso, sou pai de um menino e sou um apaixonado pela mente humana. Aqui e ali também gosto de cozinhar. Falo sobre tudo isso aqui.

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03
Jan22

Um balanço de 2021 com números à mistura


João Silva

Mudança de ano é também sinónimo de análise a tudo o que se passou.

Costumo analisar evolução, desempenho, atitude, aspetos pessoais e de treino.

Faço-o de forma qualitativa. Não pontuo nada. No entanto, dá um certo gosto materializar treinos e quilómetros em números.

Neste caso, trago-vos a evolução quantificada e separada por meses. 

Não interessa fazer muito, importa que se faça bem. No meu caso fiz muito mas pouco foi, de facto, produtivo. Em termos de treino, isso foi ainda mais evidente. 

Corri muito. Sofri por causa disso e tive uma quebra de rendimento em maio. Demorei muito a restabelecer a normalidade e mantive a questão do volume.

Procurei mudar o que estava mal, as coisas melhoraram entre a segunda metade de junho e o início de setembro. Até que me lesionei a sério, tive direito a dores, fisioterapia, uma paragem de dois meses que me roubou a participação na maratona do Porto e a um regresso faseado mas azarado entre novembro e dezembro.

Acabei o ano a ter de baixar tudo: forma, expectativas, objetivos.

Ainda assim, consegui voltar ao convívio com alguns colegas de equipa e pude voltar a correr em provas (e que bela surpresa tive em termos de resultados). 

Voltou-se ao sururu do corona e, com isso, o medo cresceu e lá tive de ceder e abdicar outra vez de uma das minhas provas preferidas, a São Silvestre de Coimbra.

Foi necessário baixar tudo outra vez (expectativas, etc.) em termos desportivos e pessoais. Este início de ano traz uma certa dose de incerteza e isso faz-me tremer ainda mais.

No fim do ano de 2021, ficaram estes registos:

Registo de todas as atividades físicas (corrida, bicicleta estática e caminhada)

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Registo de corrida:

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09
Set21

Assim para o francamente estranho


João Silva

O ano já vai bem longo.

Como esperado, começou mal para todos e obviamente que há muitas coisas piores do que um tipo que corre e que não consegue chegar onde quer.

Ainda assim, tem sido um ano muito complicado e aquém do que esperava.

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O primeiro trimestre de 2021 trouxe-me uma dura realidade de treinos a um ritmo muito baixo. Nunca me consegui desenvencilhar verdadeiramente dos problemas musculares que fui tendo por causa do excesso atividade. 

Desde logo, foi tudo obra de cansaço e de incapacidade para parar nos momentos certos.

Nada tenho a dizer do volume. Dificilmente conseguiria meter mais quilómetros nas pernas e dificilmente isso seria produtivo, se é que assim já o é (não é). Por outro lado, a quantidade foi uma forma de ludibriar a falta de capacidade para me centrar nos aspetos técnicos.

Poderia dividir o primeiro semestre em duas grandes fases, a primeira de janeiro a abril e a segunda de maio a junho.

Na primeira parte, como disse e se vê, corri muito e sempre acima dos 600 km. 

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Porém, o final de abril marcou o alcançar dos 50 km e, com isso, algumas mazelas físicas devido à minha falta de descanso.

Já tinha previsto que o mês de maio seria de recuperação, mas, uma vez mais, entusiasmei-me e abusei. O corpo deu logo conta de si com grande estrondo. Cheguei a correr com fortes dores numa das virilhas e não conseguia correr muito. 

Mas o que é um "azar" pode virar uma grande sorte. 

O mês de maio foi um mês que serviu para aprender a mudar a postura e o pé de apoio.

Por força das dificuldades de sono do Mateus, passei a correr menos, sobretudo, ao fim de semana, daí a descida do volume de quilómetros.

Por outro lado, valha a verdade: o estado físico em que me encontrava não me permitia correr 3 h em cada dia de fim de semana do dito mês. Portanto, este "mal" também me devolveu alguma frescura física.

Essa frescura começou a surgir efeito em junho. Na segunda quinzena do mês, consegui várias vezes atingir bons níveis de treino. Houve dias em que cheguei ao fim todo rebentado mas com uma enorme sensação de prazer e felicidade.

Valha a verdade, tudo o que correu mal nos primeiros quatro meses do ano serviu de mecanismo impulsionador para despertar em mim a esperança de que voltaria a correr uma maratona oficial.

Veremos se assim é!!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

16
Mar21

São eles que nos levam para o mundo deles


João Silva

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O 1.º gelado de leite materno do Mateus

A frase não é minha, vi-a numa série (Candice Renoir) e nem serei o único pai a sentir o que ela transmite, mas deixou-me a pensar no quão verdade é.

Referia-se ao facto de serem os filhos a levar-nos para o mundo deles e não o contrário. Ou seja,  nós não os trazemos para o nosso mundo, mergulhamos inteiramente e de cabeça no deles.

Não tenho a menor dúvida de que é mesmo assim.

