Empatia pelo falhanço
João Silva
Hoje trago uma proposta:
Como reagiríamos se falhássemos um grande objetivo? E o que sente quem morre na praia por não ter chegado onde queria?
Uma das formas de motivação mais usadas no desporto e na corrida é a ação de imaginar o momento de cortar a meta. Portanto, projetamos o sucesso. E isso não está errado.
Mas imaginar a derrota e o momento em que falhamos também pode ser muito importante para valorizarmos as conquistas e para compreendermos os outros.
É fácil criar empatia com coisas ou pessoas boas. Com aspetos negativos nem tanto.
Não defendo uma espécie de espiral negativa. Mas pormo-nos na pele do outro e imaginar como reagiríamos perante o insucesso são duas ferramentas muito importantes no desporto e na vida.
P. S.: Reli este texto propositadamente num dia em que recebi uma notícia de um projeto fracassado. Soube bem ver que, de certo modo, me preparo para lidar com isto com normalidade. As decisões que tomamos aproximam-nos mais ou menos do caminho que queremos seguir. Assim foi. No futuro saberei se isso teve um propósito.