Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

Em 2016 era obeso, hoje sou maratonista (6 oficiais e quase 20 meias-maratonas). A viagem segue agora com muita dedicação, meditação, foco e crença na partilha das histórias e do conhecimeto na corrida.

O que não mata, engorda e transforma-te num maratonista

Redes sociais

Palmarés da minha vida

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Baú de corridas no blogue

Em destaque no SAPO Blogs
pub
27
Mai19

De repente ia saindo uma maratona em treino


João Silva

Tinha previsto fazer um treino longo.

Andava a precisar daquela "vitamina".

E na semana anterior já tinha esboçado um percurso interessante. Como treinei com a minha colega Sandra a 18 de maio e descobri (ela já conhecia) alguns caminhos de terra batida muito interessantes, decidi que tinha de experimentar.

E assim fiz a 24 de maio.

Aperaltei-me todo, como se fosse para uma prova. Inclusive, acrescentei à lista de material a levar as gelatinas energéticas e uma bandana para a cabeça, daquelas que são fornecidas em provas. No caso, foi a que me deram na maratona do Porto.

E lá fui eu, juntamente com o telemóvel e este gosto muito recente por ir a ouvir podcasts. É uma excelente companhia. E não deixei que me faltasse o protetor solar, que isto de correr sob muito sol e calor dá cabo da "moleirinha" de uma pessoa.

Fiz algumas experiências muito interessantes: os primeiros 10 km foram marcados por subidas, duas delas que nunca tinha feito, por descidas acentuadas e técnicas e, além disto, ainda decidi alargar o período de abastecimento de sólidos.

No total do treino, subi cerca de 400 metros em estrada e fiz o primeiro abastecimento apenas ao fim de quase duas horas. Tinha as reservas de energia recarregadas dos dias anteiores e isso ajudou. O que também se revelou extraordinário e crucial foi a gestão que fui fazendo da ingestão de água.

O segundo abastecimento seguiu-se às duas horas e meia e o terceiro e último abastecimento sólido ao cabo de três horas.

Depois do "reboliço" dos primeiros 10 km, entrei numa fase que já conhecida, que é mais "estável" (não totalmente plana) e que me permitiu aumentar o ritmo. 

Posto isto, em vez de chegar a Ega e cortar para Condeixa, decidi que ia mesmo a Campizes (já tinha pensado nisso na semana anterior). 

Nesta fase, toda ela plana, mas percorrida debaixo de um calor abrasador, acreditei que estava muito bem e que ia conseguir fazer 42 km em treino, menos de um mês depois da maratona de Aveiro.

Como sempre, o corpo é quem mais ordena e o impacto dos 30 km faz-se sempre notar.

Curiosamente, não me fez sentir mal, mas mostrou-me que, apesar de ter energia e, sobretudo, moral para chegar aos 42 km, era importante dar algum sossego ao organismo, poupá-lo para os dias seguintes (a 25 de maio fiz mais 20 km para ajudar a preparar outra colega de equipa, a Isabel, para a sua primeira meia maratona em estrada; a 26 de maio foram 24 km sozinho e com duas passagens por serra [as mesmas dos dias anteriores]). 

O incrível no fim de contas foi que, ao contrário do que aconteceu noutros treinos de 42 km, não terminei com a sensação de que estava no limite das forças.

As dores surgem sempre e os quadris ressentem-se um pouco, não dá para negar isso, mas cheguei fresco e bem lúcido. 

E isso é impagável e deixa-me muito feliz, não só porque corri sem olhar para os tempos (fiz perto de 9 km na primeira hora, ou seja, andei acima de 6'/km, embora tivesse subido aí a totalidade dos 400 m de altitude que o treino teve), mas também porque me faz acreditar que é possível correr mais maratonas num menor espaço de tempo. Algo que se prepara para me trocar as voltas e me deixa a refletir no que poderá ser o ano de 2020...

IMG_20190524_084948.jpg

IMG_20190524_085551_2.jpg

IMG_20190524_090946.jpg

IMG_20190524_095601.jpg

P. S.: voltei a perceber que as gelatinas energéticas Aptonia são uma melhor fonte de energia para estes treinos em comparação com as tâmaras, porque estas últimas não apresentam o elemento redutor de fadiga que se torna essencial em distâncias tão grandes. Além disso, mesmo perante um percurso tão complexo e debaixo de tanto calor, fico com a sensação de que não precisarei de consumir tantas gelatinas como fiz em novembro de 2018 e em abril deste ano nas duas maratonas oficiais em que já participei. 

Redes sociais

Palmarés da minha vida

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Baú de corridas no blogue

Em destaque no SAPO Blogs
pub