No meu caso, é ele que me ajuda a ser melhor, a ter mais calma, a ser feliz, mesmo quando não estou para aí virado. Tirando a mãe, é o único capaz de me pôr um sorriso genuíno no rosto. O que me dá a mim é mais do que alguma vez lhe conseguirei dar. O mínimo que posso fazer por ele é, juntamente com a mãe, ser um exemplo de cidadania e ensinar-lhe o valor do respeito por si e pelos outros.

Portanto, quando passo por problemas e olho para ele, é ele que me faz descer ao seu mundo e que me enche a alma e o coração.

Resumindo sem conseguir transmitir tudo aquilo que sinto: os filhos são a poção mágica da vida dos pais. 

Reveem-se nesta ideia? 

03
Mar21

Se faz diferença? Ai se faz!


João Silva

Hoje falo mais um pouco das sapatilhas de corrida, desta feita, sobre a influência que o seu peso pode ter no desempenho.

Se estivermos a falar de um ou dois treinos por semana, a questão do peso não se deve colocar, porque não há uma grande exigência. Tudo serve. Aí, dentro de certos limites, tudo serve para correr.

Quanto a prática começa a ser superior a dois dias e a sessões de uma hora, acreditem, tudo tem influência. Não indo eu para calçado com placas de carbono nem mais leve dentro de gamas de preço mais elevadas, fico-me por gamas mais baixas, que são, à partida, mais pesadas. 

Ainda assim, há aquelas que pesam uma "tonelada". Há uns tempos, falei-vos das Joma Vitality.

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Adorei as sapatilhas, mas eram pesadas e só me apercebi disso quando voltei a recorrer à gama Kalenji, que já usava anteriormente.

 E onde percebi isso? Na passada, na elevação do pé e no alívio do joelho. Que diferença, meus senhores! E até já estava avisado e já sabia que isso tinha influência no corpo. Portanto, até aqui, nada de novo. No entanto, sentir toda aquela diferença foi como uma chapada de luva branca. 

No treino dessa mudança, não houve diferenças de tempos ou ritmos, mas notei o meu corpo menos castigado no momento das passadas (apesar de andar cansadíssimo e foi por isso que o tempo foi igual). 

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Portanto, aqui fica um conselho que me parece útil: seja qual for a gama de preço, vejam se há alguma sapatilha mais leve que vos sirva. Vão notar uma grande diferença! 

 

 

18
Jan21

Há o risco de os perder?


João Silva

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Refiro-me ao reforço e à massa muscular. Na verdade, se não for estimulada e trabalhada, a massa muscular vai embora. É algo factual e a pergunta persegue-me desde que o meu treino sofreu alterações.

Passo a explicar: a gestão profissional e o nascimento do Mateus obrigaram-me, como seria inevitável, a mudar o meu sistema de treinos. O tempo está mais contado e precisava de ser prático: a corrida é muito mais "rápida" de executar do que sessões de reforço muscular de 1 h, desde logo porque o descanso entre séries prolonga o tempo da sessão, o que me iria prejudicar no resto.

Assim, ainda antes do nascimento do meu filho fui cortando no tempo dedicado ao reforço muscular. Se antes a relação normal era de 1h para corrida e 1h para reforço, mudou para 1h30/30m e, nos cinco primeiros meses de existência do meu pirralhito para 2h de corrida.

Nesta última fase, passei a fazer 10 minutos por dia de reforço. Recorria apenas aos exercícios básicos e fundamentais para não perder massa muscular. Não é uma situação fácil, porque, sobretudo os músculos lombares, do core e dos glúteos são vitais para a corrida, pois dão estabilidade e garantem o suporte necessário para enfrentar o desgaste de corridas longas. Havendo perda, a postura é dos elementos mais afetados, podendo levar a lesões.

A juntar a tudo isto, a corrida tem a particularidade de fissura tecidos no processo. Se não houver repouso para fomentar a regeneração, a massa muscular não fica bem. Portanto, abdicar de reforço muscular pode originar a perda dos músculos. Não foi fácil gerir esses receios todos durante o tempo em que não me pude dedicar ao reforço. Ainda assim, sempre que podia, fazia 5 ou 10 minutos deste tipo de trabalho. Não se perde tudo e acabamos por usar as possibilidades que temos.

Haja vontade e alguma paciência. 

14
Jan21

Vamos lá tentar a sorte em 2021


João Silva

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Já lá vão 4 anos de corrida, muita mesmo. Já sei onde posso ir, onde o corpo deixa e como me defender das adversidades. 

Em termos genéricos, gostaria um dia de fazer menos de 3 horas na maratona. Por agora, é um passo muito maior do que a perna. Ainda assim, trabalhando bem em 2021, é possível fazer 3h30 (seriam menos 17 minutos face a 2019 naquela mesma prova) em Aveiro.

Quanto à do Porto, o meu principal objetivo é tirar um minuto ao meu recorde e fazer 3h20. Com um pouco de sorte (bem trabalhada e provocada), penso que é possível acabar com 3h15. Os treinos longos de 2020 deram-me esse alento. 

Quanto às meias maratonas, objetivo maior para 2021 é fazer 1h25. Implica tirar muito ao meu recorde de 1h29, pois a margem do meu corpo já não é assim tão grande. Terei de compensar com a mental. 

