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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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Nov19

Finalmente percebi o vazio


João Silva

IMG_20190831_112853.jpg

Na altura em causa, optei por não falar nisso, muito sinceramente, para me proteger de eventuais comentários desagradáveis. Sei porque fiquei assim naquele momento e a coisa foi devidamente resolvida.

Já ouviram falar em vazio no desporto? Principalmente no ciclismo é comum. Passo a explicar: é o momento em que um corredor, aparentemente bem e em boa forma, não consegue responder a um ataque do adversário e não sai daquele marasmo. É como se estivesse a pedalar sempre no mesmo sítio.

Na corrida isso também acontece. Na semana de 26 a 31 de agosto, passei por isso três vezes, a última no treino mais longo de 38 km. E o que senti? Primeiro, um dos fatores causadores, não dormi bem nessa semana, muitas preocupações na cabeça. Já acordei meio zonzo. No entanto, aquilo de que falo é haver uma altura no treino em que o corpo continua a correr mas sem desenvolver, parece que não dá sinais de vida durante alguns minutos. Depois passa, mas é muito importante estar consciente e não deixar o cérebro desligar. Como se pode fazer isso? Tentando fazer um sprint ou uma mudança brusca de direção para o corpo acordar.

Aquilo assustou e foi claramente falta de glicose no corpo, senti a marca dos treinos todos daquele mês e daquela semana em particular. E não repus devidamente a energia. Como o corpo não é de ferro, ressentiu-se e, confesso, deixou-me um pouco preocupado para a maratona, mas correu tudo bem. Felizmente.

Já vos aconteceu o mesmo? Como resolveram a situação?

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