Finalmente abaixo de 1h30 na Meia de Coimbra
João Silva
Nota prévia: o tempo de ontem na Meia maratona de Coimbra foi de 1h29m50s.
É verdade, consegui finalmente baixar de 1h30. Precisei de fazer dez meias maratonas para alcançar esta marca que considero tão importante para mim.
Tinha mesmo de ser em Coimbra. O ano passado fiz a corrida de 10 km e tinha dito que um objetivo para 2019 era ficar abaixo de 1h30.
Foi um ano estranho até agora porque precisei de sofrer muito para depois começar a melhorar.
E ontem foi um dia de ouro. Andei a semana toda com ideia de fazer menos de 1h30 na prova. Aliás, dizia a mim próprio que ia conseguir. Acho que foi aí que ganhei verdadeiramente, porque, quando me levantei ontem, senti que era o dia.
A prova proporciona bons tempos, há que admiti-lo, porque até aos 7 km é muito rápida, endurece do depois.
Estas descidas iniciais permitiram-me fazer 7 km em 30 minutos e ganhar a almofada que tanto queria para depois gerir o cansaço quando ele aparecesse.
Pela primeira vez, encaixe o 14 km numa só hora de corrida. Num treino forte de fartlkets, consigo chegar aos 13 km numa hora, portanto, o ritmo foi mesmo muito alto.
Confesso que não tive muitas preocupações com o corpo, porque estava bem, a distância que galguei foi "ajudada" pelo percurso e não por um esforço excessivo.
Entre os 12 e os 14 km, encontrei um senhor com um ritmo muito bom e acabei por beneficiar com isso na viragem do percurso, porque aumentei a cadência.
Até aos 16,500 km, achei que puxei muito e acabei por passar alguns atletas.
Na minha cabeça, já só estava o valor de 1h29. Isso e o relógio, pois estava sempre a controlar a evolução. Quando cheguei aos 19 km, senti o corpo a dar sinal de fadiga. Toca a corrigir a postura, anca para a frente e joelhos levantados, mais distância percorrida e menos desgaste.
Aos 20 km, na viragem da ponte de Santa Clara, foi olhar para a meta, bem ao longe, e desafiar o contador oficial que estava a querer chegar rapidamente a 1h30m de prova. Não deixei, ficou a 10 segundos, eu entrei para a minha história de resultados e senti uma felicidade muito grande.
É difícil não passar do: tanto trabalho para chegar ali. Mas foi, mas é, mas tem sido assim. E ainda bem.
Agora venha de lá a prova, aquela que me faz brilhar os olhos, dia 3 de novembro no Porto.