O sofrimento nos treinos
João Silva
Continuando na senda das estupidezes do ser humano, no caso, eu mesmo, isto vem sobre a forma de desabafo e ainda de lançamento para o post de dia 13 de julho. Porquê?
A resposta é simples: de há uns meses, para ser mais exato, desde novembro de 2019, deixei de respeitar o meu corpo. Sem saber bem por que motivo, ou melhor, sabendo mas não me querendo adiantar muito para me proteger, comecei a puxar mais por mim, a afastar a linha que traçava os meus limites. Só que tudo tem um preço e tudo o que achava que tinha aprendido com o primeiro semestre de 2019 foi absolutamente por água abaixo. Resultado: burrice sob a forma de exigência elevada sobre o corpo.
Se o desgaste era grande e o cansaço ainda maior, pior ficou na altura da quarentena, pois passei a exigir mais do corpo para garantir que ganhava massa muscular e não massa gorda. Isto é tudo muito lindo, mas de boas intenções está o inferno cheio e lá acabei por ficar refém destes meus distúrbios mentais com a comida.
O busílis nem se encontra aí. Na verdade, o problema está no facto de o cansaço ter genuinamente aumentado com a chegada do Mateus, como seria previsível. E parei de treinar? Não parei de ser estúpido, é melhor pôr as coisas assim, pois reduzi ainda mais as horas dormidas para continuar a treinar. Assusta-me a ideia de ter de ficar sem treinos/exercício físico. Moral desta fantochada toda: os mues treinos passaram a ser absolutamente subprodutivos e ridículos. Parecia quase uma lontra a arrastar-me, sem parar perante músculos a endurecer, tonturas e fraqueza devido à falta de descanso.
Como diz o outro, descanso também é treino, só que eu achei por bem faltar a essas sessões.
Os alongamentos também podem ser metidos nesse saco, mas disso falarei dia 13 de julho.