Respirar: uma arte inata alterada
João Silva
Nascemos a fazer o que é suposto! A nossa respiração é abdominal. Ou seja, quando inspiramos, a nossa barriga expande como se fosse um balão.
Era assim que devíamos respirar sempre e durante a corrida. Tinha noção disso?
Há uma razão muito clara para isso! A respiração abdominal é mais profunda, leva mais oxigénio aos pulmões e promove uma melhor troca gasosa.
O nosso desempenho na corrida beneficia imenso com isso.
No entanto, não é bem assim que as coisas acontecem.
Com o tempo, vamos ficando mais preguiçosos e passamos a respirar mais com o peito, inspiramos mais acima, de forma superficial. A troca é mais rápida, mas leva menos oxigénio para todo o corpo. Temos menos oxigénio disponível.
Entre os corredores, este é o principal tipo de respiração. Não é totalmente incorreto, porque é necessário em corridas rápidas e em treinos de velocidade. Por outro lado, quando vamos para provas ou treinos mais longos, é mesmo necessário otimizar a respiração.
A respiração mais ao nível torácico provome um aparecimento mais rápido do cansaço. Desgasta mais.
A boa notícia é que tudo se treina. Uma boa forma de mudar a respiração é deitar-se no chão e colocar um livro em cima do abdominal e procurar levantá-lo com a força da respiração.
Em termos de treino, um método que pode ajudar a regular a respiração abdominal é fazer sessões mais lentas e respirar de forma consciente pelo abdómen.
Acreditem que uma respiração correta vos vai oferecer um melhor desempenho.