Desarranjado, mas com arranjo...
João Silva
Mais uma semana, mais uma história insólita.
Na verdade, trata-se mais de um "aglomerado" de situações que redundam em histórias do mundo da corrida.
Quem nunca teve desarranjos intestinais e da bexiga momentos de uma prova, durante uma prova ou treino ou imediatamente depois?
É uma espécie de "habitué" no ramo e são poucos os que não têm histórias de incursões a casas de banho ou mesmo a casas de banho improvisadas.
Por isso mesmo, vou poupar pormenores fétidos.
Ainda assim, recordo-me particularmente de alguns treinos que se tornaram muito desconfortáveis depois de autênticos banquetes de batatas doces, papas de aveia ou mesmo de frutos secos.
Claro que fui o principal responsável por apresentar a minha "orquestra" desafinada.
Recordo-me também particularmente do trail de Sicó em 2018 e da meia maratona da Figueira da Foz também em 2018.
Em ambos os casos, abusei na véspera. O resultado acabou por ser distinto, pois no primeiro, em fevereiro, foi mesmo necessário fazer uma paragem urgentíssima atrás de uma ruína presente no meio de uma localidade para poder continuar. Foi literalmente uma situação merdosa, desculpem-me o termo.
Em compensação, na Figueira, consegui dar a volta aos intestinos. Porquê? Porque tomei um Imodium antes de começar a correr. Se em Condeixa tive a proteção da pobra ruína, imaginam o que seria em plena marginal da Figueira da Foz?
É certo que estava a chover copiosamente e que, provavelmente, a intempérie trataria da limpeza...mas nada me salvaria da vergonha.
Moral da história: não facilitar nas vésperas das provas e, igualmente importante, andar munido de lenços de papel. Fazem milagres.
Se puder, deixo ainda outro conselho: sobretudo em treinos, corram, mesmo que seja em estrada, em locais afastados das populações. Pode ser-vos muito útil.