Porto 2022: sorria que dói menos
João Silva
Este foi um dos grandes ensinamentos destes sete meses dedicados a preparar a maratona do Porto: sempre que as coisas apertaram, sempre que tinha dificuldades de concentração, sempre que o corpo já ameaçava uma paragem, sorri.
Sim, abria o rosto e sorria. Deixava que o ar fosse expelido por toda a largura da minha boca. Naquele momento, tudo era aliviado.
Não sou o único a dizê-lo: se dói, sorria, porque alivia.
Dá frescura. É por isso que o apoio do público também ajuda numa prova destas: porque nos faz sorrir e o sorriso ajuda a descontrair a mente, ajuda a "esquecer" a dureza da viagem.
Se está a doer, sorriam.
O sorriso traz otimismo. O sorriso ajuda.
É difícil sorrir a sofrer, mas no fim vai valer a pena.