Paranóia ou uma espécie de manual de sobrevivência
João Silva
Hoje saímos um pouco da parte desportiva. Quer dizer, na verdade, não. Porque isto que vos trago é uma espécie de manual sobrevivência para quando se tem um bebé a dormir.
Nunca se acorda um bebé adormecido. Este é o lema cá em casa desde o dia em que o Mateus nasceu.
Quem é pai ou mãe sabe bem o quão difícil é adormecer um recém-nascido ou um bebé.
Por isso, livre-se aquele que acordar um rebento.
Sigo isto tão à letra que chego ao ponto de ficar paranóico.
Primeiro, saio de casa pouco depois das 05 horas da manhã para treinar. Ora, normalmente, o bebé está a dormir. Conclusão: rodo a chave com uma minúcia que nunca tive. Demoro dois minutos a abrir a porta (dois minutos é imenso num processo que demora segundos normalmente).
Saio de casa com o frontal ligado no mínimo para não ligar a luz do corredor.
A porta do WC range um pouco em algumas alturas do ano. A prática levou-me a perceber que tenho de empurrar um pouco antes de a puxar para não ranger.
Como se não bastasse, já sei que se chegar a determinada hora tenho de entrar rápido em casa porque é a hora de saída de uma das vizinhas e ela bate a porta com muita força.
Se ouço algum camião a apitar perto da nossa rua, fico doente a pensar que me acordaram o garoto. Da mesma forma, já sei que, quando adormece entre as 21 e as 21h30, o Mateus vai ouvir o barulho todo dos estoros dos vizinhos.
Às vezes nem se mexeu, continua a descansar, mas eu fico numa inquietação que nem sabia ser possível.
O desgaste que isto cria!!! Sou apologista de que temos de nos adaptar aos bebés e aos seus ritmos. Foi isso que fizemos desde o início. E o desgaste que isso cria em algumas circunstâncias?!
E por aí também têm ou tiveram cuidados com os pequenos dorminhocls quando saem de casa para trabalhar ou treinar?