Estava previsto de uma forma, acabou por acontecer de outra
João Silva
Quantas e quantas vezes isso acontece?! Infindáveis e incontáveis. Chama-se vida.
Este ponto associado a provas onde já estava inscrito ou a outras às quais já tinha definido mentalmente que iria foi uma novidade.
Pela primeira vez, não compareci numa prova em que estava inscrito. Foi em maio deste ano, por altura da meia maratona do Douro. Tinha muita expetativa pela envolvência humana mas essencialmente pela moldura paisagística.
Por razões pessoais mais fortes, não pude estar presente. Não sei se voltarei a considerar esta prova para os próximos anos. Neste momento, estou numa fase em que só poderei marcar provas com uma antecedência mais reduzida do que o habitual.
E que consequências isto tem na planificação? A primeira é, desde logo, criar um vazio competitivo. No enanto, e é aqui que surge a segunda, isso não é necessariamente mau. Não pude ir a essa prova, mas, por essa razão, tive possibilidade de correr, pela primeira vez, 101 km numa semana. De outra forma, teria de ter seguido a planificação prevista.
Portanto, a mim em particular, não afeta a ausência em provas. Como é óbvio, aquela envolvência e o conhecimento de pessoas e lugares sofrem um pouco, mas a vida não acaba hoje (espera-se), pelo que mais oportunidades surgirão.
Aconteceu o mesmo com outras provas, uma no primeiro semestre e duas no segundo, sendo que, para estes últimos meses do ano ainda tenho mais três provas no limbo. Ao dia de hoje e ao que tudo indica, não as poderei fazer.
Por um lado, tendo em conta que, das seis, três seriam meias maratonas, poder-se-ia pensar que seria um duro golpe para a maratona do Porto. Contudo, a medalha tem outro lado: assim poderei implementar treinos mais duros e diversificados, precisamente, a pensar numa eventual melhoria do tempo que obtive naquela prova no ano passado: 03h33m35s.
Importante é saber lidar com essas adversidades e não desistir. O dia seguinte é sempre mais uma hipótese para batalhar.