O percurso quer-se duro
João Silva
Esta afirmação pode vir a morder-me é pela boca morre o peixe. É sempre a mesma coisa.
Ainda assim, assumo destemido esse lema e digo-vos claramente que não me apraz mesmo nada fazer provas com percursos totalmente planos, o que, supostamente, redundar num maior nível de facilidade.
Frequentemente, isso é feito para facilitar a conquista de tempos e para chamar um maior número de pessoas.
Percebo mas não concordo.
Uma das provas mais duras que fiz foi a da Venda da Luísa em novembro de 2019 e adorei-a precisamente pelas dificuldades.
A maratona de Aveiro também foi um bom exemplo disso.
Ou mesmo a São Silvestre de Coimbra.
São as dificuldades que nos fazem chegar mais longe e é um pouco a teoria de passar o Cabo das Tormentas para depois ser feliz.
A questão é polémica, mas gostava de saber o que acham. Até mesmo porque a questão de provas planas pode ser uma falsa questao: experimentem correr 2 km seguidos em zona totalmente reta e depois digam-me se é fácil. Ainda assim, prefiro irregularidades no percurso.
Dureza, portanto.