 

Por último, duas notas: se fizer os 15 km no campeonato distrital de estrada em Alba, vou tentar ficar à porta da marca de 1h.

Caso não seja possível participar em nada por qualquer motivo, incluindo a pandemia, tratarei de fazer 2 maratonas em treinos por cada semestre (talvez 2) e ainda de tentar chegar a um treino de 50 km em estrada. Sozinho ou acampanhado por alguns velhos conhecidos que tenho em mente e com quem ainda não falei.

A juntar a tudo isso, vou apostar forte num programa de treinos assente na Vma (inspirado nas minhas pesquisas) para melhorar a minha capacidade de gerar mais oxigénio para os músculos.

Bater os 6092 km corridos ao longo de 2021 é outro dos desafios. 

31
Dez20

Um ano diferente, para mim, um ano muito especial


João Silva

Há um pouco este antagonismo: por um lado, foi um ano duro com coisas desconhecidas e invisíveis (mas palpáveis) a minar todo o tipo de projeto ou objetivo. 

Precisamente por isso, deixo aqui uma palavra de apoio e de incentivo a quem ficou numa situação complicada, tanto devido a doença como a problemas financeiros. Faço votos para que este 31 de dezembro marque o início de algo bem melhor.

Do meu lado, como comecei por dizer, foi um ano a lidar com muitas situações novas, nem sempre (quase nunca) estive à altura delas e até considero que não fui fiel ao meu lema (mit den Schwierigkeiten wachsen - crescer com as dificuldades). Ainda assim, foi um ano que ficará sempre na história da minha família pelo nascimento do meu primeiro filho. 

Por tudo e mais alguma coisa, recuso a ideia de que 2020 é um ano para apagar da memória. Caramba, houve muita coisa má, mas terá havido, nem que tenha sido por breves instantes, momentos bons para todos, onde nem sorrisos faltaram. 

E é com toda esta alegria a aquecer-me o coração que aproveito para desejar a todos umas excelentes entradas em 2021 e ainda a maior força possível para que consigam realizar todos os vossos intentos.

Feliz 2021!!!

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19
Dez20

O mês de novembro visto mesmo aqui ao lado


João Silva

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Foi um mês meio estranho, apesar de me ter proporcionado excelentes treinos (dispersos).

O volume voltou a ser bom, mas a condição em que cheguei ao fim não. 

Foi o mês em que fiz duas maratonas (uma, acidental), em que dediquei duas sessões a treinos de sprints, escadas, técnicas de corrida e saltos à corda, tudo isto coisas importantes e que já não fazia há imenso tempo. 

Foi o mês em que voltei a correr com companhia (devidamente distanciada) e logo do Zé Carlos.

Posto isto, foi um mês em que não consegui ser regular em termos de ritmo elevado, em que não consegui começar o segundo plano de treinos como devia ser, em que não mantive regularidade no rolo e também um mês com muitos treinos marcados pelas dores (recuperação ineficaz). 

 

23
Nov20

O mês de outubro visto (não muito) ao longe


João Silva

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"Ops, I did it again!", já cantava a outra.

Ainda assim, este "did it again" foi uma enorme surpresa.

Em agosto tentei chegar aos 700 km, em outubro, não me passava pela cabeça.

Os meus horários de treino mudaram um pouco e também foi necessário alterar alguma duração. A vida familiar a isso obrigou. No entanto, mais do que tudo isso, os motivos prendiam-se com a necessidade que senti de implentar um plano de treinos mais disciplinado para fazer a segunda maratona em treino numa condição superior à primeira.

Posto isto, durante todo este mês, não liguei ao número de quilómetros, embora suspeitasse que pudessem ser novamente elevados.

Com os treinos longões a sério a ficarem para o fim de semana, cheguei ao dia 30 de outubro com 665 km.

Uma coisa levou a outra e mesmo sem as melhores sensações de um treino longo, lá consegui tocar novamente na marca dos 700 km. 

Se me perguntarem o que é preciso para correr tantos quilómetros, terei de usar uma frase do ciclista João Almeida: "é tudo mental. O sofrimento físico está lá sempre, a cabeça é que manda no resto".

17
Nov20

Aquela prova revivida IV


João Silva

Termino esta sequência de belos momentos de 2019 com uma prova que, muito honestamente, nem queria fazer.

Queria era ficar em casa. Ainda assim, a contragosto, lá fui até à Venda da Luísa. 

Na ressaca da maratona, pensava que aqueles 12 km que constituíam um novo percurso das 4 Estações iam custar horrores. 

Uma vez mais, enganei-me e, uma vez mais, consegui acabar aquela prova com um excelente resultado: 12 km em 52 minutos. Era um excelente indicador para o campeonato distrital em março de 2020. Este era um dos objetivos deste ano, por causa da pandemia e da gravidez do Mateus. Talvez em 2021.

A juntar a tudo isto, foi dia de foto de equipa, de muito convívio e risada e ainda de muitos reencontros. 

Foi a última vez que competir numa prova. De lá para cá, só treinos. Muitos. 

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