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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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17
Ago22

Respeito em tons de azul-escuro


João Silva

Quando se corre de madrugada, há muitas coisas que não esquecemos. Há imagens impagáveis.

Momentos deslumbrantes proporcionados pela natureza.

No entanto, há também um lado assustador.

Já falei das tempestades, das árvores a abanar em dias de chuva, do vento arrepiante.

E depois há outra coisa que me mete um respeito de morte: sair de casa com um nevoeiro desgraçado (acontece muito por termos serra à nossa volta) e ver no ar a luz azul das ambulâncias e dos carros do INEM.

Já me aconteceu duas vezes. Que me lembre. Numa delas, foi em pleno sopé da serra em Alcabideque. Aquilo assustou-me mesmo.

O coração bate com mais intensidade.

A segunda vez aconteceu em pleno verão, em agosto, com uma ambulância a vir de Soure e passar no IC2, mesmo ao lado de minha casa e do sítio onde começo os meus treinos...

Mete respeito.

IMG_20210807_053459.jpg

 

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