Planos de treinos de revistas/redes sociais: desfasados da realidade
João Silva
Não tenho nada contra planos de revistas ou de canais de redes sociais.
Na verdade, aprendi muito com alguns deles.
No entanto, a exaustividade e a complexidade de alguns acabam por afastar mais pessoas desta forma de praticar desporto.
Desde logo, vejo problemas nas definições e abreviaturas usadas. Se virem alguns planos, parece que se recorreu ao chinês. Além das abreviaturas nem sempre explicadas, ainda usam representações numéricas que não são óbvias para corredores iniciantes, por exemplo.
Ora, logo aqui, se o objetivo é chamar pessoas, acho que se consegue o oposto.
Depois tenho de criticar os planos intermináveis.
Sim, para se evoluir progressivamente, é necessário investir muitas semanas. Para uma meia maratona, por exemplo, falamos num período médio de 8 a 12 semanas.
Já numa maratona, vamos das 12 às 26 semanas e, neste caso, como podem imaginar, trata-se de um plano muito exaustivo.
No entanto, isso também se traduz num quadro com muitas páginas, o que vai acabar por afastar. Não há paciência, infelizmente, para (querer?) compreender tudo bem.
Portanto, uma forma de tornar tudo mais apelativo seria recorrer menos a tabelas preenchidas e, numa primeira fase, falar com coisas simples como corrida rápida, corrida lenta, descanso entre séries, etc. É apenas a minha opinião...