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O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

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23
Mai19

É muito bom e é muito mau


João Silva

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Prometo ser breve.

Esta publicação serve apenas como uma pequena "confidência". 

Naturalmente que, antes de mais, é maravilhoso poder recolher os louros do meu trabalho (em conjunto com os meus). Ou seja: sabe bem receber os elogios devido à força de vontade que tive e onde consegui chegar. 

À medida que a história vai ficando conhecida, maior é a quantidade de palavras positivas que vou recebendo. Trata-se de uma coisa lógica e até banal, porque é, efetivamente e sem falsas modéstias, um feito.

No entanto, como tudo na vida, tem sempre um potencial efeito secundário nocivo: ao mergulharmos na piscina das virtudes, achamos que está tudo bem, que o processo acabou e que as coisas vão por si próprias.

Nada mais errado. É fácil elogiar (é mais fácil criticar), mas, por norma, nós portugueses elogiamos pela frente e criticamos por trás.

Contudo, nem é tanto isso que me incomoda com as mensagens positivas. É pensar que poderei não estar à altura, que vai chegar o momento em que jã não haverá elogios porque já se conhece a história. E depois? Depois disso resta manter a humildade e perceber que o caminho é, acima de tudo, meu e da minha família. Portanto, não tento "rebaixar-me", mas tento relativizar tudo o que vou lendo.

Não entra a 100 e sai a 200. Bem sei que há elogios sinceros e que ajudam a criar uma boa autoestima.

Porém, fico sempre de pé atrás em relação. Nunca sei se não voltarei e se não me deixarei recair.

 

Portanto, prudência, meu caro!

(P. S.: fui mesmo mais breve do que o costume).

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