Porto 2022: Quem trouxe? Foi o... - especial abastecimentos
João Silva
Treinar para uma maratona implica ter fontes certas de energia. É impossível fiar-se na sorte e não corre bem se só contarmos com os abastecimentos disponíveis, até porque é muito fácil haver um congestionamento numa paragem de abastecimento e puff, lá se vai a fonte de energia.
Desde que comecei a correr maratonas que sigo uma regra de ouro: levo sempre abstecimentos sólidos e líquidos. E depois sigo outra: levo sempre o que testo nos treinos. Não se deve brincar com a roleta-russa da comida nas provas.
No passado, já recorri a barritas de fruta da Decathlon, mas tinham muito açúcar.
Depois mudei para menor quantidade dessas barras e para fruta real, mas o efeito não é o melhor, porque a entrada da energia no metabolismo não é imediata e precisamos de algo naquele momento.
Tanto andei e depois fui ao Pingo Doce.
Certo dia, estava a escolher saqutas de fruta para o meu filho e vi umas muito boas com 120 g e com adição de aveia. Li os rótulos para me certificar de que não tinham coisas escondidas. Não, nada, eram mesmo puros.
Pois bem, desde então que usei sempre estas saquetas. Cheguei a fazer celeiro em casa. Estimo que vá precisar de seis ou sete saquetas. Ora isso não é prático para ter nas mãos. Aqui, a minha sorte foi ter uma mochila de transporte de água. Encaixei lá as ditas saquetas e comecei a treinar a retirada das mesmas sem ter de puxar a mochila para a frente. Quanto mais rápido, melhor. Todos os segundos contam e pude verificar que há sempre abrandamentos na hora de retirar e ingerir os abastecimentos.
Em termos de sabores, o produto escolhido foi o que tem aveia, banana, lima e curcuma. Também levo um com chia para o caso de precisar de uma energia extra. Cheguei ainda a experimentar o de pera, cenoura e banana, mas o sabor não é tão bom.
São fáceis de apertar. Tentei sempre ingerir as ditas saquetas em duas vezes. E, no fim, para tirar o sabor da boca e para facilitar a absorção, uns golinhos de água. Não muita, senão lá vem a dor de burro. Importante a este nível: procurar sempre uma respiração pelo nariz para não prejudicar o processo abdominal.
Nota: nenhuma saqueta foi mandada para o chão nos treinos. Tive sempre ecopontos por perto e quando não foi o caso, levei o lixo na mala.