Porto 2022: a lógica da meia maratona para preparar uma maratona
João Silva
Qual a importância de escolher uma prova exigente a um mês de uma maratona?
Diz-me essa pergunta algumas vezes antes de, em agosto, ter feito a inscrição. Na verdade, foi a Diana.
Há sempre um risco associado, sobretudo, pelas lesões.
Ainda assim, dados os meus treinos mais incidentes numa corrida de ritmo alto, fazia todo o sentido procurar uma prova que me permitisse "testar as águas".
Inicialmente, tinha pensado ir apenas rolar, mas isso não funciona assim comigo, sobretudo, porque era a única meia maratona do ano.
O que fiz foi ajustar o plano da maratona à meia cerca de duas a três semanas. Se a ideia fosse trabalhar mais um tempo, seria importante ter mais ciclos, mas assim dava perfeitamente.
Corri a uma média de 14,40 km/hora a 4'10" km/min, o que foi excelente, principalmente, pensando no calor que nos acompanhou em outubro.
Aguentei muito tempo naquele ritmo e isso significa que estou pronto para os diferentes ciclos de ritmos que preparei para a maratona.
A dada altura do processo de treino, percebi que não iria conseguir chegar mais longe por agora. Ainda tentei algumas vezes correr a 15 km/h, mas é um ritmo muito forte para esta fase. Está tudo bem com isso.
O "menu" que preparei para o Porto foi trabalhado em Leiria. E isso foi muito importante. Permitiu-me ver que funciona. Dá um quentinho mental.
Foto: cortesia da Native Warriors, meia maratona de Leiria em 2022