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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje estou na segurança de meias maratonas e maratonas. Além disso, sou pai de um menino e sou um apaixonado pela mente humana. Aqui e ali também gosto de cozinhar. Falo sobre tudo isso aqui.

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02
Nov22

Porto 2022: a espera


João Silva

É a melhor e a pior fase.

Melhor pela expectativa, pelo extâse, pelos momentos mágicos em treinos, pelo sentir que a coisa avança. É a melhor prova de que dar tempo ao tempo é a coisa certa.

É estender uma passadeira vermelha e desfilar durante largos meses para ver se chegamos à escadaria de Hollywood.

Sinceramente, a espera por uma prova destas é mágica. Porque é validada por um caminho intenso, nem sempre recheado de euforia. Quando é a primeira prova do género, a espera é a imaginação a funcionar, é a incerteza de se estar preparado, é o medo de não se conseguir. Quando já virou "moda", a espera é o antecipar o que de bom aí vem, sim, porque quem corre maratonas não o faz porque lhe vai fazer mal, faz porque é especial, não se explica.

Mas a espera também pode ser turbulenta. Sobretudo no meu caso, por vezes, a espera deu lugar à preocupação, à ansiedade, ao stress negativo, daquele que nos corrói. E depois chega uma fase em que se atingiu o pico de forma e a espera significa que temos de o aguentar até à prova. E ainda falta muito.

Quando cheguei ao quarto ciclo de treinos, senti que estava. Ainda não sabia se ia conseguir melhorar mais, mas sentia que o pico tinha chegado. Estamos a falar de meados de agosto. Tive de prolongar toda a expectativa até meados de outubro, a fase final. No quinto ciclo, foi quando fiz o meu treino mais longo. Foram quase 40 km e senti que aquela foi uma excelente prestação. Fiz aquela distância em 3 horas! Estava pronto. Mas ainda faltava. 

O foco tem tendência para começar a descer, porque já se chegou ao auge da forma para o que tínhamos previsto. Ainda assim, inscrevi-me numa prova, mantive os ciclos de treino e as durezas. O volume foi diminuindo e fui adicionando mais pontos de descanso, para sentir a alma revitalizada. Isso funcionou. Há duas semanas, quando comecei a fase de maior repouso para deixar "assentar", senti que estava pronto. Fisicamente e emocionalmente, apesar dos contratempos a este nível. Procurei encher uma bolha de confiança. As consultas de psicologia foram ajudando a resolver a ansiedade. E a espera também se tornou numa bela viagem. Agora quero ir para aquelas estradas do Porto e ser feliz. Já o fui lá tantas vezes. Sê-lo-ei mais uma, acredito. A espera não tem de ser má, porque saber esperar é também uma virtude, que se desenvolve com os anos. Mas sete meses de treino são uma espera muito grande.

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