Evolução... às vezes, forçada...
João Silva
Às vezes, a vida obriga-nos a encontrar uma forma de conciliar tudo aquilo que nos é importante, querido e essencial.
Quanto a isso, nada mal. É algo de positivo que nos faz evoluir.
Neste caso concreto, olhando para trás, até novembro de 2016, percebo que o meu treino e os meus métodos para melhorar a minha capacidade de atleta mudaram. Por vezes, foram mesmo alterados de forma subtil, mas isso aconteceu. No geral, nunca poderei dizer que foi para pior. Consegui sempre retirar coisas boas dessa mudança.
Por todas as razões e mais algumas, sabia que em 2020 isso seria ainda mais necessário para não deixar de treinar. Foi pois, por isso, que me passei a levantar às 5h00 da manhã, mesmo após noites em que só consegui adormecer pouco tempo antes. Contingências e circunstâncias da vida de um pai (ou mãe). Faz parte.
Apesar da dureza de tudo isto e do facto de ter corrido diariamente de junho a setembro sempre 2 horas, aproveitei muito. Senti-me grato por ter essa possibilidade, por poder ver a serra e a vida animal a acordar, por perceber as rotinas das pessoas e da vila a que chamo casa.
A dada altura, já sabia que, por ter mais uma "obrigação" a partir da última semana de setembro, teria de fazer nova mudança.
Assim foi: das duas horas de corrida diárias passei para uma hora e meia de corrida diária de segunda a sexta e para dois treinos de três horas ao sábado e ao domingo. As exigências são outras, mas a grande mudança está na maior repetição de percursos nos dias úteis. Por outro lado, aos fins de semana, tenho a possibilidade de voar pelas estradas secundárias do meu concelho e do meu distrito. O lado b de agora só conseguir correr uma hora e meia por dia durante a semana é o facto de poder treinar mais o lado técnico da corrida. E que útil isso se tornou!
Nada se perde. Tudo se transforma!!