Maiores erros na retoma à estrada
João Silva
Quis começar como se não tivesse estado sem correr praticamente dois meses, mesmo tendo continuado com trabalho de força inteso e com bicicleta estática.
Não é a mesma coisa e só um louco e obstinado como eu podia achar que o corpo ia responder como estava a fazer antes da paragem. Pior, só alguém com enormes problemas mentais podia achar que era normal retomar tão intensamente sem fazer uma gestão mais faseada.
Teria sido tão mais simples se tivesse começado a correr gradualmente. Não, pelo contrário: na primeira semana de retoma, foram só sessões acima de 01h10m.
O corpo doeu-me como nunca tinha feito e a razão estava do lado dele.
Apesar de adorar o desporto e a corrida em particular, não se percebe (eu próprio não percebo) por que motivo arranquei logo em grande força, quando nem sequer havia provas no horizonte.
O esticão que senti no adutor no dia 30 de maio após 1h30 de corrida foi uma grande lição. Só que, já diz o ditado: "burro velho não aprende línguas". Eu até aprendo, sei falar quatro, mas faço-me de desentendido quando a conversa não me agrada.
Portanto, os maiores erros foram querer retomar como se nunca tivesse parado e ainda ter desrespeitado o meu corpo.